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Estudo de Caso

Por:   •  18/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  703 Visualizações

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ASSOCIAÇÃO OBJETIVO DE ENSINO SUPERIOR - ASSOBES

                CNPJ 01.711282/003-60– Mantenedora do

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL - UNIPLAN

Ivan Luís da Silva Carneiro - 02410023586

LOBO PARIETAL: SÍNDROME DE GERSTMANN

Trabalho apresentado para aproveitamento da disciplina Neuroanatomia, do Curso de Fonoaudiologia, período 3° semestre do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, ministrada pelo (a): Prof.: Fga. Danielle Barreto e Silva Pitta

.

Brasília

2016

Anatomia e Fisiologia

córtex cerebral é fracionado em áreas, essas são denominadas lobos, cada área possui função diferenciada.

Lobo parietal

“O lobo parietal localiza-se na parte superior do cérebro, no córtex cerebral, interpreta os estímulos sensoriais provenientes do corpo, sendo responsável pela combinação das impressões relacionadas à forma, à textura e ao peso e as transformam em percepções gerais. Os lobos parietais também ajudam as pessoas a se orientar no espaço e a perceber a posição das partes do corpo.”

(DUARTE, 2015).

Lesões no lobo parietal

“Pequenas lesões do córtex pós-central causam astereognose (perda do reconhecimento tátil), na mão e corpo contralateral.

  • As lesões maiores do lobo parietal inferior no hemisfério dominante (geralmente o esquerdo) estão comumente associadas à afasia grave.
  • Uma lesão menor dessa área pode causar apraxia, dificuldade para calcular e, às vezes, desorientação da percepção esquerda e direita e agrafia.
  •  Uma lesão aguda do lobo parietal não dominante faz com que o paciente ignore a natureza séria de sua doença (anosognosia). Alguns pacientes, particularmente os mais velhos, portadores de grandes lesões parietais direitas, podem mesmo negar a paralisia que lhes afeta o lado esquerdo do corpo. Alguns deles ficam em estado de completa confusão. Outros portadores de pequenas lesões tornam-se confusos quando realizam procedimentos manuais aprendidos.

Este defeito espacial-manual é denominado apraxia. As atividades de vestir-se e outras bem aprendidas frequentemente podem não ser realizadas.”  

(MERK, 2008).

Síndrome de Gerstmann

A síndrome homônima foi descrita por Josef Gerstmann, um neurologista austríaco, na década de vinte. Na forma adquirida, em adultos, ela decorre de lesões do giro angular esquerdo, geralmente de etiologia vascular. (HAASE, 2006).

Prontuário

Paciente: DRNV

Idade: 55 anos

Sexo: masculino

Profissão: Gestor operacional

Escolaridade: Superior completo

Queixa inicial:

  •  Agnosia de dedos
  •  Disgrafia
  • Discalculia 
  •  Desorientação direita e esquerda
  • Apraxia da fala.

Evolução

Relata aparecimento dos sintomas há um ano, após um acidente vascular encefálico AVC/AVE.

Diagnostico

  • Síndrome de Síndrome de Gerstmann

A síndrome de Gerstmann foi originalmente descrita em adultos com lesões no lobo parietal dominante, decorrente de acidente vascular encefálico ou neoplasia.” (WERNECK, 2006).

Causas e fatores associados

  •  Má alimentação
  • Hipertensão
  • Problemas cardíacos
  • Diabetes
  •  Uso de álcool.
  • Estresse

Segundo a literatura, a lesão ocasionada pelo AVC/AVE, pode estar fortemente ligada ao aparecimento da síndrome. Conclui-se que os hábitos relatados pelo paciente podem estar diretamente associados ao AVC/AVE posteriormente a Síndrome de Gerstmann.   (WERNECK, 2006)

  • Quadro clínico
  • Incapacidade de distinguir os dedos na mão
  • Dificuldade/incapacidade de se expressar pela escrita (troca ou exclusão de letras);
  • Dificuldade/incapacidade de compreender matemática;
  •  Incapacidade de articulação dos músculos faciais, principalmente os relacionados à fala;
  • Desorientação em relação à esquerda e direita.

Tratamento

Não há cura para a síndrome de Gerstmann, há tratamento com multiprofissionais, visando à minimização dos sintomas. São eles:

  • Psicólogos,
  • Fonoaudiólogos
  • Psicopedagogos,
  • Fisioterapeutas

Atuação do Fonoaudiólogo

O fonoaudiólogo atuará principalmente no tratamento e reabilitação da apraxia da fala, disgrafia e discalculia.

Disgrafia (tratamento básico para a escrita)

  • Copiar figuras geométricas
  • Copiar letras, palavras ou frases
  • Copiar de memória (exposição de 10 seg.)
  • Escrever palavras ditadas
  • Escrever parágrafos ditados

(JAKUBOVICZ, 2002)

Discalculia

  • Fazer nomeação de algarismos simples
  • Manipulação de objetos relacionados à matemática (ábaco)
  • Fazer reconhecimento de sinais matemáticos (+,-,x e /)

Apraxia da fala (motricidade)

  • Manipulação dos músculos da face, por meio de exercícios de.
  • Relaxamento e contração
  • Fazer a repetição de sons (ensinar o movimento articulatório dos fonemas).
  • Desenvolver técnicas que auxiliem na comunicação.

Conclusão

A síndrome de Gerstmann, não possui cura, porém é possível realizar terapias que visam proporcionar uma readaptação do paciente.

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