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O IMPLANTE COCLEAR

Por:   •  15/11/2021  •  Ensaio  •  3.516 Palavras (15 Páginas)  •  254 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ – FAG

ALINE REGINA PAESE GENTELINI WORM

ARIANE DRUCZKOWSKI

DACIELI DICHETI DE FREITAS

IVAN FERREIRA DE SOUSA JUNIOR

PAMELA FERNANDES OLIVEIRA

THATYANA CABRAL PEREIRA

IMPLANTE COCLEAR

CASCAVEL

2021

CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ – FAG

IMPLANTE COCLEAR

Trabalho apresentado como requisito parcial de conclusão da disciplina de Dispositivos eletrônicos auditivos, do curso de Fonoaudiologia da Faculdade Assis Gurgacz. Professora: Aline Aparecida Tomiasi de Souza

CASCAVEL

2021

INTRODUÇÃO

A surdez é uma dificuldade que afeta a personalidade e o convívio social do paciente, pois incapacita os indivíduos de escutarem sons ambientais que muitas vezes constituem sinais de alarme em situações da vida diária.

A maioria dos pacientes com perda auditiva, incluindo casos de perdas severas é beneficiado com o uso da prótese convencional, por ser um amplificador sonoro, necessita de uma reserva coclear para que possa haver boa recepção do som e discriminação da fala. Em pacientes que apresentam a orelha interna altamente danificada resultando em uma perda auditiva severa ou profunda, prótese convencionais podem ser incapazes de restaurar a capacidade auditiva. Nessa situação, uma possível solução é o estímulo direto do nervo auditivo por meio da aplicação de uma corrente elétrica. Ao dispositivo desenvolvido com esse objetivo foi dado o nome de implante coclear.

O implante coclear é uma prótese eletrônica introduzida cirurgicamente na orelha interna , sendo capaz de captar a onda sonora e transformá-la em impulso elétrico estimulando diretamente o nervo coclear.

O implante coclear

O que é um Implante Coclear?

O implante coclear (IC) é um aparelho eletrônico de alta tecnologia que visa recuperar a função auditiva nos casos em que o uso do AASI não é satisfatório. De uma forma geral, é indicado para habilitação/reabilitação auditiva de pessoas que apresentem perda auditiva de grau severo a profundo, do tipo neurossensorial (de nível coclear) bilateralmente/unilateralmente, desde que a cóclea na orelha com deficiência auditiva esteja intacta.

        

Como funciona o IC?

Esse dispositivo eletrônico é inserido cirurgicamente na orelha interna, mais especificamente, na cóclea. Ele é responsável por captar os estímulos sonoros, convertê-los em elétricos e estimular diretamente o nervo auditivo para que a informação seja enviada ao cérebro.

O IC é composto por uma parte externa e outra interna:

Parte externa: É constituída por um processador de fala, uma antena transmissora (possui um imã que serve para fixá-la magneticamente junto à antena da unidade interna que, por sua vez, também possui um imã) e um microfone. A unidade externa é a parte do implante que fica aparente e pode ser de dois tipos:[pic 1]

Retroauricular (acoplado atrás da orelha)[pic 2]

Tipo caixa (não é tão utilizado atualmente)

[pic 3]                [pic 4]

Parte interna: É a parte que é implantada cirurgicamente. Esta unidade possui um feixe de eletrodos que será posicionado dentro da cóclea e que irá se conectar a um receptor que ficará localizado na região atrás da orelha, implantado por baixo da pele. Junto ao receptor ficam a antena e o imã que servem para fixar a unidade externa e captar os sinais elétricos.

[pic 5]

O microfone capta o som do meio ambiente e o transmite ao processador de fala. Este, como o próprio nome já diz, processa os elementos sonoros e os codifica em impulsos elétricos que serão transmitidos através de um cabo até a antena transmissora. A partir da antena transmissora, o sinal é transmitido através da pele por meio de radiofrequência e chega até a unidade interna. O receptor estimulador contém um “chip” que decodifica os códigos em sinais elétricos para os eletrodos intracocleares, estimulando diretamente as fibras no nervo auditivo. Esta estimulação é percebida pelo nosso cérebro como som.

A parte externa pode ser desligada e retirada a qualquer momento pelo usuário, e a interna só pode ser retirada através de outra cirurgia.

[pic 6]

Benefícios do IC

Diversos fatores podem interferir no desempenho e na qualidade de vida daqueles que recebem o implante, tais como: a idade na cirurgia e na ativação do IC, o resíduo auditivo pré-operatório, o número de eletrodos inseridos na cóclea, o tempo de uso diário do dispositivo, a inserção no processo terapêutico.

Portanto, os resultados variam de pessoa para pessoa. Para as crianças eles são melhores, pois quando o implante coclear ocorre em idades menores, devido à plasticidade cerebral, proporcionam um melhor desenvolvimento da audição o que influencia diretamente na aquisição da linguagem.

Para adultos, os melhores resultados estão associados a um período menor de perda auditiva antes do implante, adultos com pouca ou nenhuma experiência sonora tendem a se beneficiar menos dos ICs.

De fato, os melhores prognósticos para o implante coclear são crianças pequenas ou pacientes com surdez pós-linguagem.

Estudos apontam resultados limitados de percepção de fala nos pré-linguais, muitos continuam utilizando a língua de sinais ou a leitura da fala como seu principal meio de comunicação e o IC como suporte. Porém, há fatores que contribuem tanto para os implantados pré quanto pós-linguais, como: detecção sonora, otimização da leitura da fala, aumento da autoconfiança, inserção social e profissional e melhora na cognição. Todos esses fatores mostram um custo-benefício positivo na utilização do IC.

Contraindicações ao IC

Ausência ou Malformação severa da cóclea: aplasia completa (Aplasia de Michel);

Agenesia ou tumores no nervo auditivo;

Uso de AASI é satisfatório;

Otite média crônica ou em atividade deve ser resolvida antes da cirurgia de implante coclear;

Contraindicações Clínicas para o procedimento cirúrgico;

Contraindicações sociais: família sem possibilidade de retornos frequentes na equipe, manutenção do aparelho.

Etapas cirúrgicas para implantação

A unidade interna do implante é colocada através de uma cirurgia que tem duração aproximada de 2 horas e é realizada geralmente sob anestesia geral.

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