OS EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO ASSOCIADO AO AEROBICO NA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA.
Por: Anuaah Pylah • 28/9/2017 • Trabalho acadêmico • 1.498 Palavras (6 Páginas) • 645 Visualizações
EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO ASSOCIADO AO AEROBICO NA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA.
FRANCA;NCF , BARRETO; A.S.F , CUNHA;E.C, SILVA ; C.M.S.S;CORDEIRO;A.L.L
Introdução:
A insuficiência cardíaca baseia-se pela deficiência do coração em manter adequadamente o aporte sanguíneo. È considerada uma síndrome complexa que engloba múltiplos sistemas, se da inicio pela redução da contratilidade miocárdica, do debito cardíaco , redução da fração de ejeção e aumento do volume dos ventrículos gerando assim redução da tolerância a exercícios por conta da fadiga e dispneia , e assim , o treinamento muscular inspiratório é uma das formas de intervenção utilizados para melhorar , aumentar e/ou preservar a força e a resistência muscular inspiratória . Em pacientes com IC o treinamento físico é benéfico tanto fisiologicamente como ajuda a reverter a disfunção aumentando o consumo de O2 e potência aeróbica máxima , estabelecendo melhora da capacidade oxidativa musculoesquelética e reduz a exacerbação neuro-humoral, tendo em vista esses benefícios .
O objetivo desse artigo foi promover um programa de reabilitação cardiovascular que permitisse aos cardiopatas o retorno o mais rápido possível as suas atividades de vida diária de forma ativa e produtiva.
Métodos:
Paciente do sexo masculino , 71 anos, com diagnostico médico de Insuficiência Cardíaca crônica , e não apresentavam comorbidades musculoesqueléticas nem pulmonares.
O protocolo fisioterapêutico se deu inicio após uma avaliação onde foi mensurada a pressão inspiratória máxima (Pimax), a pressão expiratória máxima (Pemax), capacidade vital e funcional.
O estudo foi realizado na Clínica Escola da Faculdade Nobre – FISIOFAN e o seu protocolo se deu por quatro semanas , sendo três vezes por semana e cada sessão foi dividido em 3 partes , iniciando com aquecimento muscular pelo alongamento , em seguida treinamento muscular inspiratório e por ultimo treino aeróbico.
Foram feitos alongamentos de 15 segundos no ECON, escalenos, trapézio superior e músculos do membro inferior com repetição de duas vezes para cada músculo. Para o treinamento inspiratório foi utilizado o aparelho Threshold IMT com objetivo de ganho de força inspiratória com carga de 60% da Pimax por 20 minutos e já o treinamento aeróbico foi utilizado uma bicicleta ergométrica com 20 minutos na primeira semana e , 25 minutos na segunda e a partir da terceira por 30 minutos com velocidade de 30km/h sendo monitorado com a escala de Borg a percepção subjetiva de esforço não ultrapassando 14 pontos.
Para a reavaliação foi feito a mensuração da capacidade vital, da Pimax, Pemax e após 10 minutos feito o teste de caminhada de seis minutos para determinar a capacidade funcional.
Resultados:
A C.V após 4 semanas houve ganho de 16,2%, saindo de 38960 ml/kg aumentando para 4600ml/kg , com relação a Pimax verificou-se um ganho de -48 cm/H²O para para -72cm/H²O, e assim ganho de 50% após as 12 sessões . Na capacidade funcional com TC6’ houve ganho de 97m na distância percorrida passando de 428 m para 525m , obtendo assim 22,7 % de ganho.
Conclusão e crítica:
O estudo em questão apensar de ter sito uma quantidade amostral bastante pequena de somente um paciente,obteve resultados significativamente positivos quanto ao aumento da resposta cardiorrespiratória ao exercício físico do paciente ,obtendo melhora na capacidade vital , houve aumento da musculatura inspiratória e melhora da capacidade funcional constatado pela distancia percorrida no TC6’.
CARACTERIZAÇÃO DOS OCTOGENÁRIOS SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDIOVASCULAR SOB INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA.
NOZAWA;E , RAMOS; A.R.W , ET AL
Introdução:
Grandes alterações respiratório e cardiovascular surgem com a idade , predispondo a idosos a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), diabetes Mellitus (DM) e doenças pulmonares.
Atualmente o número de idosos acima de 80 anos submetidos à cirurgia cardíaca vem sendo frequentes, visando principalmente a qualidade de vida do que o aumento de expectativa de vida , e cirurgias em idosos são feitas com cautela e indivíduos bem selecionados em boas condições físicas e mentais.
O objetivo desse artigo é caracterizar o perfil clinico cirúrgico de pacientes com 80 anos submetidos a cirúrgia cardiovasculares , analisar as diferenças entre dois grupos :os que tiveram evolução satisfatória e aqueles com dependência respiratória mecânica evasiva e tipo de frequência da intervenção fisioterapêutica.
Métodos:
Estudaram-se 50 pacientes , com idade média 82 anos, 64% sexo masculino , com alguns antecedentes pré-operatorios predominantes inclusive hipertensão arterial sistêmica (HAS), tabagismo , dislipidemia , pneumonia , arritimias , derrames pleurais, entre outros. Todos os pacientes oram submetidos a revascularização do miocárdio e/ou cirurgia valvar no período de maio de 2005 a dezembro de 2007. Todos os pacientes receberam assistência fisioterapêutica desde a entrada da UTI até a alta hospitalar, a assistência se baseou nas condições clinicas de cada paciente e era sistematizada para 1)prevenir o acumulo de secreções por meio de manobras de remoção da secreção brônquica e estimulo da tosse , 2)Melhorar a expansão pulmonar por meio de exercícios respiratórios , 3)estimular a deambulação e mobilização por exercícios físicos globais. Para essas analises foram coletadas o tipo e frequência do atendimento fisioterapêutico que foram fisioterapia respiratória , uso de pressão positiva não invasiva e fisioterapia motora .
Resultados:
Deste total, 1 paciente foi a óbito no intraoperatório, 40
foram extubados com sucesso (grupo sem reitubação orotraqueal) e 9 necessitaram de reintubação (grupo reitubação orotraqueal). Observou-se alta incidência de complicações pós-operatórias, principalmente arritmias cardíacas (44%), derrame pleural e pneumonia (24%), e delirium (24%). O grupo reitubação orotraqueal tinha menores valores de fração de ejeção de ventrículo esquerdo e as pneumonias (80%), arritmias (70%), derrame pleural (60%) e delirium (50%) foram as complicações de maior incidência, o que elevou os tempos de intubação, de unidades
de terapia intensiva, de internação hospitalar e a taxa de óbitos na comparação
ao grupo sem reitubação orotraqueal .A fisioterapia foi aplicada em um
maior número de sessões e de estratégias de pressão positiva não invasiva, principalmente naqueles com complicações pulmonares e neurológicas
Conclusão e crítica:
A cirurgia cardíaca em octogenários, apesar da alta incidência de comorbidades, tem resultados positivos. As complicações pós-operatórias de maior morbimortalidade ocorreram , naqueles pacientes que não conseguiram permanecer sem suporte ventilatório invasivo. Embora as complicações cardiovasculares tenham sido as mais frequentes, foram as pulmonares e neurológicas que demandaram maior atenção da equipe de fisioterapia. Estudo bastante significativo para um maior entendimento da reabilitação fisioterapêutica cardíaca em pacientes idosos.
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