Exercicios em altitude
Por: Tamirisaguiar • 9/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.765 Palavras (8 Páginas) • 597 Visualizações
Exercícios em altitude
A pressão barométrica encontra-se reduzida em altitude. Essa situação é denominada ambiente hipobárico (pressão atmosférica baixa). A pressão atmosférica menor também significa uma PO2 menor, a qual limita a difusão pulmonar e o transporte de oxigênio para os tecidos do organismo, resultando em hipóxia (deficiência de oxigênio).
Histórico
Já em 400 a.C, foram relatados problemas clínicos associados a altitude. No entanto a maioria das preocupações iniciais sobre subida a altitudes elevadas centrava-se nas condições de frio e não nas limitações impostas pelo ar rarefeito. As descobertas iniciais. As descobertas iniciais que levaram a nossa compreensão atual da pressão de oxigênio reduzida nas atitudes podem ser creditadas a três cientistas.
Os efeitos deletérios da altitude elevada sobre os humanos, causados pela baixa tensão de oxigênio (hipóxia), foram subsequentemente reconhecidos por Bert, no final do século passado.
Temperatura do ar na altitude
A temperatura do ar cai numa taxa de aproximadamente 1ºC para cada 150 m de subida, em razão das temperaturas baixas na altitude, a umidade absoluta é extremamente baixa. O ar frio retém pouquíssima água. Por isso mesmo se ele estiver totalmente saturado de água (umidade relativa de 100%), a quantidade real de água contida no ar é pequena. Essa baixa umidade nas altitudes elevadas promove a desidratação.
Respostas respiratórias à altitude
O suprimento adequado de oxigênio aos músculos é essencial ao desempenho físico e ele depende do aporte de um suprimento adequado de oxigênio para o interior do corpo, do seu transporte para os músculos e de sua captação pelos mesmos. Qualquer deficiência nessas fases pode comprometer o desempenho.
Ventilação pulmonar
A ventilação o pulmonar (respiração) aumenta nas altitudes mais elevadas, tanto em repouso quanto em exercício. Como a quantidade de molécula de oxigênio num determinado volume de ar é menor nas altitudes mais elevadas, mais ar deve ser inspirado para suprir a necessidade de oxigênio normal no nível do mar.
O aumento da ventilação atua da mesma forma que que a hiperventilação no nível do mar A quantidade de dióxido de carbono nos alvéolos é reduzida. O dióxido de carbono acompanha o gradiente de pressão e, consequentemente, uma quantidade difunde-se do sangue, para os pulmões para ser expirada. Esse aumento na eliminação de dióxido de carbono permite que o pH do sangue aumente, uma condição conhecida como alcalose respiratória. Num esforço para impedir essa condição, os rins excretam mais íon bicarbonato. Lembre-se de que o íon bicarbonato tampona o ácido carbônico formado a partir do dióxido de carbono. Por tanto, uma redução da concentração do íon bicarbonato reduz a capacidade de tamponamento do sangue. Mais ácido permanece no sangue e alcalose pode ser revertida.
De fusão pulmonar transporte de oxigênio
Sob condições normais de repouso a difusão pulmonar não limita a troca de gases entre os alvéolos e o sangue. Se ela estiver limitada ou comprometida, menos oxigênio entra no sangue e, por conseguinte, a PO2 arterial será menor que o a PO2 alveolar. Para uma pessoa em repouso a nível do mar a quantidade de oxigênio que entra no sangue é determinada pela PO2 alveolar e pela velocidade do fluxo sanguíneo através dos capilares pulmonares.
Troca gasosa nos músculos a PO2 arterial ao nível do mar é de aproximadamente 104mmHg e o PO2 dos tecidos corporais é consequentemente de aproximadamente 40mmHg em repouso, por isso, a diferença ou gradiente de pressão entra a PO2 arterial e a PO2 tecidual no nível do mar é de cerca de 64mmHg. No entanto, você vai a uma elevação de 2439m, a sua PO2 arterial cai para aproximadamente 60mmHg.
Captação máxima de oxigênio
Diminui à medida que a altitude aumenta. O VO2max diminui pouco ate que a PO2 atmosférica cai abaixo de 125mmHg. Isso geralmente ocorre numa altitude 1600m.
Os homens que escalaram o monte Everest, numa expedição em 1981, apresentaram uma alteração do VO2max de aproximadamente 62mlHgmin ao nível do mar para somente cerca de 15mlHgmin próximo ao pico da montanha.
Respostas cardiovasculares a altitude
O sistema cardiovascular torna-se cada vez mais estressado na altitude, tal como o sistema respiratório, sofrendo alterações substancias para compensar a diminuição da PO2 que acompanha o aumento da altitude.
Volume sanguíneo
Logo após a chegada na altitude, o volume plasmático do indivíduo começa a diminuir progressivamente e, em seguida, atinge um platô no final de algumas semanas. Inicialmente, o resultado dessa perda de plasma é o aumento do número de eritrócitos por unidade de sangue, permitindo que mais oxigênio seja liberado ao músculo com um determinado debito cardíaco. Como essa redução do volume plasmático ocorre com pouca ou nenhuma alteração do número de eritrócitos, ocorre uma um aumento do hematócrito, mas com o volume sanguíneo menor do que nas altitudes mais baixas. Eventualmente, o volume plasmático diminuído retorna aos níveis normais.
Debito cardíaco
Para compensar a hipóxia uma forma logica para compensar isso é aumentar o volume o volume de sangue liberado aos músculos ativos. Em repouso e durante o exercício submáximo, isso é conseguido através do aumento do debito cardíaco. O débito cardíaco é o produto do volume de ejeção e a frequência cardíaca, e, por isso, o volume de qualquer um deles irá provocar seu aumento.
Durante o trabalho máximo na altitude, o volume de ejeção e a frequência cardíaca são mais baixos, resultando em um debito cardíaco reduzido. Essa redução combinada com a redução do gradiente de pressão, compromete gravemente a liberação e o consumo de oxigênio.
Adaptações metabólica de altitude
Considerando-se as condições hipóxicas na altitude, devemos esperar o metabolismo anaeróbico aumente durante o exercício para suprir as demandas energéticas do organismo porque a oxidação seria limitada. Se isso ocorrer, devemos esperar o aumento da produção de ácido láctico numa determinada taxa de trabalho. Alguns pesquisadores propuseram que essa diminuição do ácido láctico no esforço máximo é decorrente da incapacidade do corpo em atingir a taxa de trabalho que exige totalmente os sistemas energéticos.
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