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As Bactérias E A Saúde Humana

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Por:   •  16/3/2014  •  2.559 Palavras (11 Páginas)  •  704 Visualizações

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As bactérias e a saúde humana.

Nome da doença: Botulismo

Agente causador: Bactéria Clostridium botulinum.

Forma de transmissão: A principal forma de adquirir a doença é através da ingestão de seus esporos. Estes são encontrados no solo, em produtos agrícolas, como mel e defumados; e em peixes e outros organismos marinhos. Além disso, alimentos enlatados, em vidros ou embalados a vácuo, conservas e embutidos, também são locais em que podem ser encontrados esses esporos, principalmente se preparados em condições de higiene precárias. Isso porque tais ambientes costumam ser pobres em oxigênio, sendo um bom local para a incidência deste bacilo anaeróbico.

Sintomas: A manifestação dos sintomas pode variar de algumas horas para pouco mais de uma semana após a ingestão dos esporos. Tontura, visão dupla, boca seca, aversão à luz, queda da pálpebra e dificuldade para urinar e evacuar são os principais. Dependendo da quantidade de esporos ingeridos, dificuldades de falar, engolir e se locomover podem se manifestar; assim como paralisia dos músculos respiratórios, o que muitas vezes é fatal. Além disso, há o risco do paciente desenvolver pneumonia, o que também pode levar a óbito.

Prevenção: Não adquirir nem ingerir alimentos cuja lata ou tampa se apresentem estufadas ou enferrujadas; Não adquirir nem ingerir alimentos cujo conteúdo líquido se apresente turvo; Não adquirir nem ingerir alimentos cujo vidro se apresente turvo; Só consumir mel de procedência conhecida; Ferver alimentos enlatados antes do consumo, principalmente o palmito, já que este é um dos alimentos mais relacionados aos casos de botulismo (a toxina é destruída à temperatura de 65 a 80º C por 30 minutos; ou à 100 º C por 5 minutos).

Nome da doença: Coléra

Agente causador: Bactéria Vibrio cholerae.

Forma de transmissão: Seu contágio se dá principalmente através da água e de alimentos contaminados pelo vibrião colérico, este, depois de ingerido, multiplica-se rapidamente no intestino delgado.

Sintomas: Os principais sintomas desta doença são diarreia, vômitos, dores abdominais e calafrios. Ela provoca uma enorme perda de água, que, consequentemente, gera desidratação intensa e risco de morte, principalmente em crianças.

Prevenção: Procurar adotar medidas que melhorem as condições de higiene dentro de casa e também no ambiente de trabalho; Não se esquecer de cuidados básicos da higiene pessoal como lavar as mãos após utilizar o banheiro; Lavar as frutas e verduras em água corrente e deixá-las de molho em água com limão (1 limão para cada litro) ou cloro (10 gotas para 1 litro de água); Ingerir somente água filtrada ou fervida; Evitar contato direto com água de enchentes e alagamentos, uma vez que, esta, pode trazer, além da cólera, outras enfermidades como a leptospirose, hepatite, etc.

Nome da doença: Coqueluche.

Agente causador: Bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis.

Forma de transmissão: O contágio se dá pelo contato direto com a pessoa infectada ou por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. A infecção pode ocorrer em qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as crianças menores de dois anos.

Sintomas: A doença evolui em três fases sucessivas. A fase catarral inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum.

Prevenção: As crianças são vacinadas sistematicamente contra a coqueluche. Em geral, a vacina contra coqueluche é combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a vacina DTP (difteria-tétano-pertússis). O antibiótico eritromicina é administrado como medida profilática às pessoas expostas à coqueluche.

Nome da doença: Difteria.

Agente causador: Toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae.

Forma de transmissão: Por gotinhas de saliva na tosse, espirro ou ao falar da pessoa doente ou do portador com pessoa suscetível ou por contato com a pele contaminada. Muitos dos portadores não têm sintomas e passam a bactéria adiante sem saber. A transmissão aumenta em épocas frias e de chuvas, quando as pessoas se aglomeram mais.

Sintomas: Dor e inflamação de garganta; Febre de 38 a 40°C; Dificuldade de respirar; Tosse; Cansaço; Catarro; Manchas vermelhas na pele; Dificuldade e dor ao engolir; Dor de cabeça; Náusea.

Prevenção: A prevenção, através de vacina, evita o surgimento da doença, que se tornou rara nos países com sistemas de vacinação eficientes. A vacina consiste na administração de toxoide, um análogo da toxina sem funções tóxicas. O sistema imunológico reage produzindo plasmócitos produtores de anticorpos contra o toxoide, e são geradas células de memória, que caso a doença surja no futuro se diferenciam rapidamente em inúmeros plasmócitos que destroem a toxina e o invasor antes que os sintomas e danos surjam.

O esquema básico de vacinação na infância brasileiro é feito com três doses da vacina tetravalente DTP+Hib (Difteria, tétano, coqueluche e meningite) aplicada nas nádegas ou na coxa. A primeira dose é oferecida à criança com dois meses de vida, a segunda com quatro meses e a terceira quando a criança completar seis meses. É essencial que o primeiro reforço seja feito com a DTP aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade para ser eficiente. Depois dessas doses o reforço deve ser tomado de 10 em 10 anos.

Nome da doença: Febre Tifoide.

Agente causador: Bactéria Salmonella typhi.

Forma de transmissão: Geralmente é transmitida através da ingestão de alimentos ou água contaminada ou então pelo contato direto com a saliva do portador em um espirro, beijo ou compartilhamento de talheres e copos.

Sintomas: Algumas pessoas são portadoras crônicas, mas assintomáticas da Salmonella, e podem transmiti-la nas fezes, o que dificulta o controle da doença.O período de incubação varia entre oito e 14 dias. Os sintomas começam leves, vão crescendo de intensidade nas três primeiras semanas depois do contágio e só começam a regredir

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