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Casos Da Medicina Que Podem Aparecer No Vestibular

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Por:   •  1/2/2015  •  Tese  •  1.628 Palavras (7 Páginas)  •  247 Visualizações

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ACONTECIMENTOS DA MEDICINA QUE PODEM APARECER NO VESTIBULAR

Criança selecionada geneticamente doa medula e cura doença da irmã

Maria Clara passou por processo para evitar que tivesse talassemia. Doença genética é tratada com transplante de medula óssea.

A primeira criança brasileira gerada a partir de um zigoto selecionado para ser livre de doença genética e ter compatibilidade de transplante acaba de fazer uma doação que deve salvar a vida de sua irmã. Maria Clara foi escolhida quando ainda era um zigoto, de modo que nascesse sem a mesma doença da irmã Maria Vitória e pudesse ajudá-la a viver.

Maria Vitória, a irmã mais velha, de 6 anos, tinha “talassemia maior”. A doença fazia com que seus glóbulos vermelhos fossem mais fracos e a deixava anêmica – para isso, recebia transfusões de sangue a cada 20 dias, aproximadamente. A única solução definitiva para a doença seria o transplante de medula óssea, onde os glóbulos vermelhos são produzidos.

Foi onde Maria Clara entrou na história. Por ser irmã, ela poderia fornecer uma medula compatível com a de Maria Vitória para o transplante, o que curaria a irmã.

A seleção genética foi necessária porque a talassemia é uma doença hereditária, ou seja, os pais das meninas possuem os genes que causariam esse mal. Assim, seria bastante provável que a segunda filha também tivesse a doença, o que não aconteceu porque a seleção foi feita.

De dez zigotos separados na clínica Fertility, oito dariam origem a bebês doentes e foram descartados; os outros dois foram colocados no útero da mãe, sendo que um deles se perdeu e o outro deu origem à gestação de Maria Clara.

O transplante em si

Antes de passar pelo transplante, Maria Vitória precisou passar pela quimioterapia. O tratamento é normalmente usado para pacientes com câncer, mas, neste caso, tinha o objetivo de destruir a medula óssea defeituosa da menina – a talassemia não tem nenhuma relação com o câncer. Efeitos colaterais conhecidos, como a queda de cabelo, também ocorreram.

Para fazer o transplante, os médicos usaram células retiradas do cordão umbilical de Maria Clara, assim como a medula óssea da irmã mais nova. O ideal seria usar só as células do cordão umbilical, que têm menor risco de rejeição, mas nem sempre é possível usar apenas essas células, porque a quantidade é pequena. Por isso, os médicos muitas vezes usam também a medula do doador, como aconteceu neste caso.

Foi a necessidade da doação de medula que fez com que o transplante demorasse tanto a ser feito. Maria Clara nasceu em 11 de fevereiro de 2012, mas o material não pode ser retirado de uma doadora tão pequena. O transplante só foi feito em 27 de março de 2013.

Até agora, mais de 20 dias depois da operação, a equipe do médico Vanderson Rocha, coordenador de Transplante de Medula Óssea do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, não registrou nenhuma complicação, tanto que há previsão de alta para Maria Vitória neste fim de semana.

“Cura mesmo, a gente tem que esperar alguns meses”, ressaltou Rocha. “Pode ocorrer ainda uma rejeição, mas isso é pouquíssimo provável”, completou, otimista.

O médico responsável pela operação disse ainda que, embora o fígado de Maria Vitória já tivesse apresentado uma pequena lesão provocada pela doença, ela não deve ter sequelas. “Foi um bom momento para fazer a operação, ela não corre riscos no futuro”, afirmou.

A rejeição do corpo à medula óssea – ou vice-versa – é a maior preocupação dos médicos quando um transplante é feito, pois essa reação pode até levar à morte. Por isso, geralmente é dada preferência a um parente como doador, pois a compatibilidade é maior.

Existe uma outra técnica, em fase experimental, que dispensa o doador e já obteve sucesso em alguns pacientes, chamada “terapia gênica”. A medula óssea do paciente é retirada, seus genes são modificados para corrigir a falha na produção dos glóbulos vermelhos, e então essa medula é injetada de volta no corpo.

MINHAS OBSERVAÇÕES:

A Talassemia é condicionada pelo gene T, e é caracterizada pela má formação das hemácias, prejudicando o transporte eficiente de oxigênio.Se o individuo for TT , é talassemico major, sendo que sua morte está prevista para a adolescência (era o caso de Maria Vitória). Se o individuo for Tt, ele é talassemico minor, sofrendo com uma leve e constante anemia que não compromete sua vida ( esse é o caso dos pais de Maria Vitória).O individuo tt é normal.

Fazendo o cruzamento genotipico dos pais de Maria Vitória, temos:

Mãe: Tt X Pai:Tt

Assim, os genótipos possíveis dos filhos do casal são: TT ( Caso de Maria Vitória); Tt, Tt , e tt. Como podemos observar, a chance de nascimento de uma criança talassemica major (1/4) é a mesma chance de nascimento de uma criança normal. Dessa, forma o risco de que outro filho do casal nascesse doente era muito grande, por isso se fez necessária a seleção genética para dar origem a Maria Clara. Foram selecionados embriões de genótipo tt para dar origem ao bebê, para que este pudesse doar uma medula saudável para a irmã.

Casos de Dengue congênita

Rara, a dengue neonatal – quando o bebê pega a doença da mãe durante a gestação – teve o segundo caso confirmado no Estado do Rio. De acordo com a Secretaria de Saúde de Campos, uma criança nascida há 37 dias apresentou sintomas da infecção, que foi comprovada por exames. O bebê passa bem. A primeira ocorrência do problema foi registrada em 2008, em Angra dos Reis. A dengue neonatal ocorre em recém-nascidos cuja mãe pegou a doença de uma a duas semanas antes do parto. Embora a situação assuste, na maioria dos casos, os bebês se recuperam plenamente e sem sequelas.

Segundo o infectologista Edimilson Migowski, diretor do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ, os sintomas da dengue neonatal são febre, pontos avermelhados na pele, irritabilidade e queda do número de plaquetas no sangue. Em ocorrências graves, pode haver hemorragias, lesões no fígado e encefalite.

- Se o parto ocorre até dez dias depois da infecção da

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