ANESTESIA GERAL EM Rattus novergicus

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA

DISCIPLINA: FARMACODINÂMICA

CURSO: FARMÁCIA

PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO CORDEIRO FERREIRA

ANESTÉSIA GERAL EM Rattus novergicus

JACKSON NAYRO DA SILVA CRAVEIRO (200425740)

TERESINA, DEZEMBRO DE 2013

INTRODUÇÃO

Para Gilman (2003) os anestésicos gerais são uma classe de fármacos usados para deprimir o sistema nervoso central em grau suficiente para permitir a realização de cirurgias e outros procedimentos nocivos ou desagradáveis podendo ser administrados por meio de diferentes vias, mas prefere-se a administração intravenosa ou inalatória, pois as doses eficazes podem ser administradas com maior precisão e o tempo de ação pode ser controlado de modo mais cauteloso. Os anestésicos gerais são uma classe de fármacos estruturalmente variados que provoca um ponto final comum - um estado comportamental chamado de anestesia geral.

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a ação dos anestésicos inalatórios (Éter) em Rattus novergicus comparando as diferentes concentrações submetidas e comparar os efeitos do anestésico Tionembutal sódico (tiopental) com relação à dose, administrado via intraperitoneal no animal da mesma espécie.

METODOLOGIA

No presente trabalho experimental, para a demonstração da ação do anestésico inalatório, colocou-se dois exemplares de animais da espécie Rattus novergicus, cada um em funil de vidro de capacidade 2,5 e 5,0 litros, e vaporizou-se cerca de 3 mL de éter em dois chumaços de algodão colocando-os nos referidos funis. Posteriormente, observou-se o tempo de indução do anestésico para cada animal.

Em seguida, a comparação dos efeitos anestésicos em relação à dose de Tionembutal sódico (tiopental) foi feita injetando-se via intraperitoneal doses de 25 e 50 mg/mL desse anestésico em animais da mesma espécie. Observou-se os animais até que os mesmos perdessem o reflexo de postura com consequente indução da anestesia e posteriormente, verificou-se a recuperação dos animais e assim por quanto tempo cada animal ficou anestesiado.

RESULTADOS

TABELA 1.0: TEMPO DE INDUÇÃO E DURAÇÃO DA ANESTESIA GERAL EM ANIMAIS DA ESPÉCIE Rattus novergicus EXPOSTOS AO ÉTER PRESENTE EM FUNIS DE 2,5 e 5,0 LITROS DE CAPACIDADE. TERESINA, 2013.

Parâmetros

Volume do funil

(litros) Tempo de indução da anestesia (minutos) Tempo de recuperação da anestesia (minutos)

2,5 5:36 19:30

5,0 9:53 14:00

FONTE: LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DA UFPI. ALUNOS DE FARMÁCIA, 2013.2.

TABELA 2.0: TEMPO DE INDUÇÃO E DURAÇÃO DA ANESTESIA GERAL EM DOIS ANIMAIS DA ESPÉCIE Rattus novergicus APÓS INJEÇÃO INTRAPERITONEAL DE TIONEMBUTAL SÓDICO NAS DOSES INDIVIDUAIS DE 25 E 50 mg/kg. TERESINA, 2013.

Parâmetros

Doses (mg/kg) Tempo de indução da anestesia (minutos) Tempo de recuperação da anestesia (minutos)

25 7:00 -

50 7:02 -

FONTE: LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DA UFPI. ALUNOS DE FARMÁCIA,2013.2.

DISCUSSÃO

Os resultados da tabela 1.0 mostraram que o animal no funil de 2,5 litros demorou mais tempo para se recuperar da anestesia enquanto que o animal no funil de 5 litros se recuperou mais rápido. Segundo Katzung (2010) a concentração de um gás individual numa mistura de gases é proporcional à tensão ou pressão parcial. A obtenção de uma concentração cerebral adequada de um anestésico para produzir anestesia exige a transferência desse anestésico do ar alveolar para o sangue e, em seguida, para o cérebro. A velocidade com que se alcança uma concentração cerebral efetiva (i.e., tempo para indução da anestesia geral) depende de múltiplos fatores farmacocinéticos que influenciam a captação cerebral e a distribuição tecidual do agente anestésico. A concentração de um anestésico na mistura gasosa exerce efeitos diretos sobre a tensão máxima passível de ser obtida nos alvéolos, bem como na taxa de aumento de sua tensão no sangue arterial. Aumentos na concentração do anestésico inspirado produzem uma elevação na taxa de indução da anestesia ao aumentar a taxa de transferência para o sangue, de acordo com a Lei de Fick.

Silva (2006) afirma que o éter é o anestésico inalatório mais antigo não sendo mais utilizado principalmente por possuir um potencial inflamável. O éter possibilitou por apresentar ação central de início lento em virtude de sua elevada solubilidade no sangue, a determinação dos sinais e sintomas da anestesia pela observação de seus efeitos.

Os resultados da tabela 2.0 mostraram que o tempo de anestesia foi maior após aplicação de tiopental nas doses de 25mg/kg e 50 mg/kg se comparado ao tempo de indução a anestesia do éter. Para Gilman (2003) os anestésicos gerais provocam um conjunto de alterações dos componentes do comportamento