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Ações De Enfermagem Na Prevenção E Controle Das Infecções Hospitalares: Aspectos Fundamentais

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Por:   •  7/5/2013  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  1.367 Visualizações

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Ações de Enfermagem na Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares: Aspectos Fundamentais

Autora: Professora Emérita Diva Brandão Curriculo

Este curso aborda aspectos históricos das infecções hospitalares com definições e comentários afins, relaciona atividades e práticas inerentes às infecções e discute assuntos correlatos. Tem como objetivo geral estabelecer com o aluno formas teóricas de aprendizagem que interfiram em suas práticas, propiciando bom entendimento para suas atividades.

Objetivos específicos:

 Descrever conhecimentos relevantes e práticas específicas.

 Definir claramente o conteúdo para facilitar o aprendizado.

 Esclarecer conceitos próprios do material a ser estudado de forma simples.

 Aspectos históricos das Infecções hospitalares

OBJETIVOS

 Valorizar os aspectos históricos das infecções hospitalares para reflexão e aprimoramento das práticas em enfermagem.

Caro colega, este curso tem como propósito atualizar os profissionais de enfermagem sobre as práticas importantes no combate às infecções hospitalares.

Acreditamos que tudo que aqui será relatado não é de seu total desconhecimento. Portanto, esperamos que, por mais simples que seja a informação, ela tenha um lugar em sua reflexão e seu conhecimento, e, dessa forma, aprimore cada vez mais suas práticas diárias.

Você sabe que a infecção hospitalar, ainda, é uma preocupação constante nas instituições de saúde. No entanto, a enfermagem tem consciência da importância do seu papel no que tange à prevenção e ao controle da infecção hospitalar, por isso, é bom lembrar que o paciente hospitalizado, em geral, fica mais exposto à grande variedade de micro-organismos, num momento em que se encontra menos preparado para combatê-los. O estresse da doença e a internação hospitalar constituem por si fatores de desestabilização, acrescidos pela diminuição dos mecanismos de defesa, bem como do tratamento invasivo que compromete a integridade da pele. Esses fatores exigem atenção e compromisso redobrado de toda a equipe de saúde.

Vamos, então, à nossa primeira UE, que trata dos aspectos históricos das infecções hospitalares. Vamos recordar juntos?

Segundo Lacerda, Jouclas, Egry (1996), se considerarmos a infecção hospitalar como toda a infecção transmitida ou adquirida no espaço hospitalar, podemos mencionar que seu surgimento ocorreu no período medieval, época em que foram criadas as instituições concebidas como alojamento dos doentes ou não, peregrinos, pobres e inválidos.

A ocorrência das infecções hospitalares e suas práticas de controle têm uma estreita relação com a história. Assim, você sabe que as infecções hospitalares existem desde o surgimento dos hospitais. Não temos dados registrados, mas, além da alta prevalência de doenças epidêmicas como peste, febre tifoide e varíola, era também alta a incidência de infecções adquiridas na comunidade, agravadas pelas precárias condições de higiene da época.

Dessa forma, percebemos que essas instituições abrigavam os excluídos, e, por conseguinte, a disseminação de doenças infecciosas era promovida por essa condição. Nessa época, surgiram as epidemias de cólera e peste, por exemplo. No século XVIII, iniciou-se a transformação dessas instituições de abrigo em hospitais, como um local de assistência aos pobres, onde as pessoas eram internadas para cura, medicalização e morte. Somente na primeira metade do século XIX, a infecção hospitalar começou a ser mencionada pelos profissionais de saúde. Com referência aos estudos sobre a infecção hospitalar, alguns profissionais de saúde merecem destaque:

 O inglês James Young Simpson (1811-1870), professor de cirurgia da Universidade de Edimburg, observou, em 1830, o aumento na taxa de mortes pós-amputação, que ocorria justamente em pacientes internados. Empregou o termo “hospitalismo” para esse fato sempre que se referia aos riscos ligados à assistência hospitalar.

 O médico Ignaz Philip Semmelweis , em 1847, indicou a lavagem das mãos com “água clorada” para todo examinador, antes de tocar a mulher em trabalho de parto. Com essa medida, conseguiu reduzir, satisfatoriamente, a taxa de mortalidade de 22 para 3% em apenas 7 meses. Clique aqui para saber mais..

Caro colega, convém ressaltar que estamos em pleno século XXI e a lavagem das mãos já havia sido citada como medida de prevenção e controle na primeira metade do século XIX. Percebe o alto valor dessa prática?

Nesse contexto, a enfermagem participou ativamente quando, em 1856, a enfermeira Florence Nightingale padronizou os procedimentos de cuidados de enfermagem e focou a atenção nas questões de higiene e limpeza do hospital. Além disso, Florence apresentava sua preocupação com as doenças epidêmicas e com as infecções hospitalares e suas repercussões. Isso faz parte de nossa prática até hoje.

Outro destaque significativo foi de Joseph Lister, que publicou um trabalho importante em 1867: o resultado de suas experiências sobre assepsia e antissepsia e trouxe à luz o conceito de cirurgia asséptica. Esses resultados abriram uma nova fase na história da cirurgia – a chamada medicina antisséptica –, que reduziu consideravelmente a incidência das infecções cirúrgicas e pós-operatórias.

Apesar dos avanços históricos, alguns fatores contribuíram para a disseminação das infecções, entre eles: as enfermarias superlotadas e a permanência prolongada dos pacientes, além dos cuidados precários prestados a eles. Essa situação marcou a primeira metade do século XIX.

Em contraponto, na segunda metade do século XIX, citamos a incorporação de novos conhecimentos como assepsia, antissepsia, desinfecção, esterilização e antibioticoterapia. No entanto, estes foram incorporados à prática hospitalar somente no início do século XX, com o advento dos antibióticos.

Em 1928, o cientista Alexander Fleming descobriu a penicilina, mas somente em 1939 – com a eclosão da Segunda Guerra Mundial –, dois cientistas, Howard Florey e Ernst Chain, retomaram as pesquisas e conseguiram reproduzir penicilina em escala industrial. Assim, iniciava-se uma nova fase para a medicina – a era dos antibióticos.

Na década de 1950, houve um significativo aumento das infecções hospitalares com o surgimento de cepas de Staphylococcus resistentes

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