Alimentação Natural Para cães E Gatos
Dissertações: Alimentação Natural Para cães E Gatos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Teodorov • 1/10/2014 • 943 Palavras (4 Páginas) • 422 Visualizações
O interesse atual sobre novas alternativas alimentares para animais de estimação, particularmente cães e gatos, em relação às rações comerciais convencionais, teve inicio devido a um grande recall ocorrido nos Estados Unidos entre março e abril de 2007. Este incidente caracterizou-se pela contaminação de ração por melamina (um composto orgânico comumente produzido a partir da uréia), por meio de glúten de trigo contaminado importado da China. A partir de então, surgiu a preocupação em relação à segurança alimentar e saúde dos animais de companhia, sem, no entanto deixar de atender às necessidades nutricionais (SAAD; FRANÇA, 2010).
Assim, começaram a surgir no mercado tipos de dietas alternativas, entre estas se encontram as chamadas dietas naturais e as orgânicas. A dieta orgânica é aquela que utiliza alimentos oriundos ou processados através de um sistema orgânico de produção agropecuário e industrial. A produção de alimentos orgânicos é baseada em técnicas que dispensam o uso de insumos como pesticidas sintéticos, fertilizantes químicos, medicamentos veterinários, organismos geneticamente modificados, conservantes, aditivos e irradiação. (SAAD; FRANÇA, 2010; SOUSA et al., 2012)
2. REVISÂO DE LITERATURA
A dieta natural abrange os alimentos sem adição de produtos químicos e sem conservantes artificiais. Uma definição mais estrita seria a de “componentes dos alimentos para animais de estimação sem eventuais aditivos e que apenas tenham sido submetidos a um processamento (congelamento, concentração e pasteurização) para torná-los aptos para produção pet food e a manutenção do conteúdo de todos os nutrientes essenciais” (SAAD; FRANÇA, 2010).
Uma dieta natural, proposta por Billinghurst (1993), é comumente referida como dieta BARF, acróstico de “bone and raw food”, ou “biological aproprieted raw.” Esta utiliza alimentos crus. Além das dietas comerciais, é comum a fornecimento de dietas caseiras a base de alimentos crus ou cozidos, geralmente carnes. Menos de 30% dos proprietários utilizam uma receita específica para cães ou gatos e dessas receitas, 50% foram “encontradas” na Internet ou obtidas a partir de fontes não identificadas (CARCIOFI, 2008, FRANÇA, 2012).
A alimentação natural é composta por carnes frescas, grãos e uma vasta gama de frutas e legumes. Estes ingredientes são predominantemente frescos, congelados ou desidratados e a demanda por eles compete diretamente em preço com alimentos destinados ao consumo humano (CARCIOFI, 2008; SAAD; FRANÇA, 2010).
Formular uma dieta balanceada baseado em alimentos naturais crus encontra dificuldades como dados indisponíveis sobre a composição química de tais ingredientes. Normalmente, os formuladores se baseiam em tabelas com perfis nutricionais de alimentos para humanos, a exemplo da tabela de composição química dos alimentos (SAAD; FRANÇA, 2010).
Para cálculos de energia metabolizável alguns dados encontram-se disponíveis nas tabelas anteriormente citadas, mas na ausência das mesmas podem-se utilizar fórmulas com base na matéria seca e conteúdo de carboidratos, proteína e gorduras determinada em estudos em humanos e multiplicar pelas proporções respectivas para cada categoria de nutrientes que se encontram na dieta (SAAD; FRANÇA, 2010).
1.1. Vantagem da alimentação natural ou dos alimentos naturais.
Segundo Billinghurst (1993), uma dieta natural crua apresenta: altos valores de digestibilidade, níveis apropriados de sódio e potássio; equilíbrio em cálcio e fósforo; enzimas e probióticos; antioxidantes biologicamente apropriados e outros nutrientes protetores; nenhuma substância química artificial, como colorantes, condimentos ou preservativos; baixos níveis de carboidratos, baixos níveis de cloretos e de grãos; nenhum processamento por calor, responsável por perdas de nutrientes como vitaminas e desnaturação protéica, além da formação de produtos indisponíveis via reação de Maillard (SAAD; FRANÇA, 2010).
1.2.
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