AS INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NAS FRATURAS DE COLLES EM IDOSOS

INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NAS FRATURAS DE COLLES EM IDOSOS

PHYSIOTHERAPY INTERVENTIONS IN COLLES FRACTURES IN ELDERLY

Fisioterapia nas fraturas de Colles em idosos

Rávilla Cavalcante Soares1, Christiane Costa Fernandes2

Endereço para correspondência:

Rávilla Cavalcante Soares

403 sul, alameda 26, lote 23 QI 15

Email:[e-mail]        

(63)9207-6551

1 Graduanda do curso de fisioterapia na Instituição de Ensino e Pesquisa Objetivo-IEPO

² Mestranda em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana de Canoas – RS, Pós-Graduada em Fisioterapia Neurológica e Fisioterapia em Traumo-ortopedia com ênfase em terapias manuais, Fisioterapeuta Neurológica no Centro Estadual de Reabilitação do Tocantins , Coordenadora do curso de Fisioterapia IEPO e orientadora deste artigo;

Inexistência de bolsa de auxílio/ Inexistência de conflitos de interesse

Área específica do artigo: Fisioterapia

Resumo: Com crescimento da população idosa, decorrente de mudanças sociodemográficas, intensificou-se a preocupação com quedas decorrentes ao déficit de equilíbrio muito comum nesta faixa etária. O processo do envelhecimento acaba por trazer várias alterações, fisiológicas e anatômicas, tornando o idoso mais frágil e vulnerável a quedas. A Fratura de Colles ou Fratura de rádio distal é uma das fraturas mais comuns em idosos, preocupando familiares, cuidadores e profissionais de saúde. Diante disso, o propósito deste trabalho é relacionar o tratamento fisioterapêutico para as fraturas de rádio distal em idosos, visando identificar a melhor conduta fisioterapêutica que devolva qualidade de vida aos idosos. Trata-se de uma revisão bibliográfica, nas bases de dados: Scielo, Bireme,Lilacs, Pubmed, com critério de inclusão a publicação entre 2008 e 2014, nas línguas, portuguesa, inglesa e espanhola. Conclui-se que a fisioterapia na Fratura de Colles em idosos é de relevante importância para a diminuição dos sinais flogisticos e retorno mais rápido das atividades de vida diária

Palavras Chaves: Fisioterapia, Idoso, Fratura de Colles.

Abstract: With the growing elderly population, due to demographic changes, intensified concern with resulting falls of the very common at this age deficit balance. The aging process eventually bring several changes, physiological and anatomical, making it more fragile and vulnerable to falls elderly. A Colles fracture or fracture of the distal radius is one of the most common fractures in the elderly, caring family members, caregivers and healthcare professionals. Therefore, the purpose of this work is to relate physical therapy for distal radius fractures in the elderly, to identify the best practice of physical therapy that restores quality of life for seniors. This is a literature review, the following databases: SciELO, Medicine, Lilacs, Pubmed, with inclusion criteria the publication between 2008 and 2014, in the languages, Portuguese, English and Spanish. We conclude that physiotherapy in Colles fracture in the elderly is of great importance for the reduction of inflammatory signs and faster return of daily activities

Key Words: Physiotherapy, elderly, Colles Fracture

Introdução

Atualmente a população idosa está cada vez maior, junto a esse crescimento aumenta-se a preocupação com as patologias associadas e com a qualidade de vida dos idosos. O crescimento dos idosos é um marco mundial e, no Brasil, está ocorrendo de forma rápida. As projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas 1 .

Um dos sintomas mais comuns na população idosa é a falta de equilíbrio. Essa alteração fisiológica é capaz de acarretar diversas complicações na vida do idoso, uma delas é a possibilidade de quedas com risco a fraturas. Dentre as fraturas mais comuns em idosos cita-se a fratura de Colles, que ocorre na parte distal do rádio decorrente do apoio no membro superior quando o paciente sofre um desequilíbrio associado à queda.

O tratamento fisioterapêutico para essa patologia deve considerar as alterações decorrentes da fisiologia do envelhecimento e utilizar recursos e técnicas objetivando uma melhora na qualidade de vida do idoso. Assim, o principal objetivo desta pesquisa é descrever a intervenção da fisioterapia em idosos que sofreram fraturas de Colles.

Revisão de Literatura

O aumento da expectativa de vida da população está acontecendo tanto no Brasil quanto em outros lugares no mundo. Em decorrência disso é perceptível uma mudança no perfil da população e de morbimortalidade. Com isso a um aumento das doenças crônico-degenerativas2. O número de pessoas acima de 60 anos está crescendo mais do que outras idades. De acordo Geografia e Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), o aumento para a participação relativa da população brasileira acima de 60 anos foi 9,49% em 2008 e 29,75% em 2050 a expectativa de vida no mesmo período pode variar 72 a 97 anos. Então, como efeitos variaram de envelhecimento como as condições que permitem uma boa qualidade de vida na terceira idade pode representar uma grande importância social e científica3.

O envelhecimento envolve o ser humano como um todo, tendo com isso alterações genéticas e ambientais. A diminuição do trofismo e o enfraquecimento ocorrem devido à redução das fibras musculares4. A diminuição das funções orgânicas que acontece no envelhecimento pode aumentar com o tempo sem ser igual para todos, o que diferenciará é o ritmo de cada um e a idade dos idosos. Essas diferenças no processo de envelhecimento vão de acordo com a forma de trabalho e vida social desse indivíduo idoso 5.

         A capacidade funcional é uma preocupação que assusta principalmente o idoso. Envelhecimento saudável tem sido resultado de uma ligação entre a saúde tanto física, quanto mental, social, independência nas atividades diárias, relação familiar e independência financeira6.

Com o aumento da população de idosos no Brasil faz com que preocupações em relações alguns problemas tenham discussões, as quedas é um problema de destaque que é comum nessa faixa etária e o que mais preocupa os idosos, pois predispõe a ocorrência de fraturas que acontece em 5 % dos casos de quedas7.