Diagnóstico de paralisia cerebral
Pesquisas Acadêmicas: Diagnóstico de paralisia cerebral. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: samuelubc • 27/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 3.470 Palavras (14 Páginas) • 296 Visualizações
A PC não tem cura, pois é conseqüência de uma lesão irreversível no SNC.
Todo tratamento tem por objetivo o para , mas também do quanto consegue usar as mãos, da sua capacidade visual e auditiva etc.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: REVISÃO TEÓRICA
Artigo por Colunista Portal - Educação - quinta-feira, 3 de abril de 2008
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RESUMO
A expressão Paralisia Cerebral surgiu na fase neurológica de Freud, a qual foi caracterizada por rigidez muscular, predominando nos membros inferiores, e ocasionada por diferentes transtornos provocados por asfixia do recém-nascido durante o nascimento. É conceituada como a lesão ou agressão encefálica, de caráter irreversível e progressivo, decorrente no período de maturação do sistema nervoso central, promovendo alterações qualitativas de movimento e de tônus. Pode ser influenciada por fatores pré-natais como fatores maternos, metabólicos maternos, transtornos tóxicos, fatores físicos ou más formações cerebrais congênitas; por fatores peri-natais relacionadas ao nascimento; ou pós-natais
PALAVRAS-CHAVE: paralisia cerebral, doença cerebral, criança
ABSTRACT Palsys cerebral expression emerged in the Freud neurological phase, which was characterized by muscular rigidity, mainly in low extremities, caused by different disturbances as asphixy of new-born during the birth. It is respected as an encephalic injury or aggression, unrevertible and progressive character, started in the maturation period of the central nervous system with qualitative alterations of movements and muscular tonicity. It can be influenced by prenatal factors as maternal factors, maternal metabolics, toxic disturbances, physical factors or congenital cerebral alterations; by perinatal factors related to birth or postnatal factors.
KEY-WORD: cerebral palsys, cerebral disease, child
INTRODUÇÃO
A expressão Paralisia Cerebral (PC) surgiu na fase neurológica de Freud, ao se estudar a síndrome de Little, o qual descreveu, entre as décadas de 40 e 50, uma enfermidade caracterizada por rigidez muscular, predominando nos membros inferiores, e ocasionada por diferentes transtornos provocados por asfixia do recém-nascido (RN) durante o nascimento. Phelps generalizou o uso do termo PC para diferenciá-lo do termo paralisia infantil, causado pelo vírus da poliomielite e que causava paralisias flácidas 1.
Em termos conceituais, Paralisia Cerebral é a lesão ou agressão encefálica, de caráter irreversível e progressivo, decorrente no período de maturação do sistema nervoso central, promovendo alterações qualitativas de movimento e de tônus. Tem-se ainda que esta pode vir a gerar desordens sensoriais, intelectuais, afetivas e emocionais.
Paralisia cerebral designa um grande grupo de desordens motores e sensoriais causados por uma lesão progressiva do cérebro que ocorreu no início da vida 2. Estas desordens são permanentes, mas elas podem exibir alguma plasticitdade. Alterações cognitivas, retardatamento mental, epilepsia e perda auditiva são freqüentemente associados com PC 3.
Distúrbios oftalmológicos como anormalidades oculomotoras e perda da acuidade visual são freqüentemente observadas 4-7. Finalmente, o prejuízo do córtex visual, causado por função da via visual retroquiasmática é também frequentemente encontrada em crianças com PC 2,7-11.
Quanto às formas de apresentação do quadro clínico dos pacientes portadores de PC, estas podem se subdividir em espástica, atetósica, atáxica ou mista. A forma espástica representa 75% dos casos de PC 1,12, tendo como tipos clínicos a: tetraplegia, a hemiplegia e a diplegia, quando o comprometimento do controle motor é total, e paresia, caso haja um acometimento parcial.
A tetraplegia, ou ainda a tetraparesia, é a forma de apresentação mais freqüente. É um tipo muito grave sendo superado apenas pelas formas de rigidez (formas mais severas de tetraplegia). As manifestações clínicas são, em geral, observadas desde o nascimento, embora a gravidade do quadro se acentue de acordo com a idade da criança. Alguns autores referem um período flácido nesse tipo de PC, precedendo o espástico, que se tornaria bem evidente no fim do primeiro ano e início do segundo. Há uma imprópria distribuição do tono muscular, com relativa hipertonia dos músculos dos membros e hipotonia dos eretores da cabeça e do tronco 1.
As crianças com essa forma de PC não seguem as etapas normais de desenvolvimento psicomotor, e não usam corretamente os membros para as praxias de defesa e manipulação de objetos. Elas não sustentam a cabeça, não sentam, engatinham ou se põem de pé na época estabelecida pelas tabelas de desenvolvimento, apresentando atividades muito limitadas e um contato muito pobre; têm dificuldade para deglutir e mais tarde para mastigar. Sua face já sugere o grave comprometimento psicomotor, com sialorréia contínua em virtude da disfagia e da capacidade de cerrar a boca. Menos freqüentemente, nos casos graves em que a espasticidade é muito intensa, a hipertonia dos membros superiores é em extensão, assumindo, os pacientes, atitude em descerebração 1.
A reabilitação quase sempre é extremamente limitada em virtude da severidade do acometimento motor e da inteligência; não obstante, é necessário encarar cada caso de maneira particular, pois há desenvolvimento intelectual satisfatório encoberto pela dificuldade de comunicação e da movimentação 1.
INCIDÊNCIA
Não é fácil determinar a incidência de PC, justamente pelas dificuldades em se estabelecer critérios diagnósticos uniformes, e em vista de não ser moléstia de notificação compulsória. Na Inglaterra e em países escandinavos, admitia-se, na década de 50, a incidência de 1,5 caso de PC por 1000 nascidos vivos, enquanto nos Estados Unidos varia de 1,5 a 5,9/1000 nascidos vivos 1.
Entretanto, à medida que a mortalidade peri-natal caiu em países industrializados, como na Suécia e no Japão, houve um aumento da morbidade, isto é, maior número de casos de PC quanto menor o peso da criança e em prematuro. A prevalência de PC nos países nórdicos mostrou, justamente, uma diminuição no período compreendido entre 1950 e 1970, após o que, houve um aumento a custa da melhoria das condições de atendimento aos recém-nascidos prematuros
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