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Candidíase

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Por:   •  21/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.191 Palavras (9 Páginas)  •  742 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A candidíase é uma doença causada pelo fungo Candida albicans e que ataca qualquer parte da pele humana. Ela assume particular importância clínica em infecções da boca (candidíase oral), sendo chamada popularmente de sapinho (nesse caso não se trata de DST), em torno dos olhos (candidíase ocular) e mucosa vaginal benignas (candidíase vaginal), e em infecções sistêmicas malignas em doentes com SIDA/AIDS. As cândidas são leveduras ovais com cerca de 5 micrômetros que se multiplicam sexuadamente e assexuadamente por gemulação. Por vezes existem simultaneamente formas de micéliostípicos com hifas, ou pseudomicélios, que são formas coloniais sem hifas verdadeiras. A Candida albicans é o patógeno da espécie mais frequente, causando mais de dois terços das infecções, mas outros como Candida tropicalis, Candida kefyr, Candida glabrata ou Candida parapsilosis também são responsáveis por casos de candidíase. Cabe ressaltar que a C. albicans faz parte da microbiota normal da vagina. Sua proliferação é que está normalmente relacionado com a manifestação da candidíase vaginal. A candidíase pode ser manifestada por imunidade baixa, isto é, baixa defesa do organismo; podendo estar relacionada ao estresse, e a doenças como diabetes e Lúpus eritematoso sistêmico.

HISTÓRIA

Desde meados do século XIX, a candida albicans com diversos nomes, foi descrita como agente causador do “sapinho” ou “muguet”, em crianças, observando-se a língua e a mucosa bucal com lesões ou totalmente recobertas por membrana branca- acinzentada. Posteriormente, a doença foi observada causando processos ungueais, cutâneos pulmonares vaginais e sistêmicos. Até o começo do século XX a doença tinha sido observada e descrita numerosas vezes sob várias formas. Durante a primeira metade do século XX foi observada nos animais domésticos, causando enfermidades similares ao sapinho humano e doenças internas em bovinos, ovinos, suínos, cães e gatos. Hoje é bastante conhecida nos mamíferos domésticos, ao que parece tendo sua apresentação sido estimulada pelo uso dos antibióticos em rações e em tratamentos sem que, entretanto seja doença frequente.

ETIOLOGIA

C.albicans é levedura com células desde quase esféricas até ovaladas longas, fortemente gran positiva e revelável histoquimicamente pelo PAS e por outros métodos para polissacarídeos. Em ágar sabourand e ágar sangue cresce de 24 a 48 hs a 37 º C sob forma de colônias branco marmórea, úmidas , circulares, convexas. Em meio de levine, produz colônias rosas sem brilhos , circulares e convexas. Formas leveduriformes, pseudohifas, hifas verdadeiras. As hifas verdadeiras se formam a partir de células leveduriforme por formação de tubo germinativo. Apesar de números estímulos para a transformação de a levedura hifa verdadeira serem conhecidos a morfogênese da C.albicans não é bem conhecida. Um estímulo inquestionável é o soro normal. Após 90 minutos no soro a 37 º C, a C.albicans inicia a formação de hifas verdadeiras. Esta reação se manifesta pelo aparecimento do tubo germinativo que se alonga tendo como medida: a largura tem metade da célula leveduriforme que o formou e o comprimento é mais ou menos 20 vezes maior do que o da célula leveduriforme. Os tubos germinativos são diferentes das peseudohifas e são formados somente por C.albicans e C. estelatoidea. C. albicans forma clamidósporos característicos nos meios de cultivo. Ambas, hifas verdadeiras e pseudohifas podem reverter ao estado de célula leveduriforme, e a 3 formas podem ser vista nos cultivos e nos tecidos parasitados. A C. albicans possui 2 sorotipos A e B . O soro tipo A é mais comumente encontrado nas infecções e mais suceptível a ação da flucytocina.

EPIDEMIOLOGIA

Das condições pré disponentes a infecções por cândida são: Idade: Acomete animais muito jovens ou muito velhos, principalmente traumas ;traumas : maceração, queimaduras, feridas , outras infecções hematológicas : himunodeficiência celular, enfermidades granulomatosas crônicas, anemia aplástica, agranulocitose, linfomas, leucemias; endócrinas : diabetes, hipoparatireoidismo ; iatrogênicas : himunosupressão, transplantes de órgãos, pós operatório , vacinações hiperalimentação, outras causas : Tumores malígnos, má nutrição , má absorção, timoma, hereditariedade .Epidemiologia de candidemia no Brasil:

• Incidência 2x mais alta que no hemisfério Norte

• Predomínio de espécies não-albicans

• C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis respondem por ~90% dos casos

• C. glabrata e C. krusei infreqüentes (<5%)

• Resistência rara.

Categorias Clínicas

Cutânea: intertrigo, paroníquia, onicomicose

Mulcocutânea: boqueira, sapinho e doença perianal

Crônica: candidíase mucocutânea, doença granolomatosa

Sistêmica: fungemia, endocardite, infecção pulmonar, infecção das vias urinárias, meningite e endoftalmite.

Condições preliminares

Causas variáveis, principalmente mecânicas (por exemplo, traumatismo, oclusão); antibioticoterapia de amplo espectro; anticoncepcionais orais.

AIDS: avitaminose, gravidez.

Defeito dos lifócitos T e macrófagos

Várias condições que resultam em imunossupressão ( por exemplo, endocrinopatia, diabetes melito, queimaduras; cateteres intravasculares; abuso de drogas intravenosas.

Morfologia

Com apenas uma exceção, uma notável característica morfológica das leveduras do gênero candida conciste na sua multiplicação ao formar blastósporos, pseudo-hifas e hifas septadas. A candida glabrata, uma levedura implicada em infecções das vias urinárias e no desenvolvimento de doençãs sistémicas em indivíduos debilitados, é a exceção, uma vez que só produz células leveduriformes.

Leveduras do gênero Candida são fungos que ocorrem em todo o mundo, seja no solo ou em plantas vivas ou mortas. São saprófitas, ou seja, convivem normalmente com o ser humano saudável em locais como a vagina, a boca e a pele. São encontrados na saliva de 30-60% de indivíduos sadios.

Taxonomia: Raino Fungi; Divisão Eumicota; Filo Deuteromicota;

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