Broncopneumonia em recem nascido
Por: Valter Junior • 2/5/2016 • Artigo • 867 Palavras (4 Páginas) • 1.958 Visualizações
BRONCOPNEUMONIA EM RECÉM – NASCIDO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO
Dentre as várias patologias que acometem o recém-nascido, as pneumonias e as broncopneumonias apresentam uma das mais importantes causa mortis do grupo pediátrico, pela freqüência com que acometem as crianças e pela gravidade que as acompanham. Segundo dados estatísticos, são elas a terceira causa de mortalidade infantil no Brasil.
DEFINIÇÃO
São processos infecciosos dos pulmões, geralmente agudos, comprometendo alvéolos, bronquíolos, brônquios e espaço intersticial, que adquirem características diferentes conforme o agente etiológico, idade do paciente, doença de base, estado nutricional e imunitário.
CLASSIFICAÇÃO
1. Pneumonia intra-uterina: infecção adquirida através de aspiração de mecônio para árvore brônquica:
- Infecção ascendente e
- Infecção transplacentária
2. Pneumonia adquirida no período perinatal e pós-natal: infecção neonatal do pulmão, adquirida no berçário devido à:
- Aspiração de alimentos ou conteúdo gástrico;
- Secundária à septicemia através do coto do cordão umbilical ou lesão da circuncisão que são sítios primários freqüentes de infecção purulenta;
- Infecções aéreas ou de contato: infecções quase sempre trazidas pelos manipuladores de outras crianças com infecções de pele tais como: pústulas estafilocócicas ou impetigo neonatal, causado por estreptococos. Podem ser:
Bacteriana, Virótica, Micótica ou Protozoários e
pneumonia por Pneumocystis carinii.
3. Pneumonia associada com equipamento respiratório: ocorre nas crianças que são mantidas por muito tempo em respiradores ou outras técnicas tais como: técnica prolongada; intubação endotraqueal. Exemplo: pneumonias crônicas secundárias, causadas por pseudomonas.
ETIOLOGIA
As broncopneumonias podem ser adquiridas antes do trabalho de parto, isto é, intra-útero, no curso do trabalho de parto, no momento do nascimento e após o nascimento.
Os agentes causais nas pneumonias do grupo I mais freqüentes são aqueles que habitam o trato genital materno: estreptococos do grupo B e bactérias gram-negativas, predominando a E.Coli.
Nas pneumonias do grupo II os germes mais freqüentes são Staphylococcus aureus e bactérias gram-negativas de origem hospitalar, tais como: Pseudomonas, Klebsiella e E. Coli. Entre os vírus, predominam os vírus sincicial respiratório, influenza e parainfluenza.
Fatores Individuais – Os RN prematuros são mais vulneráveis as pneumonias do tipo aspirativo.
Os RN imunodeprimidos são susceptíveis ao Pneumocystis carinii.
Acidentes obstétricos e partos prolongados.
Fatores Ambientais – Agentes infecciosos nas narinas e pele de adultos e funcionário de berçário.
QUATRO CLÍNICO
- Inicio de infecção de vias aéreas superiores;
- Febre alta tosse seca, no inicio e depois produtiva;
- Dispnéia progressiva, sinais de toxemia;
- Agitação ou prostração intensa, anorexia;
- Vômitos, diarréia e desidratação.
EXAME FÍSICO
- Apresenta-se pálida, com dificuldade respiratória;
- Agitada, prostrada com cianose, toxemiada;
- Tiragem intercostal e diafragmática, batimento de asa de nariz;
- Taquipnéia com gemido respiratório constante;
- Estertores, crepitantes e subcrepitantes.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico no RN é muito difícil, é baseado no quadro clinico e confirmado pelo exame radiológico e laboratorial. Culturas de Secreções, Hemoculturas e Punções pulmonares para cultura.
TRATAMENTO
O RN tem características fisiológicas, anatômicas e clinicas especiais, que necessitam de uma equipe interdisciplinar e técnicas aprimoradas.
- Oxigenoterapia por capuz de O2, Oxitenta com O2 úmido,
Cateter Nasal.
- nos casos mais graves, trata-se a insuficiência respiratória através de aparelhos com ventilação mecânica;
- antitérmicos, no caso de hipertermia;
- sedativos, para diminuir o desconforto respiratório;
- antibioticoterapia;
- fluidoterápicos inalatórios, via oral ou mesmo fluidoterápicos parenterais;
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