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Os Exames Complementares

Por:   •  5/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.696 Palavras (11 Páginas)  •  149 Visualizações

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Exames Complementares

Radiografia

A radiologia tem como princípio a utilização do raio X, que consiste numa radiação eletromagnética capaz de ionizar matéria. É mais utilizada para visualização de ossos e alterações presentes em alguns órgãos.  

  • Raio X: são os raios que atravessam o paciente
  • Radiografia: nome do exame
  • Radiograma: nome do papel onde a imagem é gerada.

DENSIDADE RADIOLÓGICA

Na radiografia, deve-se analisar a densidade das estruturas, ou seja, quanto mais denso, terá menos penetração do raio.

  • Metal – branco brilhante
  • Cálcio (osso) – branco
  • Água (líquidos) – cinza
  • Gordura – quase um preto
  • Ar – preto

Os termos mais frequentes estão relacionados à densidade da estrutura, sendo Radiotransparentes ou Hipertransparentes – estruturas menos densas (mais escuras) e Radiopacas ou Hipotransparentes – estruturas mais densas (mais claras)

INCIDÊNCIAS

As incidências indicam a entrada e saída dos raios – X.

  • Póstero Anterior (PA): incide na região posterior e emerge na região anterior; melhor incidência para análise de tórax;
  • Ântero Posterior (AP): incide na região anterior e emerge na região posterior;
  • Látero Lateral (LL): incide na região lateral e emerge na outra face lateral;
  • Látero Medial (LM): incide na região lateral e emerge na medial (geralmente no braço);
  • Médio Lateral (ML): incide na região medial e emerge na lateral;
  • Axial: incide no longo transversal de uma estrutura;

Nas incidências de perfil (LL), o ombro e outras estruturas presentes na região superior, fazem com que as vertebras superiores fiquem mais hipotransparentes.

Na incidência AP, tem-se um falso aumento da estrutura cardíaca (coração), devido à sua posição mais anteriorizada.

Na incidência AP em decúbito dorsal, as vísceras comprimem a base pulmonar, dificultando a inspiração e deixando a cúpula diafragmática mais elevada.

TIPOS DE FRATURAS

O periósteo é uma película que reveste o osso;

Fratura aberta: o periósteo é lesionado;

Fratura exposta: o periósteo é lesionado e o osso sai para fora da pele;

Fratura em galho verde: o osso dobra e trinca, mas não rompe o periósteo. É mais comum em crianças que possuem ossos mais flexíveis;

TERMOS

Velado: região do exame de radiografia que era para estar transparente e está totalmente esbranquiçado;

Borrado: quando não está totalmente velado;

RADIOGRAFIA DE TÓRAX

É um dos exames mais utilizados na prática, por ter um baixo custo, ter rápida disponibilidade e fácil realização.

Para interpretar uma radiografia de tórax, deve-se analisar:

  • A incidência do raio (PA, AP, LL, LM, ML, axial)
  • Nome do paciente
  • Quando foi realizado
  • Qualidade técnica (rodado, inspirado, bem penetrado etc.)
  • Região óssea (fratura, por ex.)
  • Diafragma
  • Padrão circulatório pulmonar
  • Coração

Há 4 seios em uma radiografia de tórax normal:

  • Seio costofrênico “D” e “E”
  • Seio cardiofrênicos “D” e “E”

QUALIDADE

Rotação: a distância da clavícula ao processo espinhoso da vértebra deve ser igual dos dois lados, caso contrário o tronco está rodado.

Inspiração: é necessário contar os arcos costais, deve conter 6 arcos anteriores (são mais verticalizados) e 10 posteriores (são mais horizontalizados).

Penetração: observar se é possível visualizar os processos espinhosos acima do botão aórtico (pelo menos 3 processos espinhosos)

ESTRUTURAS

Partes moles: mamas, região cervical, tecido subcutâneo, abdômen superior.

Arcabouço ósseo: coluna, clavícula, costelas, ombros e esterno.

Diafragma: formato de cúpula, sendo o LD mais elevado que o esquerdo.

Seios: verificar se estão livres ou apresentam velamento ou borramento.

Parênquima pulmonar: região esponjosa do pulmão, na radiografia deve estar hipertransparentes, devido a presença de ar.

Hilos: comparar a morfologia e dimensões, o hilo “D” é mais baixo que o “E”, além de ser mais fácil de visualizar.

  • Aumento hilar unilateral: quando há líquido dentro dos alvéolos devido alguma condição ou patologia, deixando o pulmão congestionado, então as artérias não conseguem levar o sangue até o local e se dilatam.
  • Aumento hilar bilateral: insuficiência cardíaca congestiva no lado direito ou esquerdo do coração. Lado esquerdo – é a insuficiência mais frequente, onde o átrio e o ventrículo esquerdo não conseguem bombear sangue para o corpo, então congestionam as veias pulmonares “D” e “E”, onde vai gerar um acúmulo de sangue bilateral e consequentemente um edema agudo de pulmão. Lado direito – átrio e ventrículo direito perdem a capacidade de bombear sangue de forma adequada, onde as veias cavas, irão sofrer um congestionamento.
  • Linfonodomegalias: aumento hilar bilaterais mais delimitados “hilos em batata”.

Mediastino: alargamentos, pneumomediastino, massas.

Coração: avaliar a silhueta cardíaca, morfologia, posição e dimensões (seu tamanho deve ser menos da ½ da área torácica).

Aorta: abaulamentos (alteração do seu trajeto), dilatação, calcificação, aneurisma.

TERMINOLOGIAS EMPREGADAS

Opacidade: aumento da densidade (hipotransparentes ou radiopaco);

Cavidades: região bem delimitada, devido a hipotransparência ao seu redor. Desta forma, se diferencia do cisto, por não ser hipertransparentes.

Consolidação do parênquima: opacidade obscurece as silhuetas, é um aumento da densidade sem perda significativa do volume e eventualmente com broncogramas aéreos.

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