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A hanseníase

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Por:   •  3/7/2013  •  Resenha  •  388 Palavras (2 Páginas)  •  557 Visualizações

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A hanseníase (também conhecida como lepra) é, ainda hoje, considerada uma doença estigmatizante principalmente pelas deformidades que provoca se não diagnosticada e tratada precocemente. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, inclusive as crianças.

É uma doença causada por um bacilo álcool ácido resistente (BAAR), o Mycobacterium leprae. Acredita-se que a transmissão se faça principalmente através das vias aéreas superiores, mas como a bacilo possui baixa virulência, a doença só é adquirida através do contato prolongado (meses ou anos) com pacientes com formas bacilíferas (sem tratamento). Por este motivo, hoje, não se justifica o isolamento dos pacientes em tratamento.

O bacilo tem um tropismo especial pelos nervos e, por isso, a principal manifestação clínica é a perda da sensibilidade das áreas afetadas (anestesia). Além disso, nos estágios iniciais da doença, é freqüente o surgimento de manchas nas áreas anestésicas: elas podem ser brancas, avermelhadas ou cor da pele. As manchas ainda podem apresentar ausência de pêlos (alopécia) e de sudorese (anidrose). Se não diagnosticadas e tratadas, a doença pode evoluir, aparecendo nódulos e placas disseminados, além de paralisias dos membros que levam a incapacidades.

Apesar das políticas de erradicação da doença, assumidas em conjunto com a Organização Mundial da Saúde, o índice de detecção de casos novos ainda é alto no Brasil e estamos em segundo lugar no mundo (90% dos casos no continente americano), apenas atrás da Índia em número absoluto de casos. No ano de 2009 foram 36.718 casos novos, sendo 2.617 crianças (menores de 15 anos), com 7% de incapacidades grau 2 (incapacidade permanente).

Mas por que se preocupar com esta doença?

Por que ela TEM TRATAMENTO e, se diagnosticada precocemente, leva à CURA sem seqüelas. O tratamento é GRATUITO e DISPONIBILIZADO PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM TODOS OS MUNICÍPIOS DO PAÍS.

O Ministério da Saúde tem intensificado as campanhas e, face à importância de casos diagnosticados em menores de 15 anos, principalmente nas regiões do Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Rondônia, Pernambuco e Mato Grosso, pois este é o principal indicador epidemiológico para o controle da hanseníase.

Logo, se seu filho apresenta manchas na pele, cor da pele, esbranquiçadas ou avermelhadas, lisas ou elevadas, principalmente com alteração na sensibilidade local, com diminuição de pelos ou ressecamento da pele sobre a mancha, procure um médico. A detecção e o tratamento precoce são as principais armas para combatermos esta doença!

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