Alimentacao Animal
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Alimentos e Alimentação Animal Alimentação de Bovinos Leiteiros -Introdução: -Intervalo de parto: 12 meses; -Período seco: entre 50 e 60 dias; -Pico de lactação (1ª fase): entre 6 a 8 semanas pós-parto (consumo de alimentos é insuficiente para as exigências da produção leiteira, tem-se um déficit no balanço energético). Ocorre perda de peso mesmo que a alimentação fornecida seja abundante e de boa qualidade; *Perdas de peso vivo no início da lactação da ordem de 8 a 10% podem ser consideradas normais para animais com boa capacidade de produção. -2ª fase: entre 10 e 20 semanas pós-parto (tem-se o equilíbrio entre a produção leiteira e consumo de alimentos); -3ª fase: tem-se sobra de energia (aumento de peso do animal); -Na alimentação de vacas leiteiras, o uso de alimentos concentrados tem por objetivo suplementar os alimentos volumosos nas suas deficiências em termos qualitativos e quantitativos e, em sistemas mais intensivos aumentar produção de leite por animal; -O fornecimento de concentrados, deve ser feito duas vezes ao dia. Quantidades acima de 8kg/dia deverão ser distribuídos, preferencialmente três vezes ao dia, sendo que parte misturado ao volumoso (silagem); -Para alimentar corretamente uma vaca leiteira devemos inicialmente entender as relações existentes entre a produção de leite, o consumo voluntário de alimentos e a variação do peso vivo nas diferentes fases de produção;
-Uma alimentação deficiente no início da lactação produz efeitos desfavoráveis que podem não ser muito visíveis, em termo de produção de leite, neste período. Entretanto após o pico de lactação haverá uma queda acentuada, diminuindo
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consideravelmente a produção de leite total, podendo ter o retardo do aparecimento do cio, aumentando o intervalo entre partos. Cálculos -Estimativa de Consumo de Matéria Seca (MS):
-Animal em pastagem: entre 1,5 e 3% do peso vivo (PV);
-Animal em confinamento: entre 2,4 e 2,6% do peso vivo (PV);
*Para vacas leiteiras o consumo é dependente do peso do animal e da produção leiteira (que também é dependente da composição do leite);
**Composição do leite:
-Gordura: varia entre 2,5 e 5%
-Proteína: varia entre 2,8 e 4%;
-Lactose: varia entre 4,1 e 4,7%;
1º passo: Ajustar a produção leiteira ao teor de gordura:
-Geralmente corrigir à 4%;
PL4% = PLob [0,4 + (0,15 x G%)]
PL4%: produção leiteira corrigida à 4%;
PLob: produção leiteira observada no animal (kg);
G%: porcentagem de gordura no leite do animal (%);
Ex.: Vaca 600kg PV com produção leiteira de 30kg/dia e teor de gordura em 3,3%;
PL4% = PLob [0,4 + (0,15 x G%)]
PL4% = 30 x [0,4 + (0,15 x 3,3)]
PL4% = 26,65 kg (≈27 kg)
2º passo: Encontrar o CMS com base no PV e produção leiteira:
Equação de Cornell
CMS (kg/dia) = (0,0185 x PV) + (0,305 x PL4%)
Ex.: Vaca 600kg PV com produção leiteira de 30kg/dia (corrigida para 27kg/dia) e teor de gordura em 3,3%;
CMS (kg/dia) = (0,0185 x PV) + (0,305 x PL4%)
Estes componentes sofrem alterações devido ao componente genético do animal, devido a raça e tipo de alimentação.
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CMS = (0,0185 x 600) + (0,305 x 27)
CMS = 19,33% 19,33 x 100
600
3º passo: Exigências de Energia (ELL – energia líquida de lactação – Mcal/dia):
Mcal/dia = + +
*Depois de passados os primeiros 60 dias pós-parto/início de lactação;
3.1-Exigência para Manutenção: avaliado apenas para animais em confinamento;
Exigência para Manutenção = 0,08 x Peso0,75
Ex.: Vaca 600kg PV
Exigência para Manutenção = 0,08 x Peso0,75
Exigência para Manutenção = 0,08 x 6000,75
Exigência para Manutenção = 9,7Mcal
3.2-Exigência para Manutenção e Atividade: quando os animais estão à campo;
Atividade = 10 a 20% da Exigência da Manutenção (NRC, 1989)
Ex.: exemplo anterior, exigência para manutenção de 9,7Mcal
9,7 + 10% = 9,7 + 0,97
Manutenção + Atividade = 10,67Mcal
3.3-Exigência para a Produção Leiteira:
Exigência produção leiteira = 0,74 x Kg de leite a 4%
Ex.: Vaca 600kg PV com produção leiteira de 30kg/dia (corrigida para 27kg/dia) e teor de gordura em 3,3%;
Exigência produção leiteira = 0,74 x Kg de leite a 4%
Exigência produção leiteira = 0,74 x 27
Exigência produção leiteira = 19,98MCal (≈20Mcal)
3.4-Exigência para Ganho de Peso: somente para animais depois dos 60 dias do início da lactação.
Ganho de 1kg de massa = 5,12Mcal (NRC, 1989)
3,2% do PV
exigência de manutenção
exigência para produção leiteira
exigência para ganho de peso*
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Ganho estimado (kg) = 0,055% do PV
Ex.: Vaca 600kg PV
Ganho estimado (kg) = 0,055% do PV
Ganho estimado (kg) = 600 x 0,055
100
Ganho estimado (kg) = 0,33kg
1 kg 5,12 MCal
0,33kg 1,69MCal
TOTAL das exigências = 32,37 MCal (10,67Mcal não foi somado, pois é um animal confinado)
4º passo: Transformar o Total das Exigências em NDT:
MCal (ELL) = 32,36MCal
CMS = 19,33
MCal ELL
Kg MS
ELL (MCal/kg MS) = (0,0245 x NDT) – 0,12
Ex.: MCal ELL
Kg MS
32,36
19,33
ELL (MCal/kg MS) = (0,0245 x NDT) – 0,12
1,672 + 0,12 = 0,0245 x NDT
NDT = 71,31 (≈72%)
MCal/kg MS
1,672 MCal/kg
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5º passo: Cálculo da quantidade de Concentrado:
Ex.: Pastagem 14% PB e 65% NDT (na MS)
Ração 72% NDT (na MN) 88% MS
NDT na MS = 0,72
0,88
0,65Vo + 0,82Co = 0,72*
*0,72 = NDT achado no 4º passo
Vo ≈ 0,53
Co ≈ 0,47
CMSVo (kg) = 19,33 x 0,53 = 10,25 kg
CMS Co (kg) = 19,33 x 0,47 = 9,08 kg
9,08
0,88
6º passo: Cálculo da Exigência de PB (kg/dia)
Proteína para Manutenção: 408g (para animal de 600kg)
Proteína para Produção Leiteira: 90 para 1kg de leite com 4%
Proteína para Ganho de Peso: 320g para 1kg de ganho
Ex.: Vaca 600kg PV com produção leiteira de 30kg/dia (corrigida para 27kg/dia) e teor de gordura em 3,3%;
PB (g/dia) = 408 + (90 x produção leiteira) + (320 x ganho estimado) *Vaca com 600kg
PB (g/dia) = 408 + (90 x 27) + (320 x 0,33)
PB (g/dia) = 2.943g ≈2,94Kg
2,94
19,33
7º passo: PB do concentrado:
PBCo = (Porcentagem de Vo x PBVo) + (Proporção de Co x PBCo) = exigência de PB (%)
NDT (MS) = 82%
na MS
10,31kg na MN
Tabela NRC
15,21% na MS
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Ex.:
PBCo = (Porcentagem de Vo x PBVo) + (Proporção de Co x PBCo) = exigência de PB (%)
(0,53 x 14) + (0,47 x PBCo) = 15,21
0,47 PBCo = 7,80
PBCo = 16,6% na MS
16,6 x 0,88 = 14,6% na MN
Teoria
Ingestão de Matéria Seca (MS):
-Níveis de Carboidratos:
-Consumo de FDN: 1,0 a 1,2% do PV;
*Novilhas de 1ª cria: 0,85 a 1,1 % do PV;
-Nível mínimo de FDN: 25% na MS (somatório dos FDNs de todos alimentos);
-Nível mínimo de FDNf (FDN da forragem): 19% na MS;
*A cada 1% de redução do FDNf (abaixo de 19%), aumenta-se 2% no FDN total;
-Nível mínimo de FDA: 17% ;
-Nível máximo de CNF (carboidratos não fibrosos): 44%;
*Casca de soja peletizada é mais efetiva que casca de soja, pois as partículas são maiores (+- 8,9mm);
Formulação de Dietas:
-Introdução:
-Alto teor de fibras: não fornece energia para uma alta produção;
-Alta concentração de CNF: causa alteração na fermentação (acidose ruminal), redução do consumo, diminui teor de gordura no leite e problemas de casco (laminite);
-Uso de gorduras: necessário para aumentar a densidade energética sem diminuir o teor de fibras, também tem-se incorporação de ácido graxos de cadeia longa ao leite produzido.
-Primeiramente adicionar gordura convencional:
Ex.: soja ou caroço de algodão;
-Posteriormente (se necessário): adicionar gordura protegida;
-Proteínas:
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-Máximo:
16,5% PB no início da lactação com 35 a 40% PNDR;
15,5% PB no meio da lactação com 33 a 37% de PNDR;
14% PB no final da lactação com 30 a 36% de PNDR;
-Necessidade de Cálcio (vacas em lactação):
24g de Cálcio + [(quantidade produzida de leite) x 3,21]
Formas de Fornecimento
-Geralmente oferecer após a ordenha, evitando que o animal se deite e contamine o canal do teto que ainda está aberto;
-O ideal é fornecer 3 vezes ao dia em vacas com produção maior que 30kg de leite por dia;
-Arraçoamento: aumenta a freqüência de alimentação, aumenta o consumo de MS e aumenta o teor de gordura no leite;
-Misturas Completas: tem-se um controle mais completo sobre a composição, aumenta o consumo de MS, aumenta a estabilidade ruminal, pode-se fazer o uso de alimentos não palatáveis e tem-se a diminuição dos distúrbios metabólicos;
-Desvantagens: custo com equipamentos e necessidade de um maior controle na distribuição (não oferecer mais do que 4kg de concentrado por refeição);
Agrupamento de Vacas
-A amplitude de produção leiteira (PL) do grupo deve ser menor que 13kg/dia;
-Fator de correção:
-30% para 1 grupo de vacas em lactação;
-20% para 2 grupos (com 18 e 19kg de produção);
-10% para 3 grupos (produção inferior a 18kg – final de lactação);
-Primíparas devem ser separadas ou considerar 5kg a mais na produção leiteira (somente em rebanho maiores);
-Para mover as vacas de grupo deve-se considerar a produção leiteira, condição corporal e estágio reprodutivo;
-Ideal: 3 lotes em lactação, 1 lote de vacas secas e 1 lote com vacas em período pré-parto (para animais em confinamento). Para animais à pasto pode-se fazer mais 3 grupos;
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Alimentação de Terneiras e Novilhas Leiteiras:
-Objetivos:
-Desenvolvimento adequado;
-Desaleitamento precoce (método mais utilizado);
-Criação de machos não é rentável do ponto de vista econômico;
-Fornecimento de Colostro:
-Holandês: ao nascer são necessários 6 a 7 litros;
-Jersey: ao nascer são necessários 4 a 5 litros;
*Tem-se geralmente 50g de Ig por litro de colostro;
-Quanto mais colostro o bezerro receber menor a probabilidade complicações posteriores;
-Vacas de segunda cria em diante produzem maior quantidade de colostro e o mesmo possui maior concentração de imunoglobulinas do que aquele produzido por vacas de primeira cria;
-O colostro deve ser fornecido aos terneiros dentro das primeiras 6 horas após o nascimento. O tempo mínimo para deixar o terneiro com a mãe é de 12 horas, quando já ocorreu a absorção de 90% do total de imunoglobulinas;
-Objetivos do Sistema de Desaleitamento Precoce:
-Transformar o terneiro em ruminante mais cedo (acelerar o desenvolvimento do rúmen);
-Como Fazer:
-Promover a diminuição do consumo de leite e aumentar o consumo de concentrados e volumosos;
-A partir das 6ª semana de vida já pode começar este processo, com 70kg de PV ou quando estiver consumindo entre 600 e 800g/dia de concentrado.
-Dieta Líquida (Sistemas de Aleitamento)
-Aleitamento Natural: amamentação direta na vaca (mais usado)
-Vantagens: menor incidência de diarréias, redução na incidência de mastite e melhor desempenho dos terneiros;
-Desvantagens: elevado custo da alimentação, não se tem controle sobre a quantidade ingerida e aumento do intervalo entre partos;
-Aleitamento Artificial: feito em baldes ou mamadeiras;
-Vantagens: controle sobre a quantidade consumida, maior higiene na ordenha e possibilidade de se conhecer a produção real da vaca;
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-Volume: 10% do PV ao nascer (o mais usado é uma adoção de dieta fixa – 2,5 a 4kg por dia)
-Freqüência: geralmente usa-se a freqüência de 2 vezes ao dia, mas pode-se usar até 1 vez ao dia a partir dos 14 dias de vida. Animais alimentados uma vez ao dia consomem maiores quantidades de concentrados e podem ser desaleitados mais cedo.
-Temperatura: preferencialmente entre 30 e 38ºC;
-Método: mamadeira ou balde comum;
-Higiene: adequadas condições de higiene do balde/mamadeira e do ambiente;
-Tipo de Alimento:
-Leite normal (padrão);
-Colostro / leite de transição;
-Leite com mastite (se possível deve-se pasteurizar o leite);
-Leite com antibióticos;
-Colostro excedente: vacas de boa produção de leite apresentam produção de colostro acima das necessidades do terneiro. Neste caso, o excesso de colostro, após se diluído em três para uma de água morna, pode ser fornecido aos terneiros maiores.
-Sucedâneo: leite em pó com formulação específica, fornecido logo após o colostro. É mais barato que leite padrão e isento da transmissão de doenças;
*Composição do Sucedâneo:
-Terneiros jovens não são capazes de utilizar amido, maltose ou sacarose antes de completar 1 mês de idade. Desta forma é necessário a presença de lactose ou glicose na dieta destes animais;
-Fibra Bruta: 0,2 a 1% (tem que ser baixo, pois o animal ainda não possui enzimas específicas);
-PB: entre 20 e 22% (metade deve possuir proteína do leite – caseína ou soro do leite);
-Teor de Gordura: entre 10 e 20% (de origem animal seria melhor, mas no Brasil é proibido. Deve-se utilizar gordura vegetal, como o óleo de palma ou soja hidrogenada acrescentando-se emulsificante, a lecitina de soja, para melhorar a digestibilidade e a retenção do nitrogênio dos substitutos do leite);
-A farinha de soja pode ter efeitos deletérios devido à presença de inibidor da tripsina, hemoaglutininas, grande teor de polissacarídeos e fitina. A presença do inibidor de tripsina provoca a diminuição da secreção pancreática, enquanto que as hemoaglutininas provocam reações que lesionam as microvilosidades intestinais, diminuindo a absorção dos nutrientes. O aquecimento destes produtos, bem como o tratamento com ácidos ou álcalis têm sido usados para diminuir ou mesmo eliminar estes efeitos.
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-Teor de Lactose: 35 a 45%;
-Umidade: inferior a 5%;
-Deve-se adicionar algum premix;
**Cuidados especiais: com a qualidade, higiene e temperatura;
-Fornecimento de água: deve ser feito a partir da 2ª semana, deve ser fornecido fresca, limpa, potável, deixar sempre disponível e este consumo de água estimula o consumo de concentrado e forragens;
***Entre 0 e 2 meses de idade não é necessário o fornecimento de volumoso e o desenvolvimento do rúmen usando-se concentrados é muito maior, pois o crescimento da mucosa ruminal (papilas) está associado aos AGV e a concentração de AGV nos concentrados é maior que nos volumosos. O ácido butírico é o que mais estimula, o ácido propiônico é o 2º que mais estimula (é encontrado em alta concentração nos concentrados) e por 3º o ácido acético. O concentrado deve ser fornecido para os terneiros, à vontade, a partir de 7 dias de idade. Uma forma de induzir o terneiro a consumir concentrado é colocar uma pequena quantidade no fundo do balde, logo após o fornecimento de dieta líquida. Após o desaleitamento, o consumo de concentrado deve ser limitado a 2 ou 3kg/dia por razões econômicas. O concentrado deve possuir textura grossa, possuir 18% PB, 5 a 6% de fibra bruta e premix.
**** Volumoso para terneiros: deve ser oferecido volumoso desde a primeira semana de idade, melhores resultados são obtidos com o fornecimento de fenos (principalmente de leguminosas). Os terneiros podem ser criados em pastos a partir da 2ª semana de idade.
-Desmama:
-Idade: entre 5 e 8 semanas;
-Consumo de concentrado (mínimo de 1% do PV).
-Raças pequenas: entre 500 e 600g;
-Raças grandes: entre 700 e 800g
-Alimentação de Novilhas:
-Objetivos:
-Antecipar o 1ª parto para 2 anos (fazer monta ou inseminação aos 14/15 meses de idade);
-Quantidade de alimento: 2 a 3 kg/dia de concentrado com volumoso a vontade;
-PB: entre 18 e 20%;
-Ganho de peso:
-Raças grandes: 750g/dia;
Concentrado com palatabilizantes e com PB inferior a 18%, NDT superior a 72%, cálcio em 1% e fósforo entre 0,5 e 0,6%. Devem ser farelados ou peletizados. Não se usa NNP e o núcleo deve compor 4% (núcleo específico)
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-Raças pequenas: 500g/dia;
-O mais importante que a idade para a cobertura é o peso do animal, que deve ser entre 50 e 55% do peso de adulto.
-Holandês: entre 340 e 360kg e 125cm até a cernelha;
-Jersey: entre 240 e 260kg e 110cm até a cernelha;
-Pardo Suíço: entre 340 e 360kg e 125 cm até a cernelha;
*O animal atinge o peso adulto após o 3º parto;
Animais alimentados em: -Pastagem de inverno 12 a 14% de PB
-Gramíneas de verão 18 a 20% de PB
-Silagem de milho/sorgo 20 a 25% de PB
Alimentação de Vacas Leiteiras no Período de Transição (pré e pós parto):
-Introdução:
-É o período de 3 semanas pré-parto a 3 semanas pós-parto;
-Definição:
-Período de tempo onde a vaca passa por grandes alterações fisiológicas e metabólicas, em preparação ao parto e a lactação subseqüente;
-Estratégias:
-Dietas aniônicas no pré-parto;
-Alimentação para vacas recém paridas;
-Funções Fisiológicas para Evitar Distúrbios Metabólicos:
1-Adaptar o rúmen à dietas com alta energia no pós-parto;
2-Manutenção do nível normal de cálcio no sangue;
3-Manutenção de um forte sistema imune;
-Demanda de Nutrientes:
-Tem-se redução da ingestão de MS;
-Exigências crescem de forma exponencial (para crescimento fetal e produção de colostro);
-Aumenta-se a gliconeogênese;
1-Estratégias de Alimentação para Vacas no Pré-parto:
-Carboidratos:
PB do concentrado requerida para suprir as necessidades
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-Elevar nível de CNF para 33 a 38%;
-Manter nível mínimo de FDN entre 32%;
-Acrescentar entre 2 a 2,5Kg de feno;
-Proteínas:
-PB: entre 14 e 15%;
-Minerais: cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cloro, ferro, zinco entre outros;
-Vitaminas: vitaminas A, D e E;
-Aditivos: tem o objetivo de reduzir a mobilização de gordura e aumentar a disponibilidade de glicose para o organismo;
Ex.: niacina, leveduras, ionóforos e precursores glicogênicos (propileno glicol e propionato de cálcio – ‘Drench’);
1.1-Dietas Aniônicas:
-Objetivo: diminui a incidência da febre do leite;
-Alimentos: leguminosas, gramíneas, cereais e oleagenosas;
-Efeitos: diminui a incidência de distúrbios correlacionados a febre do leite, aumentam a taxa de concepção e diminui o número de dias vazios e aumentam a produção de leite;
-Problemas: redução do consumo de MS e efeito discutível em novilhas;
-Estratégias de Manejo no Pré-parto:
-Manter condição corporal;
-pH da urina entre 6,2 e 6,8 (vacas Holandesas) e 5,8 e 6,4 (vacas Jersey);
2-Estratégia de Alimentação para Vacas no Pós-Parto:
-Elevar nível de CNF e manter o nível mínimo de FDN (21 – 22%);
-Proteínas:
-PB: 16,5 e 17%
-Vitaminas: vitaminas A, E e D;
-Minerais: cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cloro, ferro, zinco entre outros;
*Quantidade de minerais e vitaminas maiores que da alimentação para vacas no pré-parto;
-Aditivos: tamponantes, niacina, leveduras e ionóforos;
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-Resultados Adequados:
-A vaca deve parir sem dificuldades, sem auxílio e sem injúrias;
-Não haver a ocorrência de desordens metabólicas e doenças infecciosas;
-O CMS deve aumentar rapidamente após o parto;
-A produção de leite deve aumentar exponencialmente (pico de lactação entre 50-60 dias);
-A vaca deve retornar a atividade ovariana rapidamente e com alta fertilidade;
Alimentação de Vacas Leiteiras em Pastagem:
-Introdução:
-Deve-se fazer o manejo rotacional das pastagens e uso de suplementação estratégica;
-Em regiões subtropicais mais frias pode-se fazer o uso de pastagens perenes de verão, pastagens anuais de verão ou cultivo forrageiro (silagens);
-Objetivos:
-Aumentar a produção de leite por vaca;
-Aumentar a lotação e a produção de leite por área;
-Aumentar a eficiência de utilização da forragem produzida;
-Aumento da duração da lactação em épocas de escassez de forragem;
-Manter ou melhorar o escore corporal;
-Produção econômica de leite de alta qualidade, com o mínimo de impactos negativos sobre a saúde do animal e o meio ambiente;
-Fatores que Influenciam na Escolha: Pastagem x Confinamento
Favorecem o Pasto
Favorecem o Confinamento Estação de pastejo longa (> 6 meses) Estação de pastejo curta (< 6 meses)
Condições ótimas para o crescimento da forragem durante a estação de pastejo
Condições inconsistentes para o crescimento da forragem durante a estação de pastejo Preços do leite baixos Preços do leite altos
Baixo potencial genético para a produção de leite
Alto potencial genético para a produção de leite Preços de grãos elevados Preços de grãos baixos
Clima relativamente úmido
Clima relativamente seco Baixa disponibilidade de capital Alta disponibilidade de capital
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Terras baratas ou de baixa fertilidade
Terras caras e de alta fertilidade Rebanhos de pequeno porte Rebanhos de grande porte
-Deve-se fazer a adubação das pastagens, especialmente com nitrogênio, e a adoção de um sistema de pastejo rotativo;
-Uso de Concentrados para Vacas Leiteiras em Pastagem:
-Tem como objetivo suplementar as deficiências da pastajem em termos qualitativos e quantitativos;
-O uso de suplementação alimentar, principalmente de concentrados, deverá ser feita de forma estratégica, procurando-se empregá-los em situações onde maior será a reposta produtiva. Além disso, deve-se empregar formulações de mais baixo custo possível;
-Efeitos da Suplementação:
-Diminuição do tempo de pastejo;
-Diminuição do consumo de forragem;
-Consumo de concentrado/produção de leite diminui com o passar da lactação (Ex.: no inicio de lactação 1,3kg de leite/kg de concentrado consumido e final da lactação 0,7kg de leite/kg de concentrado consumido);
-A suplementação de concentrado deve ser na base de 1% do PV;
-Considerações:
-A suplementação energética (milho ou substituto) parece ser suficiente para vacas mantidas em pastagens tropicais (de verão), com nível médio de produção (entre 15 e 20kg leite/vaca/dia);
-O nível de PB da pastagem de (>15% na MS) é o suficiente para atender as exigências protéicas de manutenção e de produção de leite dos animais;
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Alimentação de Suínos
Cálculos
-Cálculo de Ração para Suínos em Crescimento (50kg de PV):
-Necessidades:
-3.400 Kcal ED/Kg
-0,75% Lisina e 0,5% Ca : 0,45% P total
-Alimentos Disponíveis:
a) Milho:
-3.530 Kcal ED/Kg
-0,25% Lisina;
-0,04% Ca : 0,26% P total
b) Farelo de Soja:
-3.490 Kcal ED/Kg
-2,9% Lisina
-0,25% Ca : 0,6% P total
c) Farelo de Arroz:
-3.135 Kcal ED/kg
-0,57% Lisina
-0,1% Ca : 1% P total
-Fosfato Bicálcico:
-23,5% Ca : 18% P
-Calcário Calcítico:
-36% Ca
-Cloreto de Sódio 0,4%
-Premix de Minerais 0,1%
-Premix de Vitaminas 0,2%
Cálculos
Calcular separadamente (2 a 3%)
Valores fixos
Núcleo de baixa inclusão
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1º passo: Reservar um espaço de 2,5% a 3% para incluir: fosfato bicálcico, calcário, sal e premixes.
2º passo: Cálculos
(1) a + b + c = 97,5 (foi retirado 2,5% para inclusão dos itens anteriores)
(2) 0,25a + 2,9b + 0,57c = 75 (0,75 x 100)
(3) 3.530a + 3.490b + 3.135c = 340.000 (3.400 x 100)
(4) a + b + c = 97,5 x(-0,25)
0,25a + 2,9b + 0,57c = 75
-0,25a – 0,25b – 0,25c = -24,375
0,25a + 2,9b + 0,57c = 75
2,65b + 0,32c = 50,625
(6 ) 2,65b + 0,32c = 50,625 x(40)
-40b – 395c = - 4.175 x(2,65)
106b + 12,8 c = 2.025
-106b – 1.046,75c = -11.063,75
-1.033,95c = -9.038,75
c = 8,741 b = 18,04 a = 70,719
3º passo: Cálculo do Fosfato Bicálcico (FB):
(% P no FB x FB) = (exigência P x 100) – [(%P do milho) +%P do F. de soja) + (%P do F. de arroz)]
(18xFB) = (0,45 x 100) – [(0,26 x 70,71) + (0,6 x 18,04) + (1 x 8,74)]
(18 x FB) = 45 – (18,38+10,824 + 8,74)
18 x FB = 7,05
FB = 0,391%
Equação Geral
Equação da Lisina
Equação da ED
(5) a + b + c = 97,5 x(-3.530)
3.530a + 3.490b + 3.135c = 340.000
-3.530a – 3.530b – 3.530c = -344.175
3.530a + 3.490b + 3.135c = 340.000
-40b – 395c = - 4.175
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4º passo: Cálculo do Calcário (Cal):
(% de Ca no Cal x Cal) =
(Exigência de Ca x 100) – [(%Ca do milho) + (%Ca do F. de soja) + (%Ca de F. de arroz) + (%Ca do FB)]
(36 x Ca) = (0,5 x 100) – [(0,04 x 70,71) + (0,25 x 18,05) + (0,1 x 8,74) + (0,391 x 23,5)]
(36 x Ca) = 50 – (2,828 + 4,512 + 0,874 + 9,188)
36 x Ca = 32,598
Ca = 0,905%
Teoria
-Introdução:
-A alimentação para suínos representa 80% ou mais dos custos totais;
-A gordura adicionada é o óleo de soja que tem como função aumentar a densidade energética;
-Suínos, aves, peixes e animais de companhia usa-se fonte protéica animal;
-Tipos de alimentação (alternativas de ração):
-Rações prontas (comerciais);
-Milho com concentrado protéico comercial;
-Milho e/ou substituto com farelo de soja + núcleo;
*Santa Catarina é importador de milho.
-O balanceamento protéico de monogástricos é feito com base em aminoácidos limitantes: lisina, metionina e treonina. A lisina é referência na estimativa de valores nutricionais.
-Aminoácidos semi-essenciais: são aminoácidos que em sua composição necessitam de aminoácidos essenciais (substrato limitado). Ex.: cistina e tirosina só podem ser produzidos a partir da metionina.
-Todos os níveis são estritamente controlados, principalmente cálcio, fósforo e proteína para diminuir a excreção e conseqüentemente o impacto ambiental;
-Segundo o NRC a necessidade energética diária para suínos (ED : Kcal/kg) é fixo em 3.400 Kcal/kg/dia. O que muda é a quantidade consumida (Ex.: 250g/dia para suínos de 3 a 5kg de PV, 1000g/dia para suínos de 10 a 20kg de PV e 3.075g/dia para suínos de 80 a 120kg) e teores de PB, aminoácidos, cálcio, fósforo e sódio (quanto mais velho o animal, menores estes teores);
-Macho castrado possui melhor taxa de conversão mas deposita mais gordura (90g/dia a mais que a fêmea). A fêmea requer mais PB e aminoácidos que o macho.
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-Variando o potencial dos animais, se ajusta o nível de aminoácidos da dieta. Ajuste da ração:
-Quanto ao potencial de ganho (1º ajuste);
-Quanto ao sexo (quando há separação) (2º ajuste);
-Cloridrato de Ractopamia: agonista β-adrenérgico, melhora a conversão alimentar, tornando as carcaças mais magras e com maior aproveitamento;
-Objetivos:
-Criar animais com o objetivo de chegar com mais carne magra possível no peso de mercado (90 a 110kg);
-50 a 55% de carne magra;
-Tipos de Alimentação: (2 tipos)
-Ração para reprodutores (cachaço e matrizes);
-Ração para leitões (creche e terminação);
-Alimentos para Suínos:
1-Milho:
-É usado como fonte de energia, representando 90% das dietas;
-Sua limitação se dá pelo baixo teor de lisina e triptofano;
-Necessita de cuidados especiais na estocagem, pois a umidade leva a formação de micotoxinas (Aspergillus e Fusarium);
-A granulometria deve ser bem fina (0,5 a 0,65mm), pois muito grossa dificulta a digestão e muito fina pode causar úlcera gástrica;
2-Silagem de Grãos:
-Alimento substituto do grão de milho;
-Necessita ser fornecido úmido (valor energético superior ao milho seco e melhora a digestibilidade);
-O consumo deve ser maior que o da ração com grão seco (pelo maior teor de umidade);
-O grão de milho seco usa-se geralmente como volumoso;
3-Farelo de Soja:
-2 tipos:
-Farelo de Soja com teor de PB inferior a 45%;
-Farelo de Soja com teor de PB superior a 45% (possui casca de soja) – atinge todas as exigências em aminoácidos;
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4-Farelo de Arroz:
-Utilizado como substituto do milho;
-2 tipos:
-Desengordurado:
-Menor ED e EM que o integral;
-Baixo teor de gorduras (não ransifica);
-Compõe 20% em dietas para porcas em gestação e 30% em dietas para crescimento, gestação e terminação;
-Não possui problemas de armazenamento
-Podem diminuir o ganho de peso dos animais;
-Integral;
-Proteína, FB e EE superior ao milho;
-Alto teor de fósforo (limitante pois não é disponível para o animal);
-Compõe até 30% da dieta para as fases de crescimento, terminação e porcas em gestação;
-Possui baixo período de armazenamento;
*Utiliza-se mais para porcas em gestação pois necessita-se de maior teor de proteína;
*O uso de Fitases aumenta a biodisponibilidade de fósforo de origem vegetal, diminuindo-se a necessidade de usar fósforo de origem mineral (mais caro), diminuindo o impacto ambiental pela diminuição da excreção de fósforo.
5-Quirera de Arroz:
-Possui restrições para leitões de até 25kg;
6-Sorgo:
-Utilizado como substituto parcial ou total do milho;
-Possui energia pouco inferior ao milho, sendo atenuado pelo preço que é de 70% do preço do milho, mas seu consumo é um pouco maior;
-Fator antinutricional: Tanino (possui variedades com altos e baixos teores);
7-Soro de Leite:
-Utilizado para leitões recém chegados na terminação, em animais acima de 30kg (substitui até 30% da ração em crescimento e terminação) ou porca em gestação (até 50% da ração).
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-Também utilizado para alimentação de leitões ao desmame (em pó e com alto custo);
-Subproduto dos laticínios, minimizando a poluição ambiental por parte dessas indústrias lácteas;
-Baixo teor de energia devido ao alto teor de água;
-Proteínas: 60% de albuminas e 40% de globulinas. Possui aminoácidos com alta digestibilidade e altos teores de vitaminas de complexo B;
-Fornecido em cochos convencionais separados das rações;
8-Trigo:
-Não compete com o milho no sistema de produção;
-Pode ser usado sem restrições como fonte energética e protéica;
-Proteína bruta superior ao milho. Em concentração, qualidade e composição de aminoácidos;
-A suplementação com lisina e treonina reduz em grande parte o uso do farelo de soja nas fases de crescimento e terminação;
-Cuidado com micotoxinas (armazenagem);
9-Caldo de Cana:
-Utilizado para leitões a partir de 15kg de peso até o abate e em fêmeas em gestação;
-Oferecido a vontade após período de adaptação;
-Não possui proteína;
-Substitui em parte o milho;
10-Mandioca:
-Fornecida na forma in natura e a vontade para suínos em crescimento e terminação e controlado para fêmeas gestantes. Não indicado para porcas em lactação;
-Alta quantidade de amido e baixa quantidade de proteína;
-Há variedades cianogênicas, então deve-se triturar, cortar em pedaços e expor ao ar e sol;
-Necessita de suplementação de metionina (0,1%) e necessita aumento da densidade energética com óleo de soja;
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Alimentação de Aves
Teoria
-Introdução:
-A engorda de frangos de corte é feita basicamente em um único sistema. Sistema de camas de maravalha, possui 17 frangos/m² aproximadamente.
-Os galpões devem ser climatizados;
-As aves são abatidas com 40 dias ou no caso dos galetos com 20 dias;
-A alimentação consiste em milho, farelo de soja, vitaminas e aditivos (coccidiostáticos);
*Coccidiostáticos são retirados das rações nos últimos dias antes do abate;
-São abatidos com 2,5Kg;
-Chester:
-Frango maior (com 3 a 4Kg de carcaça);
-Passando dos 60 dias, passa a acumular gordura abdominal ao invés de massa muscular;
-Foram obtidos por seleções de machos com fornecimento de rações ricas em proteínas e aminoácidos;
-Galinha caipira:
-Até as 4 primeiras semanas o alojamento é igual a produção de frangos comerciais. Depois os animais têm acesso a um terreno externo (gramado);
-Leva o dobro do tempo para o abate;
-Não se usa produtos de origem animal em rações (rações vegetarianas);
-A lotação é menor e os ovos são postos em ninhos;
-Produção Orgânica:
-Não pode se utilizar medicamentos (quimioterápicos);
-Os aditivos permitidos são: aminoácidos e vitaminas sintéticas;
-20% da ração pode ser não orgânico;
-Milho e farelo de soja devem ser oriundos de lavouras orgânicas;
-Produtividade é menor e preço é maior;
-Necessita de selos de certificação;
-Vacinas e fitoterápicos são permitidos;
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-Programas de Alimentação para Frangos de Corte:
-4 sistemas:
1º sistema: 3 rações (mais comum)
-Utilizados nas fases inicial (até 21 dias), de crescimento (21 a 35 dias) e terminação (até o abate). Na terminação retira-se os quimioterápicos.
2º sistema: 4 rações (é igual a anterior, mas tem-se a inclusão de ração para fase pré-inicial);
3º sistema: 5 rações (tem-se a inclusão de ração pré-inicial e 2 rações para fase de crescimento);
4º sistema: sistema múltiplo de alimentação
-Troca de ração a cada 2 a 7 dias (ajuste da ração conforme as exigências das aves);
-Diminui o custo de produção (custo/Kg de PV);
-Exigências:
-Óleo de linhaça e canola enriquecem a ração com ácidos graxos essenciais;
-Com o passar do tempo as exigências por proteínas diminuem, necessitando de balanceamento para metionina e as vezes lisina;
-Para frangos de corte é utilizada a EM (EM = EBalimento – EBexcretas) para cálculo de rações. EM = 3.200Kcal/Kg/dia.
-Geralmente utiliza-se rações com base de milho e farelo de soja que acabam por ser deficientes em metionina, a qual deve ser adicionada sinteticamente ou por glutenose de milho (rico em metionina mas pobre em lisina – produto caro);
-Utiliza-se enzimas Fitases para melhorar a absorção de fósforo de origem vegetal, acarretando em um menor impacto ambiental pelas excretas das aves;
-Pode-se ser liberal quanto ao cloreto de sódio, pois há uma margem grande entre os níveis de dieta, sendo o sódio excedente eliminado. O único problema é para animais criados sobre cama, pois irão ingerir mais água causando problemas de umidade nas camas. Teor de NaCl ideal: 0,3 a 0,4% da ração.
-As vitaminas são veiculadas na foram de premix;
-Proteína ideal: o balanceamento exato de aminoácidos é feito com base na lisina (aminoácido tomado como referência em qualquer espécie, mesmo a metionina sendo o aminoácido mais essencial no caso das aves);
-Aminoácidos semi-essenciais: são produzidos através de substrato limitado (Ex.: cistina e tirosina só podem ser produzidos a partir de metionina);
-Rações:
1-Ração Pré-Inicial:
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-Os animais têm dificuldade em digerir gordura saturada;
-Frangos jovens possuem maiores exigências nutricionais para desenvolvimento ósseo, muscular e sistema imune;
-Oferecida peletizada ou triturada que é mais eficiente que a farelada, mas possuem custos maiores;
-Necessitam altos níveis de PB (necessitam de grande produção de calor);
-Suplementação: aminoácido glicina;
-Cuidado com suplementação com sódio, pois altos teores induzem ao aumento da ingestão de água e comprometem a qualidade da cama (umidade);
*Peletização:
-Alimento triturado é submetido ao calor e umidade sob condições de pressão;
-Os pelets são resfriados rapidamente e secos com ar forçado;
-Tem-se um menor volume da dieta com maior digestibilidade dos nutrientes;
-Utiliza-se 2 a 3% de gordura vegetal (melaço em pó) que serve como aglutinante;
**Granulometria:
-Frangos de corte preferem partículas maiores, pois diminuem a velocidade de passagem pelo trato gastrointestinal que aumenta o peristaltismo e aumenta a utilização de nutrientes;
-Diâmetro: 0,7 a 0,9mm;
-Ingredientes para Formulação de Rações:
1-Milho:
-Alimento energético;
-Utilização: 65%;
2-Soja:
-Alimento protéico;
-Possui fatores antinutricionais: inibidores de proteases, lectinas (causam hemoaglutinação) e saponinas (causam ruptura eritrocitária e causam prejuízos a permeabilidade intestinal):
-Necessita de tratamento térmico para inibir estes fatores antinutricionais;
3-Triguilho:
-Os grãos são menores que os de trigo;
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-Utilização: 10 a 20% para ração inicial, 12 a 25% em ração de crescimento e 15 a 30% para rações de postura;
-Baixo custo e sem modificação do desempenho;
4-Sorgo:
-Utilização:
-Sorgo de alto tanino: menor desempenho, usa-se 15 a 30%;
-Sorgo de baixo tanino: substitui o milho como um todo (não passar de 50% de substituição), usa-se 30 a 65%;
-Pode-se utilizar Tanases que eliminam o tanino nas fezes;
5-Farelo de Canola:
-Substitui parcialmente o farelo de soja, porque possui treonina, glicina, valina e metionina (que o farelo de soja não possui);
-Cuidados: baixa energia (necessitando de correção com óleo de soja);
6-Dietas Vegetais:
-Farelo de soja possui alta concentração de potássio e isto aumenta o consumo de água;
-Necessita de suplementação com aminoácidos sintéticos;
-Dietas: são a base de milho e farelo de soja com utilização de sub-produtos (farinha de carne, vísceras e penas);
-Dietas somente vegetais: tem-se redução do nível protéico, necessitando adição de aminoácidos sintéticos para que se tenha um adequado balanceamento de nutrientes e consumo de água;
-Dietas vegetais possuem menor desempenho inicialmente (1 a 28 dias) e maior ganho e consumo de água posteriormente (22 a 42 dias);
7-Farinhas de Origem Animal:
-Asseguram vantagens nutricionais e econômicas;
-Tem-se dificuldade na padronização;
-Alimentação de Poedeiras:
-3 rações:
1-Ração Inicial:
-Utilizada desde o primeiro dia até 450g (10 a 12 semanas);
-Nível protéico: 18 a 19% de PB;
-Não tem-se adição de gordura vegetal;
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2-Ração de Crescimento:
-Utilizada do peso desejado até a maturidade;
-Nível protéico: 15 a 16% de PB;
3-Ração de Pré-Postura:
-Nível protéico: 16 a 18% de PB;
-2% de cálcio;
*Com o passar do tempo, tem-se a diminuição da exigências protéicas, NDT e fósforo. As exigências de cálcio aumentam;
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Referências Bibliográficas
Uso de Concentrados para Vacas Leiteiras – Med.Vet., D.Sc. Ivan Pedro de O. Gomes
Alimentação de Terneiras de Raças Leiteiras - Med.Vet., D.Sc. Ivan Pedro de O. Gomes
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