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OS EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO

Por:   •  20/5/2018  •  Artigo  •  1.518 Palavras (7 Páginas)  •  587 Visualizações

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Sumário

INTRODUÇÃO        2

EXERCÍCIOS        4

PROTOCOLO        4

EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO        5

FATORES DE RISCO        7

PREVENÇÃO        7

CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS        9


INTRODUÇÃO

No passado, era prescrito com certa frequência repouso no leito, acreditava-se que a estabilização era extremamente benéfica ao paciente em estado crítico. Porém hoje, comprova-se que a imobilidade pode influencias na recuperação de pacientes com doenças críticas, relacionada a alterações sistêmicas associadas, como ulceras de pressão, contraturas, tromboembólica, fraqueza muscular e esquelética.  (Mota e Silva, 2012).

A utilização do termo precoce, refere-se a compreensão de que a atividade de mobilização deve se iniciar no momento que as alterações fisiológicas importantes estejam estabilizadas e não após o desmame ou da alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). (Mota e Silva, 2012).

A mobilização precoce é realizada com atividade terapêuticas progressivas, como exercícios motores no leito de maneira passiva, sentar no leito, atividades ativo-assistido, transferência para a poltrona, ortostatismo e deambulação. Adiar o inicio da intervenção é aumentar o déficit funcional. A intervenção precoce é de suma importância para prevenir hospitalização prolongada, problemas físicos e psíquicos. (FELICIANO et al., 2012).

Pacientes com maior tempo de ventilação mecânica prolongada, tendem a ter uma maior perda de massa magra, e assim uma recuperação funcional mais lenta, comparado aos pacientes com tempo de internamento menor. Existem diversos fatores que podem causar a fraqueza muscular e contribuir para aumento do tempo de internamento, o que aumenta o risco de infecção hospitalar e outros agravos a saúde, entre diversas situações que o paciente enfrenta como medo da morte, separação da família, procedimentos invasivos, aumento do stress. (FELICIANO et al., 2012).

A incidência de complicações na UTI é de 30% a 60% dos pacientes e o exercício fisioterapêutico tem a finalidade de melhorar a funcionalidade física, prevenir incapacidades, utilizando uma variedade de exercícios que diminuem o risco de complicações. Estes exercícios preservam a função física dos pacientes sadios e diminuem o risco futuras perdas funcionais. (Cruz, 2010).

Paciente critico internado em UTI mostra reduções motoras alarmantes. Melhoras como o posicionamento adequado no leito ou na poltrona e a mobilização precoce pode ser vista com estimulação sensóriomotora. A cinesioterapia tem comprovado os benefícios apesar de diversificar as abordagens. (Cruz, 2010).

EXERCÍCIOS

Existe pouca literatura que mostre qual a melhor atividade que beneficie os pacientes críticos durante sua hospitalização. Uma pequena parte das publicações detalham a frequência, duração, benefícios dos exercícios.

Os exercícios passivos, ativo-assistidos e resistidos mantem a movimentação da articulação, o comprimento muscular, da função e da força muscular e reduzir o risco de tromboembolismo

Posicionar o paciente adequadamente no leito, aumenta a relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares, diminui o trabalho do trato respiratório em resumo melhora o transporte do oxigênio.

PROTOCOLO

França et al. , utiliza um protocolo de forma a estabelecer uma progressão da mobilização do doente crítico. Esse protocolo trás 5 níveis, a progressão do nível está de acordo com o nível de consciência, quando o paciente apresentar consciência é feito a mobilização ativa.

Proposta de algoritimo para estabelecer níveis de progressão da mobilização do doente crítico.

Nível 1 - Paciente inconsciente

Decúbito elevado (Fowler 60o ) ou ortostatismo passivo, mobilização passiva para MMSS e MMII, alongamento estático e propriocepção articular

Nível 2 - Decúbito elevado (Fowler 60o ) ou ortostatismo passivo, mobilização ativa de extremidades, alongamento estático e propriocepção articular.

Nível 3 - Decúbito elevado (Fowler 60o ) ou ortostatismo passivo, mobilização aeróbica e/ou contra-resistida, alongamento estático e propriocepção articular. Transferência do paciente para borda da cama (exercícios de controle de tronco e equilíbrio).

Nível 4 - Decúbito elevado (Fowler 60o ) ou ortostatismo passivo, mobilização aeróbica e/ou contra-resistida, alongamento estático e propriocepção articular. Transferência do paciente para borda da cama (exercícios de controle de tronco e equilíbrio). Transferência para poltrona. Ortostatismo ativo (exercícios de equilíbrio e marcha estática).

Nível 5 - Decúbito elevado (Fowler 60o ) ou ortostatismo passivo, mobilização aeróbica e/ou contra-resistida, alongamento estático, propriocepção articular. Transferência do paciente para borda da cama (exercícios de controle de tronco e equilíbrio). Transferência para poltrona. Ortostatismo ativo (exercícios de equilíbrio e marcha estática). Deambulação assistida.

EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO

Entre os efeitos encontram-se a ventilação mecânica prolongada, desordens clinicas como síndrome da resposta inflamatória sistêmica e sepse, déficit nutricional, fármacos que podem afetar o status funcional e resultar em maior tempo de intubação orotraqueal e consequentemente internação hospitalar.

Dentre estes fatores encontram-se a ventilação mecânica prolongada, a imobilidade no leito, desordens clínicas como a sepse e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), déficit nutricional e exposição a agentes farmacológicos como bloqueadores neuromusculares e corticosteroides que podem afetar adversamente o status funcional e resultar em maior período de intubação orotraqueal e internação hospitalar. (França, 2012)

  • Diminuição do consumo máximo de oxigênio;
  • Diminuição da tolerância ao ortostatismo;
  • Diminuição da capacidade residual funcional;
  • Diminuição do volume expiratório forçado;
  • Alterações na relação ventilação / perfusão;
  • Diminuição da massa muscular;
  • Diminuição da força muscular;
  • Aumento da osteoporose;
  • Mudanças no tecido conectivo periarticular e intra-articular (DUARTE, 2002).
  • Delirium

Delirium é um estado transitório, no inicio se caracteriza pela perda de funções congnitivas, uma perda reduzida de consciência, diminuição da atenção, diminuição ou aumento da atividade psicomotora, e desordens do sono-vigilia.

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