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A QUESTÃO AGRÁRIA NO SUDOESTE DO PARANÁ

Por:   •  23/3/2019  •  Exam  •  699 Palavras (3 Páginas)  •  149 Visualizações

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Nome: Victor Mendes de Oliveira                        Turma: Medicina Veterinária – 1ª Fase

Resenha sobre o artigo - “A QUESTÃO AGRÁRIA NO SUDOESTE DO PARANÁ E AS RELAÇÕES CAMPO CIDADE “ de Tiago Arcanjo Orben 

Desde o começo da colonização do sudoeste do Paraná a classe de pequenos agricultores sofre com a falta de políticas públicas e com a forte repressão, seja pela ação de grandes empresas como as antigas companhias de colonização e implementação de linhas ferreis, no que culminou nas revoltas de 1957, ou pelo atual processo de modernização agrícola e o sistema de monocultura para exportação, que cada vez mais diminui as chances de estabelecimento dos pequenos agricultores na zona rural.

Analisando o texto do historiador e com os conhecimentos apresentados em sala de aula, pode-se compreender todos as fases vividas pela pequena agricultura com base nas realidades observadas com o passar dos anos. A entrevista realizada pelo autor com o casal Claudino e Fiorina retrata todas as fases que estes passam no sudoeste do Paraná, desde a promessa de terras férteis e com baixo preço de aquisição até os atuais processos que circunscrevem a rotina da pequena agricultura  na região.

A estagnação do poder latifundiário em relação das posses de terra na região é um importante fator para exemplificar as relações de poder que existem ali, mesmo com a enorme mudança na forma como o pequeno agricultor se mantém na zona rural, a posse de mais de metade da região está nas mãos de um número pequeno de pessoas desde antes da revolta de 57 até os dias atuais. Uma das razões que permitiram isso é a falta de incentivo no pequeno agricultor, para manter uma assistência que permitisse o crescimento produtivo deste e a consequente  garantia de bem-estar econômico e social na zona rural, impendindo a migração do agricultor para a zona urbana e venda de sua propriedade para as grandes empresas de agricultores ( um dos motivos pelo qual se observa o aumento da concentração fundiário).

Pode-se observar que os filhos de Seu Claudino e Dona Fiorina não apresentam mais a vontade por voltar para a vida rural, seja pela inviabilidade da continuidade enquanto agricultores, seja por oportunidade de negócios mais lucrativos fora do meio rural, mais se faz presente esse pensamento, geralmente os filhos de agricultores, pela ida e vinda  para o meio urbano para estudo (Consequência da falta de investimento no meio rural) o convívio neste meio o faz cada vez mais preferir a mudança de localidade, o avanço da tecnologia, por se fazer mais presente nos centros urbanos, em conjunto com a falta de assistência e o aumento no trabalho para manter-se na zona rual martelam a cabeça do jovem com um futuro melhor nos grandes centros, acabando com a antiga vontade dos filhos em tocarem com a propriedade dos seus pais.

Atualmente, infelizmente, cada vez mais observamos essas relações, o governo, por sua vez, mesmo criando mecanismos que tentam ajudar o pequeno agricultor, acabam por falhar pelos antigos fatores que prejudicaram os agricultores nos séculos passados: O interesse dos grandes em detrimento dos pequenos. Hoje, as entidades criadas para ajudar os pequenos agricultores, geralmente ligada a mecanismos bancários, está estritamente ligada aos interesses dos grandes latifundiários. A PRONAF, por exemplo, responsável por facilitar o financiamento para o pequeno agricultor, só o permite se o recurso for condicente com os objetivos deles, que geralmente são a pecuária ou o cultivo da monocultura de exportação.

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