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Causas da síndrome de Parkinsonismo

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Por:   •  5/11/2013  •  Tese  •  1.122 Palavras (5 Páginas)  •  329 Visualizações

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Causas da síndrome Parkinsoniana

A ETIOLOGIA DA DOENÇA DE PARKINSON

A causa da morte neuronal na doença Parkinson ainda é desconhecida apesar de todos os recentes avanços da pesquisa nessa área. Propõe-se como uma hipótese geral, que a doença seja resultado da interação entre fatores genéticos que predispõem o indivíduo a desenvolver a doença e fatores ambientais que desencadeariam o processo neurodegenerativo. Esses dois fatores principais estariam ainda ligados ao processo de envelhecimento, que seria o terceiro fator determinante para o aparecimento da doença.

Aspectos genéticos da doença

A história familiar positiva é um fator que eleva o risco para o desenvolvimento da doença. Apesar de que há muito tempo se descrevia a existência de algumas famílias com grande concentração de casos de parkinsonismo, a grande maioria dos casos não tem história familiar positiva, ou o número de parentes afetados é muito pequeno.

Os avanços recentes nas técnicas de genética molecular permitiram que se iniciasse a busca por genes associados com a doença de Parkinson. Em 1997 , foi identificado numa família greco-italiana o primeiro gene mutado responsável pelo aparecimento de um de tipo de parkinsonismo familiar com herança autossômica dominante que foi designado PARK1. A mutação ocorria no gene da alfa-sinucleina. Pouco tempo depois foi identificado o PARK2, que á a mutação no gene da parkina, responsável pelo aparecimento de um parkinsonismo juvenil ou precoce com herança autossômica recessiva. Nesse momento, a lista de genes associados a casos de parkinsonismo familiar chegou ao PARK15. Entretanto, apenas as mutações nos genes da UCHL-1 (PARK5), DJ1(PARK7) e LRRK2 (PARK 8) já foram identificadas. Essas formas de parkinsonismo.

Fatores ambientais

Estudos epidemiológicos mostram que a ingestão de água de poço ou nascente e a exposição a agrotóxicos são fatores de risco para o desenvolvimento da doença de Parkinson. O hábito do fumo e do consumo de café por outro lado são fatores protetores contra o desenvolvimento da doença.

Há cerca de 30 anos atrás, foi descoberto que uma toxina denominada MPTP seria capaz de produzir um quadro de parkinsonismo, se inalada ou injetada sistemicamente em pequenas quantidades. Isso levou a uma corrida para identificar potenciais substâncias “MPTP-like” presentes no meio ambiente, que poderiam causar a doença. Até esse momento, nenhuma toxina específica pôde ser encontrada. Mas verificou-se que alguns agrotóxicos que têm alguma semelhança estrutural com essa molécula podem desencadear lesão das células da SNc. Enfim, muitos acreditam que várias substâncias endógenas e exógenas com capacidade potencial para induzir lesão nas células neuronais possam desencadear o processo neurodegenerativo em indivíduos propensos geneticamente.

Os mecanismos moleculares de morte neuronal

O processo neurodegenerativo na doença de Parkinson é progressivo. Hoje somos capazes de identificar em modelos experimentais e nos pacientes, evidências para os desajustes moleculares que acompanham a doença e que provavelmente levam à morte neuronal. Atualmente, alguns deles recebem maior destaque. Há evidências mostrando que ocorre um estresse oxidativo com a formação excessiva de radicais livres na SNc. Os mecanismos que levariam a isso seriam a redução da atividade de moléculas “lixeiras” que retiram radicais livres do meio celular, problemas na produção de energia mitocondrial e acúmulo local de Ferro. Também se suspeita que na doença de Parkinson ocorram problemas no sistema ubiquitina-proteossoma. Esse sistema é responsável por marcar as proteínas intracelulares com conformação alterada e degradá-las. Isso explicaria, por exemplo, a deposição de proteínas anormais no corpúsculo de Lewy. A produção dessas inclusões poderia ser a responsável por dessaranjos no funcionamento celular.

Todos esses desajustes e outros não descritos nesse texto formam um enorme mosaico de anormalidades. Entretanto, não sabemosainda qual deles é o mais importante, nem qual desses problemas desencadeia o processo inicial de morte neuronal. Por isso, ainda é difícil prever o sucesso de alguma terapia voltada para o objetivo de corrigir as anormalidades celulares e retardar ou prevenir a morte neuronal.

A EVOLUÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson é uma doença progressiva que provoca um comprometimento gradual da capacidade funcional do paciente, inicialmente por causa dos problemas motores e mais tarde por causa dos outros problemas não-motores também.

Quando ainda não existia um tratamento sintomático eficiente para a doença, os pacientes tinham uma expectativa de vida muito menor que os indivíduos normais. Isso ocorria pelas limitações físicas impostas pelos sintomas motores e pelas complicações que advinham da imobilidade, como as infecções respiratórias. O grau

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