Anemia FERROPRAVA
Projeto de pesquisa: Anemia FERROPRAVA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Pryscidr • 6/11/2014 • Projeto de pesquisa • 4.420 Palavras (18 Páginas) • 218 Visualizações
1- INTRODUÇÃO
O ferro é vital para a homeostase celular, sendo componente da hemoglobina e mioglobina e tem funções diversas como transporte de oxigênio, síntese de DNA e metabolismo energético. As perdas fisiológicas do ferro são observadas na descamação do epitélio intestinal, no suor e por perdas menstruais. No homem, a perda diária é cerca de 1 mg e na mulher, 2 mg de ferro. A absorção diária, regulada pela hepcidina e eritropoetina, repõe as perdas fisiológicas. Entretanto, quando o balanço entre o ferro perdido e absorvido é negativo, ocorre a deficiência de ferro5, que acarretará consequências para todo o organismo, sendo a anemia a manifestação mais relevante.
2- REVISÃO LITERÁRIA
2.1 ANEMIA FERROPRIVA
A anemia ferropriva é de etiologia multifatorial. As causas podem ser alimentares, absortivas, metabólicas ou distributivas, perdas ou aumento das necessidades fisiológicas. Apesar de apresentar ampla distribuição na população em geral e grande impacto clínico, os dados epidemiológicos a respeito das causas da anemia ainda são inconsistentes.
Conhecida como uma síndrome clínica, a anemia caracteriza-se pela diminuição na concentração de hemoglobina no sangue em consequência da carência de ferro ou de outros nutrientes essenciais. Os níveis de hemoglobina variam de acordo com a idade e o sexo. A anemia atinge 1,62 bilhões de pessoas, número este que corresponde a 24,8% da população mundial. A mais alta prevalência (cerca de 50% em alguns países) ocorre na população com idade pré-escolar e tem como principal causa a deficiência de ferro.
A anemia por deficiência de ferro é o distúrbio nutricional que continua persistindo como um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo. A anemia atinge principalmente os grupos mais vulneráveis à carência de ferro, que são as crianças e as gestantes, em função do aumento das necessidades desse mineral. A anemia ferropriva é a única carência de nutriente que é significativamente prevalente em praticamente todos os países, mas atinge principalmente os países em desenvolvimento.
Em sua fase mais avançada, a anemia está associada a sintomas clínicos como fraqueza, diminuição da capacidade respiratória e tontura. Pode prejudicar o desenvolvimento mental e psicomotor, causar aumento da morbimortalidade materna e infantil, além de diminuir o desempenho do indivíduo no trabalho e redução da resistência às infecções.
A prevenção da anemia deve ser feita com ações de educação nutricional, atenção básica, estratégias sanitárias, acesso a alimentos ricos em ferro e fortificados, incentivo ao aleitamento materno e suplementação profilática. Em 2005, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) como estratégia para o controle da anemia no Brasil. Esse programa preconiza a suplementação semanal com sulfato ferroso (25 mg de ferro) para lactentes de 6 a 18 meses de idade. Se a criança não estiver mais em aleitamento materno exclusivo, a suplementação deverá ser feita a partir do 4° mês até 18° mês de idade (AZEREDO et al., 2010; BRASIL, 2005). Para o sucesso do PNSF, é imprescindível que as famílias se sensibilizem da importância da suplementação e apresentem adesão à administração do sulfato ferroso para as crianças (AZEREDO et al., 2010; BRASIL, 2005; BORTOLINI; VITOLO, 2007).
2.2 IMPACTO DA ANEMIA FERROPRIVA NA INFÂNCIA
É muito comum, nos consultórios de Nutrição, encontrar mães com suas crianças a procura de ajuda para reverter o quadro de anemia. Demonstra se a importância de diagnosticar e iniciar o tratamento o mais breve possível, para que obtenha um resultado satisfatório, entender a respeito da anemia ferropriva e como combatê-la a partir dos cuidados com a alimentação.
Primeiramente é essencial compreender que existem vários tipos de anemia, que se define como: níveis de hemoglobina abaixo dos valores considerados normais devido á condições patológicas. Esta redução dos níveis da hemoglobina pode ser devido a diversos fatores como: infecções crônicas, problemas hereditários sanguíneos, carência de um ou mais nutrientes essenciais para a formação da hemoglobina,como por exemplo o ácido fólico, vit. B12, B6 e C e proteínas.
A anemia ferropriva também denominada como ferropênica é aquela caracterizada pela deficiência de ferro e pode estar associada com a subnutrição. Esta anemia pode se iniciar ainda no período de gestação, quando a futura mamãe não ingere quantidades suficientes de alimentos fonte de ferro e suas reservas já estão depletadas. Portanto, após o nascimento e durante o primeiro semestre de vida o aleitamento materno é capaz de suprir toda a necessidade de ferro que o bebê precisa nesta fase. Subsequente a este período incorpora se a alimentação complementar objetivando a suprir as necessidades. Entretanto, deve se nesta fase dedicar uma atenção especial porque as crianças correm maior risco de desenvolver a anemia, pois a alimentação oferecida é pobre neste mineral.
Além de uma dieta pobre em ferro outros múltiplos fatores interferem no quadro da anemia como a perda de ferro, a velocidade de crescimento da criança, as infecções parasitárias e a biodisponibilidade do ferro oferecido. O mineral apresenta-se nos alimentos de duas formas: heme e não-heme. (OLIVEIRA, 2005; PINHEIRO, 2008).
Causas Diretas Componentes em Ordem de Importância
Pobre, Insuficiente ou
Anormal Produção de
Hemoglobina Baixa ingestão alimentar e/ou absorção de ferro.
Baixa ingestão alimentar e/ou absorção de vitaminas (A, B12, Ácido Fólico, e possivelmente B6, C,e Riboflavina).
Necessidade aumentada de nutrientes em função de crescimento acelerado ou doenças (diarréia).
Outras doenças infecciosas (malária).
Doenças genéticas sanguíneas (talassemias).
Destruição Excessiva
da Hemoglobina Malária
Perda Excessiva de
Hemoglobina Infecções
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