ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Por: IRISFISIO • 7/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.169 Palavras (5 Páginas) • 327 Visualizações
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Aluna: Leilane Cordeiro, Nathalia Coimbra, Pollyana Monteiro, Risomar Martins, Rosilda Virgínia
Fisioterapia 5º
CASO CLÍNICO
Paciente, J. N. S. sexo masculino, 39 anos, negro, autônomo, residente na cidade do Recife. Segundo informações colhidas do paciente, no dia 10 de setembro de 2017 apresentou os primeiros episódios de fraqueza muscular súbita associado à parestesia, sendo então, encaminhado para o serviço de urgência e emergência do Hospital da Restauração, onde foi diagnosticado AVC Isquêmico. No período em que esteve hospitalizado realizou Tomografia Computadorizada de crânio, evidenciando lesão hipoatenuante com discreto edema localizado no núcleo lentiforme e coroa radiata direita, correspondente a insulto isquêmico agudo. Permaneceu internado durante onze dias, sendo encaminhado, posteriormente, ao serviço especializado de Fisioterapia Neurofuncional. Ao chegar ao setor de fisioterapia neurofuncional, o paciente foi avaliado utilizando a ficha de avaliação, compreendendo os seguintes aspectos: dados de identificação, com diagnóstico médico de AVC isquêmico, história social e familiar com casos de AVC, medicamentos utilizados, exames complementares, motricidade ativa, tônus musculares, grau de força muscular, sensibilidade superficial e profunda, coordenação, equilíbrio estático e dinâmico, atividades de vida diária.
Ao exame físico apresentou espasticidade de predomínio distal em MSE, limitação de amplitude de movimento, hipertonia e déficit de força muscular em hemicorpo esquerdo. Na avaliação sensorial apresentou hipoestesia térmica e dismetria em MSE. Realizava marcha do tipo ceifante e déficit de equilíbrio estático. Ao serem testados os reflexos houve hiperreflexia dos reflexos patelar, aquiliano, bicipital e tricipital além da presença do sinal de Babinsk em hemicorpo esquerdo. O protocolo de intervenção consistiu-se de um total de trinta e cinco sessões de Fisioterapia, com duração de cinquenta minutos, quatro dias por semana.
O processo de conduta fisioterápica objetiva maximizar a capacidade funcional e evitar complicações secundárias, promovendo uma evolução e manutenção de ganhos neurofuncionais, com aumento de força muscular em membros, Melhorar amplitude de movimento, Melhorar mobilidade funcional, Reeducação postural, incentivo à deambulação.
.
DISCUSSÃO
Fonseca e colaboradores (2008), afirmam que a cinesioterapia pode ser uma das terapias mais utilizadas para a supervisão da espasticidade, pois podem ser realizadas em qualquer fase da doença, e realizada nos principais movimentos em todas as sessões passivamente em MSE como: mobilizações da escápula; profusão e retração do ombro com circundação, abdução, flexão e extensão de ombro, extensão e flexão de cotovelo, supinação, pronação e extensão de punho e extensão das metacarpofalangeanas.
Rezende e colaboradores (2008) também afirmam que a cinesioterapia é eficaz na prevenção de incapacidades, diminuição da hipertonia muscular, manter as articulações livres, fortalecimento muscular, aumento de amplitude de movimento e proporcionar a estimulação sensorial e proprioceptiva pois atua da reeducação neuromotora do paciente. Os exercícios cinesioterapêuticos, podem ser realizados no paciente de AVC, pois são de fácil aplicação e utilizam apenas equipamentos acessíveis em uma clínica de fisioterapia, pois o tratamento se mostra eficaz para melhorar na mobilidade de tronco, e consequentemente da funcionalidade dessas pacientes demonstrando que estes exercícios podem ser muito eficientes no tratamento dessa patologia (SENA et al., 2013).
A intervenção do fisioterapeuta com base na terapia pelo movimento encontra-se uma série de abordagens diferentes para intervir nesse paciente, contudo as mais predominantes foram: o conceito de Bobath, a aprendizagem motora e a facilitação neuromuscular proprioceptiva, pois o método utilizado por cada fisioterapeuta depende da experiência e formação de cada um (KOLLEN et al., 2009). O objetivo dessas técnicas é promover estímulos sensoriais para a recuperação dos movimentos funcionais, onde os recursos aplicados têm a finalidade de estimular novas conexões com o SNC contribuindo para a plasticidade neural (ARTHUR; VANINI; LIMA; LANO., 2010).
Os exercícios de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva visa aumentar a capacidade de amplitude de movimento e melhorar a capacidade desse paciente em responder de forma positiva ao esforço, assim as vantagens vão decorrer da prática desses exercícios melhorando nos déficits motores do paciente, de modo que ele possa conseguir enfrentar os desafios da vida diária (PEREIRA; JUNIOR., 2009).
Segundo Leal e Andrade (2011), o paciente fazendo exercícios de hidroterapia com água aquecida com média de temperatura da água de 32ºC, com 1 metro e 50 cm de profundidade, durante um período de 2 meses, vai estimular a ativação de glúteo máximo na passagem de sentado para ortostatismo, como também a transferência de peso no lado parético obtendo bons resultados na reabilitação desse paciente.
Nonino e colaboradores (2008), afirmam que, um dos elementos mais importantes em um processo de reabilitação após um AVC são as orientações domiciliares passadas ao próprio paciente e principalmente à família, de como posicionamentos corretos, movimentação e estimulo para reconquistar as atividades normais, evitando possíveis sequelas e deformidades, determinando assim o grau da recuperação do paciente (NONINO, 2008).
Quanto mais o paciente poder ser encorajado a usar o lado afetado, maior é a chance de aumentar a consciência e a função, a apresentação de estímulos sensoriais repetidos estimula os receptores tácteis, mecânicos e musculares, a estimulação deve ter uma intensidade adequada para envolver o sistema, sem ser forte demais a ponto de produzir efeitos adversos (O' SULLIVAN et al., 2010).
...