Ajudar um recém-nascido
Trabalho acadêmico: Ajudar um recém-nascido. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: talilena • 9/12/2014 • Trabalho acadêmico • 1.638 Palavras (7 Páginas) • 244 Visualizações
1. INTRODUÇÂO
Neste trabalho o leitor ira tomar conhecimento que o recém-nascido necessita de cuidados que possibilitem sua adaptação ao mundo exterior; portanto as atenções a ele dispensadas na unidade de neonatologia, nos primeiros momentos, podem ser decisivas para a sua vida futura.
Desde o primeiro minuto de vida, o recém-nascido deve ser observado com extremo cuidado, pois ele é particularmente sensível ás infecções, por não ter assistência e meios de defesa (PIZZATO & POIAN, 1998).
2. Assistência ao Neonato
Há duas décadas, a SÃO PAULO - SES (1976), entre outras diretrizes, recomendava que o serviço de Enfermagem no berçário de recém-nascidos permanecesse sob supervisão constante de um enfermeiro com treinamento especial na assistência ao neonato e que as equipes de Enfermagem e Médica desenvolvessem trabalho conjunto. Determinava, outrossim, que grande parte da responsabilidade no cuidado do recém-nascido e no controle das infecções adquiridas coubesse à equipe de enfermagem. Complementando, ressaltava que para a assistência adequada ao recém-nascido no berçário é necessário um serviço organizado, pressupondo uma estrutura com profissionais altamente qualificados.
2.1 Mecanismo de Perda de Calor
A manutenção do calor corporal do recém-nascido é um dos aspectos da assistência de enfermagem. Para evitar a perda de calor o recém-nascido deve ser assistido em sala sem corrente de ar, ser recebido em campo estéril e aquecido, colocado em superfície aquecida e mantido aquecido durante o transporte.
2.2 Desobstrução das Vias Aéreas Superiores
MARINHO(1981);SEGRE & MARINO (1991) recomendam iniciar a aspiração sempre pela boca e nunca pelas narinas. Caso a aspiração não obedeça a ordem referida e se esta iniciar-se pelas fossas nasais, pode, por estimulação reflexa, provocar aspiração do material da faringe, causando problemas respiratórios. Neste sentido MARINHO (1981); RAMOS et al. (1978) salientam que a não obediência para obstrução das vias aéreas superiores tem possibilidade de provocar, reflexamente, inspiração, levando mucosidade da boca para os pulmões. Desse modo, este procedimento aparentemente simples se não executado corretamente pode acarretar prejuízos ao recém-nascido.
A formação do SUS, após uma grande Reforma Sanitária, onde a união dos Governos Federal, Estadual, Municipal e população, através de suas entidades representativas, resultaria na formulação da política, no planejamento, na gestão, na execução e na avaliação das ações de saúde.
2.3 Troca de filtro da incubadora
O ar que entra na incubadora passa por um sistema de micro filtragem que retém microorganismos, possibilitando ao recém-nascido receber ar livre de impurezas. Para eficiência deste sistema, entre outros cuidados, merece atenção especial a troca de filtro a cada 90 dias. Se este cuidado não for observado, a filtragem tornar-se-á inadequada, causando alteração na qualidade e na quantidade de ar.
3.Fatores de Risco Intrínsecos e Extrínseco
Recém-nascidos com baixo peso (</ = 1500 g) ao nascer apresentam alta suscetibilidade intrínseca e extrínseca às infecções. Os fatores de risco extrínsecos associados com desenvolvimento de sepse incluíram dispositivos intravasculares, intubação, desequilíbrio da flora induzido por antibióticos e exposição contínua às infecções hospitalares. 88% das infecções hospitalares em uma UTI neonatal estão associadas com cateteres intravenosos umbilicais ou centrais. Os patógenos mais comuns foram os estafilococos coagulase-negativos, Staphylococcus aureus, enterococo, Enterobacter sp e Escherichia coli. Em recém-nascidos as taxas de infecção são significativamente mais altas. Fatores que alteram a flora normal predispõem às infecções hospitalares, inclusive o uso de antibióticos (induzindo superpopulação de Candida e o desenvolvimento de patógenos entéricos resistentes), uso de esteróides (predispõe a superpopulação de Candida), e uso de bloqueadores H2 (predispõe a colonização gástrica e maior risco de bacteremia).
4.Controle de Infecção
O papel da lavagem das mãos na prevenção das infecções hospitalares não pode ser superestimado, a qualidade do agente anti-séptico parece ser mais importante que a duração da lavagem das mãos. Preparações que contêm gel alcoólico com emolientes são promissoras. Um estudo comprovou que a lavagem das mãos por 20 segundos com uma preparação que contém álcool era melhor que por 80 segundos empregando-se sabonetes padrão. Os resultados foram medidos pela contagem do número de unidades formadoras de colônias na superfície das mãos após a lavagem. Para a prevenção das infecções virais em UTI’s, além da lavagem das mãos, é importante realizar uma triagem das visitas, particularmente irmãos, não permitindo a acesso de visitantes com infecções agudas das vias áreas superiores e do trato gastrointestinal. Profissionais de saúde com estas patologias deveriam se abster de trabalhar. Além disso, deveria ser obrigatória a vacinação contra varicela e gripe destes profissionais.
Nenhuma medida de controle servirá quando só for aplicada depois do fato consumado, pois as sementes das epidemias são endêmicas. Para a sua prevenção, é necessário pensar amplamente e de forma pró-ativa, elaborando diretrizes para o controle dos fômites e da contaminação secundária. É importante monitorar o pessoal e o ambiente, evitar superpopulação da unidade e prescrever de antibióticos seguindo recomendações padronizadas, a partir de protocolos baseados em evidências clínicas. A equipe de saúde deve receber treinamento constante, ter liderança adequada, hábitos de trabalho e vigilância contínua. A prescrição de antibióticos deve ser cuidadosamente monitorada, particularmente nos casos de uso empírico. A duração da terapia empírica deve ser limitada e devem haver estratégias para restrição do uso de determinados antibióticos.
5.Infecções por Cândida
As infecções por Candida no período neonatal podem ser de origem materna, localizadas (infecções de ferida, infecções das vias urinárias) ou disseminadas.
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