A Histologia Renal
Por: anamonize • 3/2/2019 • Trabalho acadêmico • 2.554 Palavras (11 Páginas) • 321 Visualizações
HISTOLOGIA – sistema renal
RINS:
Cápsula: tecido conjuntivo. A cápsula consiste em duas camadas distintas:
- Camada externa composta de fibroblastos e fibras colágenas. A camada parietal é composta por epitélio simples pavimentoso.
- Camada interna que contém miofibroblastos (A contratilidade dos miofibroblastos pode ajudar na resistência do órgão às variações de volume e de pressão que podem ocorrer durante as variações da função renal).
A cápsula do rim penetra no hilo, no qual forma a cobertura de tecido conjuntivo do seio.
Aparelho de filtração do rim – envolvido pela cápsula, constitui o corpúsculo renal
- O endotélio dos capilares glomerulares, com numerosas fenestrações, o diafragma presente nas fenestrações em outros capilares está ausente nos capilares glomerulares. As células endoteliais dos capilares glomerulares contêm um grande número de canais de água de aquaporina-1.
- A membrana basal glomerular (MBG) - atua como barreira física e como filtro seletivo de íons. É uma lâmina basal que resulta da fusão das membranas basais do endotélio e dos podócitos – as células da camada visceral da cápsula de Bowman. Em virtude de sua espessura, a membrana basal glomerular é vista como uma estrutura proeminente em cortes histológicos. A MBG é composta de uma rede que consiste em colágeno do tipo IV, laminina, nidogênio e entactina, juntamente com proteoglicanos de heparam sulfato, como a agrina e o perlecam, e glicoproteínas multiadesivas.
- A lâmina rara externa – Rica em poliânions, como heparam sulfato, que impedem especificamente a passagem de moléculas com carga negativa
- A lâmina rara interna – adjacente ao endotélio capilar. Suas características moleculares assemelham-se àquelas da lâmina rara externa
- A lâmina densa – a porção sobreposta de duas lâminas basais, intercalada entre as lâminas raras. Contém colágeno do tipo IV, que está organizado em uma rede que atua como filtro físico. Colágeno tipo XVIII, perlecam e agrina são responsáveis pela maior parte das cargas aniônicas encontradas na base basal glomerular. A laminina e outras proteínas presentes nas lâminas raras interna e externa estão envolvidas na fixação das células endoteliais e dos podócitos à MBG.
Obs: No corpúsculo renal, a MBG é compartilhada por vários capilares, criando um espaço contendo um grupo adicional de células, denominadas células mesangiais. Algumas estão localizadas fora do corpúsculo, ao longo do polo vascular, em que também são designadas como células reticuladas e fazem parte do denominado aparelho justaglomerular. Funções:
- Fagocitose,e endocitose - removem os resíduos aprisionados e as proteínas agregadas da MBG e do diafragma da fenda de filtração. Além disso, realizam a endocitose e processam uma variedade de proteínas plasmáticas, incluindo imunocomplexos
- Suporte estrutural - matriz mesangial extracelular, proporcionam suporte aos podócitos nas áreas em que a membrana basal epitelial está ausente ou incompleta
- Secreção - sintetizam e secretam uma variedade de moléculas, como a interleucina-1 e o fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), que desempenham papel central na resposta à lesão glomerular.
- Modulação da distensão glomerular - podem atuar na regulação da distensão glomerular em resposta a um aumento da pressão arterial.
- A camada visceral da cápsula de Bowman contém células especializadas, denominadas podócitos ou células epiteliais viscerais. A camada celular interna é aposta a uma rede de capilares, o glomérulo, que se forma nesse local. A camada externa dessas células, a camada parietal, forma as células pavimentosas da cápsula de Bowman. Por fim, o capuz se fecha, dando origem à estrutura esférica que contém o glomérulo. À medida que se diferenciam, os podócitos emitem prolongamentos ao redor dos capilares e desenvolvem numerosos prolongamentos secundários, denominados pedicelos ou prolongamentos do podócito. Os prolongamentos dos podócitos interdigitam-se com aqueles de podócitos vizinhos. Os espaços alongados entre os pedicelos interdigitados, denominados fendas de filtração são recobertos por um diafragma da fenda de filtração ultrafino, que se estende pela fenda de filtração um pouco acima da MBG.
Obs: Esse diagrama possui uma proteína estrutural e funcional chamada nefrina. O diafragma da fenda de filtração está firmemente ancorado a numerosos filamentos de actina nos pedicelos dos podócitos. A regulação e a manutenção do citoesqueleto de actina dos podócitos surgiram como processo de importância crítica para regular o tamanho, a permeabilidade e a seletividade das fendas de filtração. A arquitetura do diafragma em fenda é responsável pelas verdadeiras propriedades de filtração seletivas de tamanho, que determinam as características de filtração molecular do glomérulo.
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