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A OBESIDADE INFANTIL UMA REVISÃO DA LITERATURA

Por:   •  12/2/2021  •  Artigo  •  3.787 Palavras (16 Páginas)  •  220 Visualizações

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OBESIDADE INFANTIL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

COSTA, Ana Paula Miranda[1]

XAVIER, Izabela dos Santos1

DOMINGOS, Neide Oliveira Vilela1

FARIA, Cleberson de Souza2

RESUMO

Introdução: O excesso de peso em crianças e adolescentes apresenta-se como uma epidemia mundial, reflexo das mudanças ocorridas no estilo de vida, principalmente na alimentação e na não prática de atividades físicas. Objetivo: Identificar os perfis nutricionais das crianças e adolescentes brasileiras, a fim de buscar estratégias para melhor solucionar esse problema. Metodologia: Estudo bibliográfico descritivo de abordagem quali-quantitativa, onde a captura das produções foi por meio de biblioteca virtual em saúde, sendo utilizado como base de dados: Scielo, Lilacs, Bireme, Medline. Resultados: Foram encontrados 183 artigos, publicados entre o ano de 2010 a 2016, após leitura completa, resultou-se numa amostra final de 21 artigos selecionados. Discussão: Pode-se definir que vários autores associam a obesidade como fator de risco para as doenças cardiovasculares, bem como pela sua contribuição à morbimortalidade relacionada entre outros problemas de saúde, a situação de obesidade é predominante tanto para as meninas quanto para os meninos. Com base nos achados, a equipe deve analisar os elementos para ajudar os pacientes a construir uma rotina com hábitos compatíveis com a perda de peso. Conclusão: Conclui-se que o perfil das crianças e adolescentes com predomínio da obesidade ficou entre as idades de 9 a 13 anos, e que a obesidade está atingindo ambos os gêneros, nos não praticante das atividades revelaram grande incidência da obesidade em ambos os gêneros, os principais alimentos consumidos pelas crianças e adolescentes, foram arroz, feijão, açúcar, macarrão, batata e carnes, pode-se analisar ainda, que os mesmos não consomem legumes em quantidade recomendadas.

Palavras-chave: Obesidade Infantil; Sedentarismo; Interação da Enfermagem.

ABSTRACT

Introduction: Overweight in children and adolescents presents as a worldwide epidemic, reflecting changes in lifestyle, especially in the diet and non-practice of physical activities. Objective: To identify the nutritional profiles of Brazilian children and adolescents, in order to find strategies to better solve this problem. Methodology: Descriptive bibliographic study of a qualitative-quantitative approach, where the capture of the productions was through a virtual health library, being used as a database: Scielo, Lilacs, Bireme, Medline. Results: The overall of 183 articles, published between 2010 and 2016, were found after the completed reading, resulting in the final sample of 21 selected articles. Discussion: It can be defined that several authors associate obesity the risk factor for cardiovascular diseases, the well the for its contribution to related morbidity and mortality among other health problems, the obesity situation is predominant for both girls and boys. Based on the findings, the team should analyze the elements to help patients build a routine with habits consistent with weight loss. Conclusion: It is concluded that the profile of children and adolescents with predominance of obesity was between the ages of 9 to 13 years, and that obesity is reaching both genders, in the non-practicing activities revealed a high incidence of obesity in both genders, the main foods consumed by children and adolescents were rice, beans, sugar, pasta, potatoes and meats, it can be further analyzed that they do not consume vegetables in quantity recommended.

Key words: Child Obesity; Sedentary lifestyle; Nursing Interaction.

1. INTRODUÇÃO

A obesidade define-se pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízo à saúde do indivíduo podendo acarretar sérios risco a vida em curto, médio e longo prazo, além de ser fator de risco para os desenvolvimentos de várias doenças cardiovasculares, metabólicas e mortalidade precoce. Outros fatores endócrinos, metabólicos e neuronais também exercem ação, podendo assim a desregulação de alguns desses mecanismos levarem ao surgimento da obesidade1,2.

A obesidade é classificada como sendo uma doença crônica que nos últimos anos tem crescido significativamente entre as crianças e adolescentes no país, chegando a ter seu índice duplicado em comparação aos dados das últimas três décadas, tornando-se um problema de saúde pública global estendendo-se em todos os ciclos da vida3.

Entre as crianças e adolescentes brasileiras o desenvolvimento precoce da obesidade vem apresentando determinantes alarmantes em todo o mundo, tendo por característica epidemiológica, o processo de transição nutricional da população brasileira que por sua vez trazem inúmeras modificações no estilo de vida infantil levando a rápida evolução dessa problemática4.

No que diz respeito a essas causas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que 95% dos fatores que desencadeiam a obesidade estão ligados a causas ambientes, fazendo com que a inserção dos benefícios tecnológicos gerados pelo capitalismo e as facilidades em acesso de alimentos como, alimentos industrializados, “fast-foods”, televisões, vídeo games, computadores, bebidas energéticas entre outros, contribuindo-se assim, para a evolução dessas características. Tornando-se cada vez mais evidente que as crianças e adolescentes estão diretamente ligadas ao estilo de vida sedentário, acarretando inércia ao organismo de exercer suas funções fisiológicas nos processos envolvidos com utilização de gordura no corpo3-5.

Portanto, sendo a obesidade uma doença multifatorial com seus mecanismos complexos que envolvem sérios riscos a sociedade é de grande importância seu diagnóstico e tratamento precoce para evitar o desenvolvimento de outras morbidades. Por se tratar de uma doença evitável e tratável com iniciativas simples e acessíveis a todos os níveis, é possível traçar uma linha de tratamento personalizado a fim de evitar complicações na infância que se estendam até a vida adulta evitando que este problema conduza também para um aumento na prevalência de adultos hipertensos e/ou diabéticos no futuro5.

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