Incontinência urinária em idoso: a cinesioterapia como principal tratamento
Por: Deborah Medeiros • 21/10/2019 • Artigo • 4.722 Palavras (19 Páginas) • 288 Visualizações
Incontinência urinária em idoso: a cinesioterapia como principal tratamento*
Autora**: Deborah Margarida de Melo e Silva.
Orientadora***: Tania Maria Bezerra de Lima.
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RESUMO
O tratamento da Incontinência Urinária na pessoa idosa atualmente, através da cinesioterapia tem se mostrado relevante entre os profissionais da saúde, e tem sido tema de estudo dos fisioterapeutas que acompanham os idosos. O presente estudo possibilitou, a produção de conhecimentos acerca da cinesioterapia como opção de tratamento para Incontinência Urinária, com o objetivo geral de analisar a técnica utilizada e a sua contribuição para o tratamento eficaz que afetam a saúde dos pacientes idosos. Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter descritivo exploratório, para analisar o conceito de autores conhecedores sobre o objeto de estudo. A ferramenta empregada para a coleta de informações consisti em um acervo bibliográfico e documental através de artigos, revistas e livros, monografias e jornais, além de pesquisa em publicações técnico científico, sendo pesquisados artigos entre os anos 2005 a 2011, direcionado para os principais tópicos relacionado com a cinesioterapia e o fisioterapeuta, estudo da pesquisa.
Palavras chaves: Incontinência Urinária; Cinesioterapia; Fisioterapeuta; Qualidade de vida.
*Artigo Científico apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade Pitágoras - São Luís- MA, para obtenção de nota na Disciplina Metodologia Cientifica.
**Graduanda do 3º Período do Curso de Fisioterapia da Faculdade FACAM.
*** Professora do Curso de Fisioterapia da Faculdade FACAM.
1.INTRODUÇÂO
A ação do envelhecimento colabora para maior vulnerabilidade às doenças, interferindo na locomobilidade, na sua independência, na sua consciência, no exercício manual e na função das entradas urinárias inferiores e da bexiga, favorecendo a Incontinência Urinária (IU), patologia bem corriqueiro dentre as pessoas idosas (ABREU et al., 2007)
Na área da saúde, o avanço da tecnologia e o conhecimento cientifico atualmente, tem contribuído muito para o combate de enfermidades, entre elas, a incontinência urinária.
A Sociedade Internacional de Continência (ICS) origina a incontinência urinária como qualquer perda involuntária suficiente de urina, gerando um problema higiênico ou social. Sendo um problema enfrentados pelos idosos.
O que, segundo Rubstein afirma:
Nesse sentido, a IU é considerada um problema de saúde pública e sua prevalência aumenta com o avanço da idade, embora possa acontecer em qualquer fase da vida. Alguns fatores de risco podem estar associados ao aparecimento dos sintomas, entre eles o próprio envelhecimento natural das fibras musculares. (Rubstein I, editor. Urologia feminina. São Paulo: BYK; 1999).
De acordo com Polden e Mantle (2000), a avaliação dos fatores preliminares e o diagnóstico adequado são indispensáveis no tratamento da incontinência urinária.
Alguns fatores estão relacionados à ocorrência da IU em pessoas idosas, entre eles, a idade, o estado hormonal, a raça (com prevalência entre mulheres brancas), o Índice de Massa Corporal (IMC), a paridade, os tipos de partos (normais, normais com fórcipes ou cesáreas), a utilização de episiotomia e/ ou analgesia durante o parto, o histórico de histerectomia, a prática de atividade física, o tabagismo, a diabetes mellitus, a constipação intestinal, histórico de asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica, os fatores hereditários, o consumo de cafeína, o uso de diuréticos ou antidepressivos.
As alterações anatômicas podem também provocar a Incontinência Urinária como estiramentos nos ligamentos musculares da uretra, com mudança no músculo detrusor da bexiga, modificações do assoalho pélvico, e a movimentação da uretra e deficiência esfincteriana.
A Incontinência Urinária – IU, pode originar algumas alterações psicossocial, além do comprometimento corporal, afetando expressivamente a qualidade de vida da idosa, restringindo sua autoestima e sua autonomia. Independentemente de seu estado psicossocial, as consequências da IU afetam diretamente todo o contexto de vida da pessoa idosa, como, sua saúde física, sua interação social e as atividades diárias. Problemas sexual e domésticos, ocupacional ou social, são observados em pessoas com IU, que estão entre as significativas causas de estresse, debilidade e morbidade (MELO et al., 2012).
A despeito da desordem interna que afeta diretamente a qualidade de vida da pessoa idosa, o percentual pela procura do tratamento entre aqueles que enfrentam o problema tem uma variação considerável (SILVA; LOPES, 2009). A diminuição da função ovariana depois da menopausa, os múltiplos partos normais, a obesidade e o envelhecimento natural da musculatura vaginal, podem ser associados ao aparecimento da IU (SOUSA et al., 2011).
O fato da IU está associado a ação do envelhecimento, a procura ou demora pelo tratamento se torna mais tardia, somando a isso pode-se dizer que existem outras razões como vergonha, medo, falta de conhecimento e hesitação entre outros, em consultar um profissional da saúde (SILVA; LOPES, 2009).
Diante dessas alterações que afetam a vida social, emocional e física da pessoa idosa, se faz necessário que se avalie o processo fisioterapêutico como alternativa de tratamento para o problema da IU.
Atualmente, a fisioterapia é vista como opção clínica, oferecendo resultados suficientes para o melhoramento dos sinais da doença, bem como aliviar a condição de vida.
Em meio aos recursos empregados pela fisioterapia, a eletroestimulação, a terapia comportamental, os cones vaginais, o biofeedback e a cinesioterapia (contração da musculatura através de exercício), essa última, sendo o enfoque de nosso interesse.
A relevância do tema está no esboço sobre os tratamentos existentes, com destaque para o fisioterápico, para que se evite a gravidade da patologia que cogita em uma série de implicações físicas, econômicas, psicológicas, emocionais, sexuais e sociais, além de intervir na característica de vida da pessoa idosa.
Portanto, o propósito deste trabalho e motivo de desenvolvimento do estudo serve para mostrar o quanto a fisioterapia, no qual tem o principal tratamento a cinesioterapia, é importante para aplicar em pacientes idosos contribuindo para a recuperação da Incontinência Urinária.
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