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O Mal de Parkinson

Por:   •  9/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  1.668 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

As doenças neurológicas se não são as mais difíceis, certamente são as mais desafiadoras, principalmente por se tratar de uma área complexa da medicina, e por afetar partes do individuo, que possuem um grau de complicação pela região onde se desenvolve como: o cérebro, medula, nervos e músculos.

Uma destas doenças é o Parkinson que é definida como crônica e progressiva, que não tem identificada claramente sua etiologia, mais os estudos apontam para o acometimento do sistema nervoso central, comprometendo desta forma as funções motoras do individuo. O Parkinson incide com maior frequência nos indivíduos com maior faixa etária, principalmente quando se alcançam os 70 anos de idade.

E a fisioterapia é um mecanismo eficaz no tratamento dos pacientes, ele tem por objetivo impedir o avanço demasiado da patologia, buscando reparar a mobilidade afetada, a força muscular, gerando uma melhora na qualidade de vida do indivíduo. Seu trabalho multidisciplinar com as demais áreas da saúde promovem resultados mais significativos no controle da Doença de Parkinson.

O objetivo do trabalho é reunir um referencial teórico coeso e conciso, da atuação da fisioterapia na Doença de Parkinson, atribuindo ainda à abordagem da psicomotricidade como ferramenta para o tratamento fisioterapêutico. Para tanto, nos baseamos em artigos científicos publicados em revistas datados nos dez últimos anos.

O trabalho foi realizado em duas principais divisões, primeiramente descrevendo a Doença de Parkinson, destacando seu conceito, causas, principais sintomas e tratamento multidisciplinar. E em seguida, aprofundamos no tratamento fisioterapêutico, abordando principalmente a psicomotricidade para alcançar resultados na patologia.


2 PARKINSON

O Parkinson é uma patologia crônica que possui um caráter progressivo que foi descrita pela primeira vez na Inglaterra, por James Parkinson, o cirurgião responsável pelo batismo da patologia no século XIX. É uma patologia neurodegenerativa principalmente por estar diretamente ligada ao processo de envelhecimento. Segundo Gouveia (2015, p. 3), “afirma-se ainda que o processo de envelhecimento esteja intimamente ligado a esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios dopaminérgicos com o passar dos anos”.

A etiologia ainda é indefinida e por alguns autores é considerada como desconhecida, porem estudos aponta que a diminuição da dopamina que é produzida na substância negra tem forte relação com a patologia. Pois com o envelhecimento a velocidade com que os impulsos nervosos são conduzidos é reduzida, provocando assim alterações nos neurotransmissores. Os Parkinsonianos de acordo com Camargos, et.al. (2004, p. 268), “apresentam sinais e sintomas clássicos resultantes da depleção de dopamina na substância negra, como tremor em repouso, rigidez muscular, bradicinesia, hipocinesia e alterações na postura e equilíbrio”.

O Parkinson, também chamada de Mal de Parkinson e ainda Paralisia agitante, apresenta outros sintomas de natureza não motora, como a diminuição do olfato, alteração do ritmo intestinal, deterioração da fluência da fala, distúrbios do sono e depressão e ansiedade, e destaca-se ainda a demência na Doença de Parkinson. Além de apresentar danos à qualidade de vida do individuo, que é afetada pela influência mútua entre saúde física, estado mental, a espiritualidade, e os relacionamentos participativos entre o individuo e os elementos do ambiente.

Estes danos estão relacionados à incapacidade funcional que o individuo com Doença de Parkinson sofre, e que se caracteriza pela dificuldade no desenvolvimento de algumas atividades diárias. Segundo Silva (2010, p. 464), “os aspectos sociais estão relacionados com a qualidade de vida dos indivíduos piorando com a evolução da doença”. Principalmente quando levamos em conta que a maioria dos indivíduos mais afetados pela patologia, já se encontro no processo de envelhecimento. A população mais atingida tem idade a partir dos 50 anos, embora alguns casos raros foram diagnosticados em pacientes com menos de 30 anos de idade.

O Parkinson é classificado em quatro partes, sendo elas o Parkinsonismo primário ou o tão como é mais conhecido Doença de Parkinson, que é caracterizado pela evidencia frequente de sintomas em apenas um lado do corpo. O Parkinsonismo secundário ou pós-encefálico, que é causado por drogas, intoxicações exógenas, infecções, doença vascular cerebral, traumatismo crânio-encefálico, hidrocefalia e distúrbios metabólicos e outros.

Outra classificação é o Parkinsonismo plus ou degeneração de múltiplos sistemas, denominado desta forma por possuir quadros neurológicos em que uma síndrome parkinsoniana está associada a distúrbios autonômicos, cerebelares, piramidais, de neurônio motor inferior, ou, ainda, de motricidade ocular extrínseca. E por ultimo o Parkinsonismo eredodegenerativo ou familiar, que embora raramente o parkinsonismo ocorra em base familiar. As mutações no gene parkina são a principal causa de parkinsonismo familiar autossômico recessivo de início precoce e de doença de Parkinson juvenil esporádica

O diagnóstico da patologia encontra algumas dificuldades, uma vez que geralmente exames como Tomografias computadorizadas cerebrais, eletroencefalograma não mostram alterações computadorizadas cerebrais, eletroencefalograma não mostram alterações no funcionamento dos neurônios. Desta forma é preciso ficar atento aos sinais e sintomas apresentados, e diagnosticar pela clínica e por meio de testes musculares e de reflexos no indivíduo com a suspeita da patologia.

O tratamento da doença é feito com objetivo de retardar os progressos da patologia e controlar os sintomas, uma vez que a mesma não possui cura. O tratamento pode ser realizado por meio de prescrição de medicamentos e de uma mudança de estilo de vida do individuo. Em alguns casos existe a indicação de processo cirúrgico, caso seja vontade do paciente.

O tratamento da Doença de Parkinson é principalmente multidisciplinar, para que o alcance dos resultados seja mais abrangente e eficaz. Profissionais como Fisioterapeutas, Médicos (sua maioria Geriatras), Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Assistentes Sociais e outros, devem trabalhar em caráter multidisciplinar para que os resultados obtidos sejam benéficos para o paciente. Segundo Gouveia (2015, p. 4), “não há um tratamento fisioterapêutico especifico para o Parkinson, mas sim, um leque de opção de técnicas disponíveis que podem ser usadas para ajudar o paciente a ter uma melhor qualidade de vida”.

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