COMPLICAÇÕES DO ABORTO CAUSADAS NA SAÚDE DAS MULHERES
Projeto de pesquisa: COMPLICAÇÕES DO ABORTO CAUSADAS NA SAÚDE DAS MULHERES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: limaafonnso • 12/11/2014 • Projeto de pesquisa • 1.577 Palavras (7 Páginas) • 403 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências da Saúde
Curso de Graduação de Enfermagem
CARINA M. DE MATOS
AS COMPLICAÇÕES DO ABORTO PROVOCADO NA SAÚDE DA MULHER
SÃO PAULO
2012
UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências da Saúde
Curso de Graduação de Enfermagem
CARINA M. DE MATOS
AS COMPLICAÇÕES DO ABORTO PROVOCADO NA SAÚDE DA MULHER
Trabalho apresentado como exigência da disciplina de Projeto Técnico-ciêntifico Interdiscilinar do Curso de Enfermagem do Instituto de Ciências de Saúde da Universidade Paulista.
Orientadora: Profª. Carolina M. Miranda Rolim
SÃO PAULO
2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. JUSTIFICATIVA 7
3. OBJETIVO................................................................................................................ 8
4. METODOLOGIA 9
CRONOGRAMA 10
ORÇAMENTO 11
REFERÊNCIAS 12
1 INTRODUÇÃO
Ao decidir falar sobre o aborto provocado saberia que seria um tema polêmico diante da sociedade em que vivemos pois, a mulher da sociedade moderna tem uma nova definição referente ao direito sobre o seu corpo e assim decidem o fato da reprodução feminina relacionada se querem ou não ter o filho1.
É fundamental que se discuta alguns conceitos sobre o ato de provocar o aborto: o conceito a respeito de quando a vida se inicia, quando o embrião ou feto começa a ser considerado uma vida e
quando passa a ter direito como pessoa humana.Segundo a ciência,após a fecundação do esperma no ovulo ,esse período se limita especificamente ao desenvolvimento do embrião e, no argumento do pensamento religioso, o momento da concepção é aquele em que a alma penetra no individuo1.
Focando na explicação biológica da vida fetal estudando os estágios da gestação, a formação do tubo neural acontece por volta de 12 semanas gestacional e com base nisso, tem quem defenda o aborto nesse período, amenizando o ato cometido alegando que o feto não sofre nada1.
A decisão da mulher para fazer o aborto acontece em um processo doloroso, com muitos conflitos pessoais e a mulher acaba decidindo sozinha e na clandestinidade1. Além disso, muitas vezes ocorre pelo desconhecimento da mulher dos métodos de se evitar a gravidez, da falta de educação sexual efetiva e paternidade “irresponsável” e, ela passa por inúmeros conflitos desde já como: a crise com o parceiro, familiares, social (moral), em que se coloca em uma posição de criminosa2.
Todo aborto oferece risco, as complicações que podem apresentar á saúde da mulher são: hemorragia, infecção, perfuração uterina, esterilidade, laceração cervical, culpa, depressão e morte materna2.
De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi registrado que ocorra no mundo cerca de 70 mil mortes de mulheres devido as complicações do aborto. No Brasil, representa a quarta causa de morte materna e, pelas estimativas do
DATASUS/MS, ocorrem no país de 1 a 1,2 milhões de abortamentos ao ano.Isso constitui a quinta causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS),e são responsáveis por 9,0% das mortes maternas e 25,0% das esterilidades são por causa da perda da tuba uterina2.
Na questão em foco que é a saúde da mulher, a discussão do aborto para alguns estudos apontam que, após o abortamento, as mulheres tem mais possibilidades de desenvolverem depressão ou transtorno do estresse pós-traumático, principalmente aquelas que relatam violência física, emocional ou abuso sexual. Com isso, foi possível constatar que as mulheres que cometeram aborto na primeira gravidez apresentaram risco de depressão 65% maior em comparação das mulheres que assumiram a gravidez até o nascimento.Especificamente estudos comprovaram que mulheres na faixa-etária antes de 25 anos que cometeram aborto pelo menos uma vez o índice foi em 15% e, apresentaram sequelas de depressão, ansiedade, pensamentos suicidas e uso de drogas3.
Em nosso país, a lei só permite o abortamento nos casos de estupro e na possibilidade de morte materna e, em caso de anomalia fetal letal precisa da autorização judicial para que o aborto seja legal4.
No momento em que a gestação é interrompida, fazer escolhas(levar a gravidez até o fim ou interromper definitivamente), a perspectiva de futuro é inevitável e confronta a mulher com o sentimento de um vazio(mesmo que momentâneo), com a perda e com a morte3.
O abortamento induzido sem
dúvida alguma é um fenômeno social dos mais complexos, sob opiniões que se diferem, em diversos ambitos como ético, emocional, cultural, e religioso.O aborto induzido em primeiro momento pode ser um alívio para a mulher mas, com o tempo traz consigo consequências negativas para as mulheres e suas famílias, interfere no sistema de saúde pública e também na própria produtividade econômica 4.
“Ao refletir sobre a existência ética, CHAUÍ (1997) utiliza o conflito vivido por uma mulher que deve decidir se pode ou se deve induzir um abortamento e põe a prova o senso moral e a consciência moral da pessoa, a qualificação do bem e do mal, do permitido e do proibido, do correto e do incorreto” 5-6.Somos todos educados dentro desse padrão de sociedade ética.
Quando GEBARA(1993) afirma que, a mulher ao decidir voluntariamente interromper a gravidez indesejada, praticando o aborto “é sempre uma opção traumática, jamais um caminho de alegria...”5-7.
Diante tudo que foi dissertado acima, a mulher passa realmente por muitas instabilidades
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