AMBIÊNCIA E INSTALAÇÕES ZOTECNICAS

AMBIÊNCIA E INSTALAÇÕES ZOTECNICAS

Durante os últimos anos veem se buscando a maior eficiência na produção animal, tendo em vista principalmente os fatores de manejo, sanidade, genética e nutrição. Mas, além desses fatores, existe um que pode ser ainda mais importante: o fator ambiental. Os fatores ambientais tanto dentro ou fora das instalações exercem efeitos sobre a produção animal podendo acarretar perda de produtividade e posteriormente prejuízos econômicos. Com isso, nada adianta ter um animal de alta genética, bem alimentado, se ele sofrer com o ambiente térmico, pois o bem estar animal pode considerado uma questão de manejo. Ambiência é a definição de conforto baseada no contexto ambiental, quando se analisa as características de meio ambiente em função da zona de conforto térmico da espécie, associado a características fisiológicas que atuam na regulação da temperatura interna do animal. Ambiência, também leva em conta o bem estar animal, isto é, não deixar que o estresse provocado pelo ambiente, prejudique os animais. Pois, para os animais manter uma temperatura corporal constante, eles precisam utilizar sua energia de manutenção, perdendo uma energia que poderia ser utilizada para produção e ate mesmo para reprodução.

Os animais possuem uma zona de conforto térmico, ou seja, uma faixa de temperatura em que o animal não precisa produzir e nem perder calor, ficando assim em conforto térmico e consequentemente aumentando sua produção. A zona de conforto térmico é dependente de diversos fatores, sendo alguns ligados ao animal (peso, idade, genética) e outros ligados ao ambiente (temperatura, umidade relativa do ar, instalações).

Instalações zootécnicas (Características construtivas)

Localização: evitar terrenos de baixada, evitando problemas de alta umidade, baixa movimentação do ar e insuficiente insolação no inverno.

Orientação das Instalações: as coberturas devem ser orientadas no sentido leste-oeste para que no verão tenha menor incidência de radiação solar no interior das instalações. Mas que a insolação pegue na instalação, pois a insolação mata bactérias.

Telhados: O bom material para cobertura deve apresentar alta refletividade solar associada à baixa emissividade térmica e absortividade (telhas de barro e/ou cimento).

Inclinação do Telhado: inclinações entre 20 e 30° visando às trocas de calor por radiação entre o animal e o telhado e modificando a altura entre as aberturas de entrada e saída de ar (lanternim).

Forros: O forro atua como uma segunda barreira física, a qual permite a formação de uma camada de ar junto à cobertura que contribui na redução da transferência de calor para o interior da construção. Os lanternins podem ajudar na ventilação do forro.

Beirais: 1,5 a 2,0 metros.

Lanternin: É uma abertura para saída do ar na cumeeira do telhado e têm função de permitir a saída de ar quente.

Altura da Cobertura: Influencia ventilação natural e a quantidade de radiação solar no galpão. A altura do pé-direito está relacionada à largura do galpão. Quanto mais largo, maior deverá ser a altura.

Ventilação Natural: Serve para renovar o ar dentro dos galpões, provendo O2 e eliminando os gases e odores, possibilitando também um certo controle da temperatura e umidade dentro das instalações (cortinas e lanternins).

Manejo da Cama: (Aves e suínos) com o aumento da densidade populacional e da temperatura ambiente, aumentam a quantidade de água ingerida e, como consequência, excretam o que pode gerar maior produção de calor pela cama por acentuar atividade dos microrganismos que são acompanhados da liberação de CO2 e formação de amônia.

Arborização e Sombreamento: ajuda a reduzir e controlar a radiação solar, temperatura do ar, umidade relativa e velocidade do vento.

Além