Pos e contras do uso de medicamentos por idosos
Por: mariana.caetano • 13/10/2016 • Trabalho acadêmico • 435 Palavras (2 Páginas) • 531 Visualizações
OS PRÓS SUPERAM OS CONTRAS?
Discente do 4º período do curso de Fisioterapia
Saiba a verdade por trás dos medicamentos usados pelos idosos, muitos deles contribuem para uma das principais causas de hospitalização e óbito nessa faixa etária: as quedas.
A população idosa já corresponde a grande parte do número de brasileiros, segundo estimativas do IBGE, nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos vai mais do que triplicar, passando dos atuais 22,9 milhões (11,43%) para 88,6 milhoes (39,2%). Juntamente com a expectativa de vida aumenta também a probabilidade de ocorrência de doenças crônicas, por isso as pessoas idosas em geral tomam mais medicamentos que os adultos jovens e chegam a gastar 30% da sua renda com medicamentos.
O grande problema é que com o envelhecimento nosso corpo não reage do mesmo jeito, ocorrem mudanças fisiólogicas que alteram a farmacocinética (absorção, biodisponibilidade, distribuição e eliminação) do medicamento.
Desde os anos 90, vem sendo propostos critérios com o objetivo de definir os medicamentos considerados pouco seguros para idosos e cuja prescrição deveria ser evitada nessa faixa etária pois os riscos de usa-los são maiores que os benefícios. Existe uma lista com os medicamentos inapropriados para idosos que descreve suas possíveis consequências.
Um dos grupos de medicamentos mais perigosos é o de Benzodiazepínicos de meia-vida longa (diazepam, flurazepam bromazepam, clonazepam) pois sua ação sedativa causa depressão, sonolência,tonturas, diminuição da atenção, concentração e memória, falta de coordenação muscular, que pode causar dificuldades em andar resultando em quedas e consequentemente fraturas. As quedas, além de produzirem uma importante perda de autonomia e de qualidade de vida entre os idosos, repercute entre os familiares e altos custos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
[pic 1]É conhecida a prevalência de certos tipos de fraturas nos idosos, sendo frequentes as
lesões de extremidade distal de rádio (braço), terço proximal do úmero (antebraço), corpos vertebrais da transição dorso-lombar (coluna) e colo do fêmur (coxa), sendo esta última a mais temida pois requer tratamento cirúrgico e um longo período de repouso. Sem poder sair da cama o idoso pode desenvolver outros tipos de doenças como pneumonia, trombose, depressão e na pior das hipóteses morrer.
Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia apontam que a taxa de mortalidade após uma fratura no fêmur é de 15% a 20% um ano após a queda, ou seja o risco de um idoso morrer por causa de quedas é seis vezes maior do que por doenças cardíacas e neurológicas.
Portanto os benzodiazepínicos devem ser prescritos aos idosos com cuidado, em doses baixas e pelo menor período de tempo possível.
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