Ventilação Não Invasiva
Por: Rafaela Rodrigues • 13/10/2021 • Projeto de pesquisa • 636 Palavras (3 Páginas) • 191 Visualizações
Legenda:
A ventilação não invasiva é definida como uma técnica de ventilação onde nenhum dispositivo invasivo é usado, como tubo orotraqueal, nasotraqueal, ou cânula de traqueostomia. A ventilação é feita através da adaptação do paciente em máscaras facial ou nasal onde está é conectada por um circuito ao ventilador.
Seu objetivo é a correção da hipoxemia e acidose respiratória, aliviar o trabalho respiratório, reverter ou evitar a fadiga respiratória, diminuição do consumo de oxigênio.
A ventilação não invasiva tem como vantagens o conforto ao paciente, diminuição dos riscos de trauma das vias aéreas superiores e maior facilidade ao desmame.
Hoje, os ventiladores mecânicos são adaptados para funcionar em suas duas modalidades (invasiva e não invasiva), possuem algoritmos para compensação de vazamento e a possibilidade de ajuste do critério de ciclagem da fase inspiratória para a expiratória.
Os aparelhos podem conter três tipos de versões: Em sua versão assistida, o paciente recebe suporte do equipamento, mas ele realiza todos os movimentos. Em seu modelo hibrido, parte dos movimentos respiratórios são feitos pelo equipamento e parte pelo próprio paciente. No tipo controlado, em apoio ao paciente, o aparelho realiza todos os movimentos respiratórios.
Em relação a suporte ventilatório, a VNI pode ser pode ser realizada em diversos tipos, o que vai depender da necessidade do paciente. Em ambiente hospitalar as opções mais utilizadas são: PAV, que é um aparelho de ventilação assistida que consegue identificar as necessidades e capacidades respiratórias se adaptando a cada paciente e o VASP, que é um tipo de ventilador pulmonar, ele auxilia a realização do movimento respiratório quando o paciente está incapaz de realizá-los, é aplicável em casos de intubação.
Em versões que podem ser utilizadas em casa, o BIPAP é um ventilador portátil, ele exerce uma pressão positiva que força a passagem de ar pelas vias aéreas, também atua na expiração garantindo as trocas gasosas, enquanto o CPAP exerce apenas um tipo de pressão.
O sucesso da utilização da VNI está dentro de suas corretas indicações, equipamentos e interfaces adequados, dentro de uma equipe multidisciplinar e monitoramento constante.
Imagens:
As interfaces para a VNI são: Nasal, Oronasal, Facial total e capacete, sendo as nasais e oronasais mais utilizadas em ambiente hospitalar. A escolha das interfaces depende do tipo de indicação de VNI.
- Mascara nasal - É uma interface mais confortável, podem ser usadas em IrpA leve, porem tem como desvantagens a resistência das narinas ao fluxo e o vazamento de ar pela boca podem limitar o seu uso a alguns pacientes.
- Máscara oronasal - É a interface mais utilizada para IrpA, proporciona um maior volume corrente em relação a nasal, correção mais rápida das trocas gasosas, sua desvantagem é a reinalação de Co2.
- Máscara facial total - Diminui o vazamento de o2, possibilita o uso de pressões expiratórias maiores e diminui lesões na face. As desvantagens incluem maior efeito claustrofóbico, aumento do espaço morto, riscos de broncoaspiração e reinalação de co2.
- Capacete ou Halmet - elimina o contato da interface com a face do paciente evitando lesões na pele, suas desvantagens são o grande espaço morto e parece complacente, reinalação de co2, necessidade de maiores valores de pressão inspiratória para garantir a correção das trocas gasosas e maior efeito claustrofóbico.
Indicações:
- Aumento do trabalho ventilatório,
- Sat02 < 90%,
- necessidade de oxigênio > 6 l/min,
- frequência respiratória > 25 irpm,
- insuficiência respiratória pós-extubação,
- asma exacerbada,
- edema pulmonar cardiogênico,
- pós operatório imediato de cirurgias abdominais e torácicas eletivas,
- síndrome do desconforto respiratório agudo,
- lesões pulmonares agudas.
- DPOC exacerbada
Contraindicações:
- GLASGOW < 12,
- tosse ineficaz,
- Obstrução das vias aéreas altas,
- distensão abdominal,
- Vômitos.
- Sangramento digestivo alto,
- instabilidade hemodinâmica,
- síndrome coronária aguda,
- arritmias complexas,
- trauma de face,
- pneumotórax não drenado,
- escolha do paciente em não ser entubado.
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