Diabetes Mellitus Em Idosos

1. Introdução

O estudo tem por objetivo principal observar a vivência de idosos com diagnóstico de Diabetes Mellitus na População Idosa do Município de Alto Paraguai – MT, trata-se de uma pesquisa qualitativa com delineamento exploratória, a ser realizada no Município de Alto Paraguai na Unidade de Saúde da Família, onde terá como foco a forma como os idosos que vivem com essa patologia.

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, grave, de evolução lenta e progressiva,que acomete milhares de pessoas em todo o mundo,necessitando de tratamento intensivo e orientação médica adequada.É a quarta causa de morte no país,além de ser a segunda doença crônica mais comum na infância e na adolescência,com grande impacto de ordens econômica e social (MINANNI et al., 2010).

Segundo Maia e Campos (2005) a diabetes mellitus é um distúrbio metabólico determinado geneticamente, associado com deficiência absoluta ou relativa de insulina e que na sua manifestação clínica completa é caracterizado por alterações metabólicas, complicações vasculares e neuropáticas. O principal objetivo do tratamento do paciente diabético é a prevenção das complicações crônicas, pois a doença não é curável e sim controlável. No Brasil é bastante elevada a incidência de complicações crônicas do diabetes. Estima-se que existam cinco milhões de indivíduos portadores de diabetes, sendo que metade desconhece o diagnóstico.

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, o número de portadores da doença em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativas de alcançar 350 milhões de pessoas em 2005. No Brasil são cerca de seis milhões de portadores, a números de hoje, e de alcançar 10 milhões de pessoas em 2010. Um indicador macroeconômico a ser considerado é que o diabetes cresce mais rapidamente em países pobre e em desenvolvimento e isso impacta de forma muito negativa devido á morbimortalidade precoce que atinge pessoas ainda em plena vida produtiva.

As pessoas portadoras de DM têm sido vitimas constantes de amputações de membros inferiores, decorrente da evolução da doença. O Ministério da Saúde destaca que pessoas com DM têm um risco de amputação 15 vezes maior quando comparadas com não diabéticos, correspondendo a 50% das amputações não traumáticas (COELHO; SILVA et al., 2009).

As doenças não transmissíveis estão sendo responsáveis por 66% das doenças no Brasil e as doenças crônicas não transmissíveis como diabetes mellitus esta se destacando como maior fator de risco das patologias referentes ao sistema circulatório (DIAS e CAMPOS, 2012).

O interesse de trabalhar com esse tema é conhecer como o idoso lida com a diabetes no seu meio familiar e social. A partir do problema gerado, compreenderemos a vivência dos idosos com Diabetes Mellitus no Município de Alto Paraguai, que responderá interrogativas que confirma nossa hipótese. Quais os problemas sociais e psicológicos que a Diabetes mellitus trará para a vida dos idosos?

O tema torna-se de grande importância, pois há vários estudos sobre pessoas com Diabetes Mellitus, pois estes têm que tomar insulina por toda vida, gerando assim um desconforto aos idosos, assim os resultados desta pesquisa poderão gerar um conhecimento novo, importante para que os profissionais de saúde ampliem o olhar ao idoso que vivencia uma doença em plena fase de transição, de duvidas, de anseios e medos, onde se inicia uma construção de identidade. Assim, a relevância da pesquisa para a população e profissionais da saúde torna-se coerente, acerca do assunto abordado.

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Observar a vivência de idosos com diagnóstico de Diabetes Mellitus na População Idosa do Município de Alto Paraguai – MT.

2.2 Objetivos Específicos

• Levantar o perfil social dos idosos com Diabetes Mellitus.

• Detectar o tipo de Diabetes Mellitus nos idosos.

• Identificar como o Diabetes Mellitus interfere na vida dos idosos

3 – REVISÃO DE LITERATURA

3.1 – Considerações acerca do Envelhecimento

O envelhecimento da população mundial é um fato recente, que apresenta causas multifatoriais e diferenças especificas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas suas consequências são igualmente importantes do ponto de vista social, médico e de políticas públicas (POZZA, 2013).

O envelhecimento populacional vem ocorrendo nos países desenvolvidos num espaço de tempo mais curto do que em relação aos países em desenvolvimento. Dentre as razões deste envelhecimento podemos salientar a redução da mortalidade e da fecundalidade. A sociedade passa por grandes modificações. A tecnologia avança, os meios de comunicação bombardeiam com fatos e dados, a vida é cada vez mais agitada, o tempo cada vez menor e as condições econômicas são mais difíceis, principalmente à medida que as pessoas vivem mais. Isso tudo exige uma capacidade de adaptação, que o idoso nem sempre possui, fazendo com que essas pessoas enfrentem diversos problemas sociais (MAZO et. al, 2004, p.16).

Mendes et al. (2005) relata que envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com sobrevida prolongada. É uma fase em que, ponderando sobre a própria existência, o indivíduo idoso conclui que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas perdas, das quais a saúde destaca-se como um dos aspectos mais afetados.

Relata-nos Goldstein (1999), a velhice e o envelhecimento têm estado em pauta desde a Antigüidade, através de obras literárias e tratados eruditos, como por exemplo a obra De Senectude, de Cícero, escrita a cerca de 2000 anos, ou seja exatamente no ano de 72 a.C. Foi porém somente neste século que vimos a emergência e a consolidação do estudo sistemático do envelhecimento. No entanto, se vemos hoje, especialmente o Exterior, um grande florescimento no estudo do envelhecimento, entre