ASPECTO EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL - HIV / AIDS
Projeto de pesquisa: ASPECTO EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL - HIV / AIDS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: thomison2 • 15/9/2014 • Projeto de pesquisa • 844 Palavras (4 Páginas) • 637 Visualizações
ASPECTO EPIDEMIOLOGICO NO BRASIL — HIV/AIDS
INDRODUÇÃO
AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: Uma epidemia multifacetada.
A identificação, em 1981, da síndrome da imunodeficiência adquirida, habitualmente conhecida como AIDS, tornou-se um marco na história da humanidade. A epidemia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da AIDS representa fenômeno global, dinâmico e instável, cuja forma de ocorrência nas diferentes regiões do mundo depende, entre outros determinantes, do comportamento humano individual e coletivo.
As principais características da dinâmica epidemiológica da AIDS no mundo. A mais recente, e que melhor traduz o atual momento da epidemia, define três tipos:
Epidemia nascente (ou baixo nível) — corresponde a países onde a prevalência da infecção pelo HIV mostra-se menor do que 5% em todas as subpopulações com comportamento de alto risco à exposição ao vírus.
Epidemia concentrada — referente a países onde a prevalência da infecção pelo HIV é superior a 5% em uma ou mais subpopulações com comportamento de alto risco, mas a prevalência entre gestantes atendidas em clínicas de pré-natal revela-se menor do que 5%.
Epidemia generalizada - ocorrendo nos países onde a infecção pelo HIV deixou de ser restritas as subpopulações de comportamento de risco, que apresentam elevadas taxas de prevalência da infecção, e a prevalência entre gestantes atendidas em clínicas de pré-natal mostrou-se igual ou superior a 5%.
EVIDÊNCIAS
Como resultado das profundas desigualdades da sociedade brasileira, a propagação da infecção pelo HIV no País revela epidemia de múltiplas dimensões que vem, ao longo do tempo, sofrendo transformações significativas em seu perfil epidemiológico.
TENDÊNCIA ESPAÇO-TEMPORAL DA AIDS: A INTERIORIZAÇÃO
A partir do eixo Rio-São Paulo, os casos de AIDS disseminaram-se para as demais regiões, inicialmente às metrópoles regionais, a partir do final da década de oitenta.
Figura 1 - Distribuição espacial dos municípios com pelo menos
um caso de AIDS registrado, no Brasil, no período de 1980 a
1996 - Fonte: CN-DST/AIDS/SPS - Ministério da Saúde, 2000.
Em estudo recente, Célia Landmann Szwarcwald caracterizaram a evolução temporal da epidemia da AIDS no Brasil.
Figura 2 - Distribuição espacial dos municípios com pelo menos
um caso de AIDS registrado, no Brasil, no período de 1987 a
1993 - Fonte: CN-DST/AIDS/SPS - Ministério da Saúde, 2000.
Os dados de indivíduos com 15 anos ou mais de idade, a velocidade de crescimento da epidemia foi de aproximadamente 36% ao ano, no período de 1987-1989 a 1990-1992, decrescendo para 12%, de 1990-1992 para 1993-1996.
A análise da difusão da AIDS, segundo tamanho populacional dos municípios, mostra que a epidemia teve início nos grandes centros urbanos, mas esses detêm, atualmente, o menor aumento relativo. Constatou-se que, apesar de registrar as maiores taxas de incidência, a região Sudeste apresenta atualmente o menor ritmo de crescimento e a maior tendência à estabilidade.
As transformações no perfil da AIDS no Brasil, embora com dinâmicas regionais e populacionais distintas devam-se, sobretudo, a difusão geográfica da doença a partir dos grandes centros urbanos em direção aos municípios de médio e pequeno porte do interior do País, ao aumento da transmissão
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