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Antes Que A Natureza Morra

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Por:   •  2/12/2013  •  2.830 Palavras (12 Páginas)  •  303 Visualizações

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TRABALHO ANTES QUE A NATUREZA MORRA

Como começou?

São fenômenos naturais. mediante a vários fatores exemplos terremotos atreve da locomoção das placa plactônicas da uma olha mas detalhado neste testoO que aconteceu com o movimento ambiental?

Desde “Antes que Natureza Morra” de Jean Dorst a “Réquiem pela Natureza” de John Terborgh, transcorreram quase 40 anos. Os dois livros foram escritos por cientistas famosos e fizeram notícia, denunciando e especialmente demonstrando a destruição cada vez mais acelerada do entorno natural. Centenas de outros livros importantes foram publicados agregando informações e constatações, respaldando as conclusões destes e outros autores. Até que duas enormes reuniões mundiais, a de Estocolmo, em 1972, e a do Rio de Janeiro, em 1992, deram alguma esperança de que, finalmente, as evidências provocariam medidas concretas para se evitar os piores prognósticos. Da Comissão Brüntland e das promessas do desenvolvimento sustentável aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, sem esquecer as várias estratégias mundiais de conservação, a situação de hoje é muito pior que antes que Dorst escrevera sua obra.

Degradação e mentiras

Até os anos 1980s a luta pela conservação da natureza se anunciava difícil, mas parecia destinada a obter um sucesso razoável. Não obstante, foi precisamente em fins dos anos 1980s que começou o processo que levou à desesperançada situação atual onde, racionalmente, toda esperança de fazer conviver natureza e humanidade parece condenada ao fracasso. Nos últimos 20 anos registrou-se alguns progressos muito divulgados, como o controle dos gases que impactam a camada de ozônio e a tinta verde com a qual os bancos multilaterais, em especial o Banco Mundial, se pintaram. Mas, também, se esconderam incontáveis retrocessos.

O pior é que derrotas evidentes, como a destruição, em constante aumento, das florestas tropicais, tanto como das temperadas e frias; o esgotamento dos recursos marinhos, o incremento de quase todos os parâmetros de contaminação ambiental e a crescente escassez da preciosa água são todas dissimuladas e até apresentadas como triunfos nos meios de comunicação de massa. A perda de milhões de hectares de florestas a cada ano é contrastada com o anúncio do estabelecimento de novas unidades de conservação, ou com as promessas do manejo florestal sustentável e da certificação. A destruição dos recursos aquáticos é dissimulada como o aparente triunfo da aqüicultura. O aumento dos níveis gerais de contaminação é escondido atrás do sucesso de uma ou outra cidade para controlar um ou outro parâmetro de poluição ambiental e, a destruidora mineração, é elogiada pelos míseros paliativos com os quais compensa os danos que faz. Poucos sabem que, visto no seu conjunto, tudo é falso.

Com efeito, as unidades de conservação que de qualquer modo não substituem as florestas e outros ambientes naturais são, na sua maior parte, essencialmente figurativas, pois dentro de quase todas se pode fazer o mesmo que fora delas. Ademais, de qualquer modo, na sua maioria, não são implantadas por falta de recursos e, em especial, pouco se diz que quase na mesma proporção em que são criadas, outras são caladamente eliminadas ou têm seu status de proteção reduzido.

Tampouco se sabe que o tão promovido manejo florestal sustentável certificado em florestas tropicais apenas existe na imaginação de alguns burocratas e que, na verdade, já quase não ficam florestas naturais produtivas e que muitas florestas de zonas frias seguem o mesmo caminho por obra da corrupção dominante na Rússia. Poucos enxergam que as florestas das zonas temperadas da Europa, EUA e Austrália são ainda gradativamente consumidas pelo fogo ateado por especuladores fundiários. Não se diz que a salvadora aqüicultura que produz salmão com sabor ruim, assim como muitas espécies de mariscos sem cor e sem gosto, depende estreitamente da natureza e que ano após ano, as suas fontes, como os manguezais e corais, são mais exíguos.

Quando se fala da água existe mais precisão na denúncia, mesmo retórica, dos riscos de que ela se converta no recurso mais importante do futuro. Mas, assim mesmo, se dão falsas esperanças, como quando no Brasil fala-se da inesgotabilidade do Aqüífero Guarani que, na verdade, já está sendo destruído ou, pior ainda, do milagre verde que acontecerá no Nordeste quando forem desviadas para lá as já minguadas e sujas águas do rio São Francisco. Fazem-se elogios desbragados à qualidade ambiental da mineração em Carajás (PA) e em outras poucas grandes mineradoras, mas se evita cuidadosamente falar dos garimpos anárquicos e das inúmeras pequenas e médias empresas de mineração que destroem tudo a seu redor. A natureza morre, mas a população é induzida a acreditar que está sendo salva pela obra de governos responsáveis, organizações não governamentais poderosas e empresas privadas sérias, sem deixar entrever que essas são as exceções e não a regra.

Conspiração?

Parece existir uma conspiração mundial para transformar a realidade do que acontece com o meio ambiente em uma realidade virtual, completamente diferente da realidade real. Na primeira, anunciam triunfalmente novos programas “milionários” apenas para inglês ver, fazem eventos, distribuem prêmios e pronunciam discursos, muitos discursos e; na televisão se exibe hora após hora paisagens naturais idílicas, intermináveis cenas de felizes animais selvagens e se visitam as riquezas inesgotáveis das profundezas marinhas e, do mesmo modo, se passa revista aos inventos que salvaram o mundo natural.

Claro que não dá para esconder tudo e, com certa freqüência, também se menciona o efeito estufa e se mostram as geleiras derretendo e os ursos polares flutuando para o sul em ilhotas de gelo minguante. Mas a verdade completa não é dita. Pior ainda, em nome do meio ambiente constroem-se hidroelétricas, pois “a água é energia renovável”, hidrovias porque “o transporte

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