Fcihamento Curie a a teoria da radioatividade
Por: Laise Cezar • 1/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.538 Palavras (7 Páginas) • 479 Visualizações
CITAÇÕES DIRETAS
“Maria matriculou-se na Faculté de Sciences da Sorbonne (a Universidade de Paris). Eram 1.800 estudantes, entre os quais havia apenas 23 mulheres, sendo que menos de um terço destas eram francesas. Em Paris, a palavra para uma mulher estudante, étudiante, tinha quase as mesmas conotações dúbias que a palavra modelo tem hoje. Nenhum pai de família respeitável sujeitaria a filha a tal humilhação, especialmente quando o fato de educá-la só vinha piorar as coisas. A maioria dos franceses concordava com o escritor da época Octave Mirabeau: “Mulher não é um cérebro, é um sexo.” Na Polônia, Maria havia sido capaz de desenvolver sua independência — e não exclusivamente na esfera intelectual. Em Paris, estava-se de volta ao homem de Neandertal: qualquer mulher na rua à noite era automaticamente considerada prostituta. A luz que primeiro iluminou a Cidade-Luz, em 1891, limitava-se à esfera elétrica.” (p.6, STRATHERN, 2000)
“Em casa, Marie e Pierre haviam se tornado muito próximos: partilhavam e discutiam tudo que os interessava. Em outras palavras, ciência. A pesquisa de Pierre, o curso de física teórica de Marie, dificuldades experimentais, problemas científicos — tudo era objeto da mesma intensa concentração. Desde os primeiros instantes, suas mentes estabeleciam uma profunda relação. Cada um sentia que o outro era capaz de compreender seu problema como ninguém mais. Mesmo depois do nascimento do bebê, muitas horas à noite eram dedicadas à análise dos desenvolvimentos mais recentes na ciência.” (p.10, STRATHERN, 2000)
“A parceria dos Curie era tão estreita que com frequência é impossível separar os diferentes papéis dos dois. Talvez a manifestação mais precisa de quem exatamente fez o que possa ser vista nos diários do laboratório. Estes indicam que, durante a descoberta efetiva do rádio (e do polônio), o trabalho deles foi praticamente intercambiável. Linhas com a letra caprichada de Marie são entremeadas com os garranchos borrados de Pierre. Depois de descobrir os dois novos elementos eles continuaram a trabalhar lado a lado, mas em tarefas diferentes. Marie assumiu o papel do químico para fazer a extração do rádio, ao passo que Pierre usava a física para investigar a natureza da radioatividade desse elemento. Mas, como veremos, mesmo nessa etapa seus papéis não estavam completamente separados.” (p.18-19, STRATHERN, 2000).
Assim como Einstein tirou partido de sua fama para defender causas liberais, Marie Curie tornou-se um emblema da condição feminina independente. Com seus dois prêmios Nobel e as duas filhas que havia criado sozinha, tornou-se uma inspiração para a geração de mulheres nascida entre as duas guerras. Nenhum campo estava fechado. As mulheres eram capazes de se sair tão bem (ou melhor) que os homens em ciência. E isso não significava que se tivesse de renegar a família. (p.28, STRATHERN, 2000)
CITAÇÕES INDIRETAS
“Para STRATHERN (2000), Maria Sklodowska, que logo se tornou Marie Curie, foi uma das melhores cientistas do século XX, sacrificando sua própria vida e saúde por uma descoberta que mudaria a história da sociedade, e o tratamento de doenças.” (STRATHERN, 2000)
“De acordo com o dizeres do autor, Marie e Pierre dedicaram anos de suas vidas, focados em descobrir o que era o radio, e que poder ele tinha.” (STRATHERN, 2000)
“Segundo STRATHERN (2000), diante de situações aparentemente frustradas, Maria e Pierre persistiram até conseguirem alcançar o objetivo dos mesmos. Embora, Pierre tenha falecido antes de ver muitas outras conquistas de sua esposa, a da sua filha, Irène.” (STRATHERN, 2000)
“Para o autor, o casal empenhava-se em descobrir qual o elemento com maior radioatividade. Em experiências com um minério betuminoso negro por nome pechblenda, eles notaram a existência de um elemento até então desconhecido. Que recebeu o nome de Polônio em homenagem à terra natal da Marie Curie.” (STRATHERN, 2000)
“De acordo com STRATHERN (2000), um dos fatores cruciais para o sucesso dos Curie, vinha do companheirismo e da amizade de ambos, pois em tudo o que faziam eram companheiros, lutavam por uma causa dos dois, e a descoberta era almejada por ambos.” (STRATHERN, 2000)
“Segundo o autor, Marie Curie, tornou-se mundialmente conhecida, por receber o primeiro diploma avançado em pesquisa concedido a uma mulher na França, em qualquer campo, e em seguida no mesmo ano, recebeu o prêmio NOBEL de Física, junto com o seu esposo, Pierre.” (STRATHERN, 2000).
Diante do que diz o livro: CURIE E A RADIOATIVIDADE EM 90 MINUTOS, nota-se uma grande mulher, e a sua marca histórica no mundo. Maria Curie, filha de uma diretora, e um professor superou seus desafios, e lutou por um sonho que foi o responsável por levá-la ao topo: O sonho de estudar em Paris.
Marie fazia parte de um grupo de vinte e três mulheres em meio a mais de mil homens, em uma época que o preconceito quanto às mulheres que estudavam ainda era muito grande. Depois de obter a sua licenciatura, enquanto pesquisava as propriedades magnéticas do aço, como pesquisadora-assistente do professor Lippmann, determinada a ir embora, logo que possível, conheceu o homem que viria a ser o seu esposo, Pierre Curie, o mesmo que a convenceu a não voltar para a Polônia. Após o casamento, começaram a estudar juntos em um laboratório do estabelecimento de trabalho de Pierre. Estes estudos eram voltados para a descoberta de uma radiação identificada por Marie depois de uma réplica do experimento de Becquerel, quando ela notou que a radiação do sal duplo de urânio eletrificava o ar por onde passava, tornando-o ionizado e capaz de conduzir a eletricidade. Srª Curie acompanhou com curiosidade, sempre discutindo com o seu esposo as descobertas de Rontgen e Becquerel, e este foi o primeiro passo que ela deu para chegar ao caminho das grandes descobertas que faria no futuro. Como Becquerel teve dificuldades em suas pesquisas, a curiosidade de Marie por descobrir o que vinha em seguida fez com que ela unisse uma coisa à outra, usando desde tema sua tese para o doutorado.
...