AVALIAÇÃO SEMIOLÓGICA DO APARELHO GENITAL
Tese: AVALIAÇÃO SEMIOLÓGICA DO APARELHO GENITAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aposantos1 • 7/7/2013 • Tese • 1.383 Palavras (6 Páginas) • 937 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA
APLICADA À ENFERMAGEM
AVALIAÇÃO SEMIOLÓGICA DO APARELHO GENITAL
FEMININO
Ana Paula Oliveira Santos
Mariana Pompeu Sodré
Feira de Santana - Ba
Maio de 2013
A avaliação do aparelho genital feminino compreende inspeção, palpação, percussão e ausculta, sendo que os dois últimos dão mais informes no periodo gestacional. Inclue também a avaliação das mamas.
O exame físico das mamas é de grande valia para a detecção precoce do câncer, sendo o melhor procedimento para se diagnosticar essa e outras enfermidades mamárias.
Para uma melhor avaliação o examinador deve se atentar: quanto a localização (entre o 2° e 6° espaço intercostal e entre a linha paraexternal e axila anterior); quanto a divisão (Quadrante Superior Externo, Quadrante Superior interno, Quadrante Inferior esterno e Quadrante Inferior interno); quanto a forma (globosa, piriforme, discóide ou plana e pendente); e quanto a forma dos mamilos (protruso, semiprotruso, pseudo-umbilicado ou pseudo-invertido, umbilicado ou invertido e hipertrófico)
A Inspeção pode ser estática e dinâmica. A estática é realizada com a paciente sentada, com os membros superiores dispostos paralelamente ao longo do tronco que deve estar desnudo, e voltada para o examinadore a fonte de luz. Observam-se o número, o volume, o contorno, a forma, a simetria, a pigmentação da aréola, o aspecto da papila, a presença de abaulamentos ou retrações, a circulação venosa e a presença de sinais flogísticos.
Na inspeção dinâmica solicita-se que a mulher eleve os braços e após coloque as mãos no quadril. Nela pode-se constatar a acentuação de alterações identificadas na etapa precedente, destacando-se a retração da pela ou desvio da papila.
Realiza-se a palpação com a paciente deitada com as mãos atrás da cabeça e os braços bem abertos. Deve ser feita delicadamente, de maneira ordenada, observando-se a divisão dos quadrantes, começando pelo quadrante superior externo seguindo o sentido horário. Deve-se examinar toda a região com as polpas digitais da mão dominante espalmada, partindo-se da região subareolar e estendendo-se ás regiões paraesternais, infraclaviculares e axilares. Tem como objetivo avaliar: volume do panículo adiposo e seu possível comprometimento por processo inflamatório ou neoplásico; quantidade de parênquima mamário e eventuais alterações; a elasticidade da papila; presença de secreção papilar; a temperatura da pele da região mamária.
A Palpação dos linfonodos axilares e supraclavicuculares se dá com a paciente sentada de frente para o examinador. Com a mão espalmada, faz-se a palpação deslizante do oco axilar e suas proximidades. As fossas supraclaviculares e a axila são palpadas com as pontas dos dedos. Encontrando-se linfonodos, devem-se analisar: localização (em que quadrante está), número de linfonodos, maior diâmetro transverso, consistência (edematosa, cística, firme, endurecida e macia), mobilidade (fixa ou móvel), sensibilidade dolorosa, e textura (uniforme, nodular e granular).
No exame da genitália a paciente deve encontrar-se na posição “ginecológica” ou de “talha litotômica”, na qual as coxas encontram-se fletidas sobre a bacia, os joelhos afastados um do outro, enquanto os pés ou região poplítea apoiam-se em suportes especiais existentes na mesa própria para o exame ginecológico. Essa posição é usada para que a genitália externa fique exposta mais facilmente, mas existem casos de prolapso e de incontinencia urinaria de esforço, onde a paciente deve ser examinada de pé com as pernas entreabertas. Em qualquer dessas posições a paciente deve estar o mais confortável possível, bem apoiada, de modo que não contráia a musculatura. É preferível que a paciente esteja de bexiga vazia.
O examinador senta-se de frente para os genitais da paciente e começa a inspeção. Primeiramente faz uso da inspeção desarmada da vulva, do monte de Vênus, da região anoperineal e das áreas adjacentes. Nessa inspeção observa-se a morfologia dos genitais, o trofismo, a presença ou não de lesões e a destribuição de pêlos. Na vulva observa-se o aspecto da fenda vulvar (fechada, entreaberta, aberta), a umidade, a presença de secreções, hiperemia, ulcerações, distrofias, neoplasias, dermatopatias, distopias e malformações. No períneo investiga-se sua integridade ou se há ruptura de I, II ou III grau complicada com extensão ao esfíncter e ao canal anal, cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia. No ânus procura-se a presença de hemorróidas, plicomas, fissuras, prolapso da mucosa e malformações.
A seguir, o examinador traciona os grandes e pequenos lábios para baixo e para trás separando-os no sentido lateral para melhor avaliação do vestíbulo. Observa-se o clitóres (tamanho e forma), o óstio uretral (presença de secreção), grandes e pequenos lábios (simetria, coloração, integridade de tecido, presença de secreção) a coloração, o trofismo, a amplitude e a presença ou ausência de hiperemia dos orifícios glandulares que se abrem no vestíbulo (glândulas parauretrais, glândulas de Skene e glândulas de Bartholin). Observa-se particularmente nas mulheres virgens a situação do hímem, sua forma e integridade. Logo após o examinador solicita à paciente que faça esforço semelhande ao de urinar, observando se há protusão das paredes vaginais ou do
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