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A Influência do Canabidiol no Tratamento da Epilepsia

Por:   •  10/7/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.341 Palavras (10 Páginas)  •  671 Visualizações

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Universidade Federal do ABC (UFABC)



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A Influência do Canabidiol no Tratamento da Epilepsia




Vitor Akeo Tubone Hioki

RA 11079314

Prof. Dra. Cibele Biondo

São Bernardo do Campo – SP

2016


VITOR AKEO TUBONE HIOKI

A INFLUÊNCIA DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA

Projeto apresentado a Universidade Federal do ABC
como parte da avaliação para a disciplina de Projeto Dirigido.

Área de concentração: Neurociência

São Bernardo do Campo
2016


RESUMO

Os estudos sobre o uso medicinal de Cannabis sativa têm ganhado cada vez mais destaque e importância recentemente por mostrar grandes resultados como um tratamento alternativo à diversas doenças, como Doença de Parkinson, Alzheimer, epilepsia e etc. O ponto forte do uso de alguns componentes presentes na Cannabis no tratamento da epilepsia é a diminuição de crises convulsivas. Como esse assunto ainda é um grande tabu na sociedade, o cultivo da planta que fornece essas substâncias não é legalizado e, portanto, não sendo de fácil acesso. Neste artigo será apresentado uma revisão da literatura sobre esse tema.

Palavras-Chave: epilepsia, Cannabidiol, Cannabis sativa, tratamento.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        4

2. CANABIDIOL NO BRASIL        4

3. HISTÓRICO DO USO DO CANABIDIOL        5

4. TRATAMENTO        6

5. CONCLUSÃO        8

6. OBJETIVO        8

7. METODOLOGIA        9

8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO        9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        10


1. INTRODUÇÃO

Apesar de estarmos no Século XXI e por mais avançadas que a Ciência e Tecnologia estejam, existem muitas doenças que suas curas ainda não foram descobertas, apenas tratamentos que muitas das vezes não são tão efetivos e certos de melhora. Uma dessas doenças é a epilepsia, uma doença que tem por definição “transtorno do cérebro caracterizado por uma predisposição duradoura a crises epilépticas, e pelas consequências neurobiológicas, sociais, cognitivas e psicológicas desta condição. A definição de epilepsia requer a ocorrência de pelo menos uma crise epiléptica”. A epilepsia é uma das doenças neurológicas crônicas mais frequentes na infância e adolescência, caracterizada por frequentes crises e atraso no desenvolvimento neurológico, prejudicando fortemente a qualidade de vida da pessoa. Ela não se trata de doença mental, embora as crises possam ser desencadeadas por estresse e ansiedade.

Um tratamento encontrado para essa doença e que vem trazendo bons resultados é o uso de Canabidiol (CBD). Esse é um dos mais de 60 componentes encontrados na Cannabis sativa (popularmente conhecida como maconha). Ele e o Tetraidrocanabinol (THC) são as substâncias de maior concentração na Cannabis, mas diferente do THC, o Canabidiol não é psicoativo (não altera os sentidos). Isso acaba gerando uma grande confusão, fazendo com que muitas pessoas ainda não aceitem medicações provenientes da planta de maconha. Além disso, o CBD apresenta baixa toxicidade e alta tolerabilidade em seres humanos e animais, por isso o uso dessa substância tem crescido muito nos últimos anos.

Pesquisas mostram que esse componente da Cannabis pode reduzir, quase em que sua totalidade, a incidência de crises convulsivas.

2. CANABIDIOL NO BRASIL

Aqui no Brasil, o uso medicinal do Canabidiol foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) somente em 2015, enquanto nos Estados Unidos, mais da metade dos estados já tinham a liberação da substância desde 1996.

A medicação só é liberada mediante prescrição e laudo médico, termo de responsabilidade e formulário de solicitação de importação para remédios controlados. Sendo restrito apenas a crianças e adolescentes portadores de epilepsias refratárias a tratamentos convencionais. Para importar, o paciente tem que realizar o cadastro por meio de um formulário no site da Anvisa. Após a aprovação do cadastro, ele faz o pedido de importação do produto e para retirá-lo, o paciente deve ir até os postos da Anvisa no aeroporto com a prescrição médica e todos os outros documentos requeridos. A autorização concedida pela Anvisa tem a validade de 1 ano.

Um grande problema é que apenas a importação é legalizada, não o cultivo da planta que fornece esse componente. Infelizmente, o custo da importação do produto ainda é muito alto, então muitos pais procuram meios alternativos de conseguir a substância. Muitos, mesmo sabendo que o cultivo é ilegal, começaram a plantar nas próprias casas para que eles mesmo produzissem o remédio para seus filhos.

O debate sobre o uso da maconha medicinal no Brasil tem crescido muito nos últimos tempos, isso porque surgiram na mídia diversos casos de crianças com epilepsia e outras doenças que apresentaram grande melhora após começarem a usar essas substâncias. Um caso que ganhou grande repercussão nacional em 2013 foi o da menina Anny, que tem uma doença rara e epilepsia grave. Seus pais tentaram todos os medicamentos e nenhum mais fazia efeito, e então descobriram na internet o derivado da maconha e foi quando resolveram arriscar, mesmo que ilegalmente. A criança de apenas 5 anos chegou a ter 80 crises por semana quando começou a tomar o Canabidiol. Após um tempo de tratamento, o número de crises por semana chegou a zero.

3. HISTÓRICO DO USO DO CANABIDIOL

 

Esses estudos começaram na década de 60, porém o número de publicações só atingiu um primeiro pico na década de 70, tendo como principal foco os seus efeitos antiepiléptico e sedativo. Após essa época, o componente ficou um pouco esquecido, voltando apenas a aparecer nos últimos anos.

Há descrições históricas sobre seu uso na constipação intestinal, no tratamento da malária, como expectorante pulmonar, contra a fadiga e o cansaço, em alguns distúrbios de movimento, como antidepressivo e em uma série de outras doenças mentais. Porém cada vez mais aplicações para o composto são descobertas, como: alívio de dor, diminuição de transtornos de sono, tratamento de mal de Parkinson e muitos outros. Apesar do progresso em caráter médico, a questão em torno da legalização da maconha ainda gera controvérsias e segue sem grandes avanços no país.

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