Cetoacidose Diabética
Artigos Científicos: Cetoacidose Diabética. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucianort • 21/8/2014 • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 482 Visualizações
Cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação que ameaça a vida de pacientes com diabetes mellitus. Quando a glicose não consegue ser utilizada como fonte de energia, ou seja, uma deficiência absoluta ou relativa na produção de insulina pelo pâncreas, associada a intervenção de outro hormônio, especialmente glucagon, seguido de catecolaminas,
nesse caso o corpo busca outras formas de conseguir manter-se em funcionamento. A partir do metabolismo de proteínas e de lipídios para disponibilizar energia, é possível formar substâncias chamadas de corpos cetônicos, que são ácidos fracos. Quando o metabolismo de proteínas e lipídios é intenso e a formação de corpos cetônicos também, o sangue tenderá a ficar mais ácido que o normal, caracterizando a cetoacidose diabética. A CAD é causada por uma ausência ou quantidade inadequada de insulina que resulta em distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios.
A CAD está mais associada a diabetes tipo 1 em caso de grandes estresses pode se relacionar tbm a DM tipo 2
Mais comuns em jovens e em mulheres, nos EUA de 1000 pacientes com DM 4 a 8% apresentam quadros de CAD
Alterações metabolica
A insulina é produzida em maior quantidade quando uma alta carga de glicose
encontra-se na corrente sanguínea. Sendo assim, esse hormônio diminui a produção hepática de
glicose, inibindo a glicogenólise e a gliconeogênese; e aumenta a captação de glicose pelos
tecidos periféricos, em especial fibras musculares esqueléticas e adipócitos. Quando a insulina
está em níveis baixos, as células α das ilhotas de Langerhans são estimuladas a produzir
glucagon, hormônio de efeitos contrários aos efeitos da insulina. Quando existe deficiência ou
resistência à insulina, ocorrerá hiperglicemia em função do aumento direto dos níveis séricos de
glicose, além de gliconeogênese hepática e renal e glicogénolise. Há contribuição com o aumento
dos níveis séricos de glucagon.
A deficiente secreção de insulina aumenta a gliconeogênese, glicogenólise e diminui a
utilização periférica de glicose. A gliconeogênese hepática e renal compreende o mecanismo de
maior importância na patogênese dos quadros hiperglicêmicos. O funcionamento deste
mecanismo envolve o aumento da atividade de algumas enzimas, incluindo PEPCK, frutose-1,6-
bifosfatase, piruvato-carboxilase, e glicose-6-fosfatase. Alanina e glutamina são liberados ao
organismo pelo aumento da proteólise e diminuição da síntese protéica. Além desses precursores
à gliconeogênese, lactato é liberado pela glicogenólise muscular e glicerol pelo aumento da
lipólise.
Ao contrário da deficiência secretora das células β das ilhotas de Langerhans,
causando diminuição ou ausência da secreção de insulina; não há evidências do defeito das
células α, produtoras de glucagon, em pacientes diabéticos, já que estas células, quando
estimuladas com arginina, respondem com produção do hormônio. O excesso de glucagon pode
contribuir para o desenvolvimento de CAD, mas não é essencial, visto que pacientes que
passaram por pancreatectomia total podem desenvolver CAD apenas com a eliminação do
tratamento com insulina. Além desses fatores, o aumento de catecolaminas e cortisol podem
contribuir para o desenvolvimento de CAD, visto que aumentam os níveis de glicose e cetoácidos.
DAC e EHH podem ser precipitados por estresse, que eleva níveis secretórios de
glucagon, catecolaminas e cortisol. Infecções compreendem o principal fator precipitante,
ocorrendo em 30-60% dos pacientes. Pneumonia (principalmente gram negativos) e infecções do
trato urinário são as mais comuns, seguidas de gastroenterite e sepse. Outros tipos de estresse
incluem pancreatite, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar, trauma, e
abuso de álcool e drogas (cocaína, em especial). Além disso, drogas que afetam o metabolismo
dos carboidratos, como corticóides, tiazídicos, agentes simpatomiméticos e pentamina podem
também precipitar o desenvolvimento de CAD e EHH. Alterações de humor e doenças
psiquiátricas também podem ser consideradas fator desencadeante. Grande problema que afeta
pacientes diabéticos é a omissão do uso correto de insulina exógena. Fator importante no
desenvolvimento de crises hiperglicêmicas, o paciente, algumas vezes, deixa da fazer uso da
insulina por questões sociais, psicológicas, por medo de aumentar o peso ou revolta. Negligência
no tratamento do diabetes compreende 21% das causas de EHH.
DIAGNÒSTICO
Apresentação clínica: geralmente a CAD desenvolve-se rapidamente, apresentando
sinais clínicos em menos de 24 horas. Entretanto, a EHH apresenta sintomas insidiosamente. O
quadro clínico clássico incluem poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso, vômitos, dor
abdominal, desidratação, alterações do sensório e, finalmente, coma (raro).
40-75% dos pacientes com CAD apresentam náusea, vômito e dor abdominal, esta
última incomum no EHH. A presença da dor abdominal está associada à severidade da acidose
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