Doença Pulmonar Obstrutiva crônica
Por: Flávio Henrique • 2/4/2016 • Seminário • 2.775 Palavras (12 Páginas) • 566 Visualizações
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Acadêmicos: Débora Goerck
Flávio Henrique Rodrigues da Silva
- DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica é a obstrução, ou limitação, do fluxo aéreo, não totalmente reversível e com repercussões sistêmicas a longo prazo. Essa limitação do fluxo aéreo geralmente é progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas, ou gases nocivos, dentre os quais 75% são provenientes do tabagismo (LOPES, 2009)
- A DPOC é uma enfermidade prevenível e tratável caracterizada por uma limitação persistente ao fluxo de ar que é progressiva e se associa com uma resposta inflamatória pulmonar anômala à partículas ou gases nocivos. As exacerbações e co-morbidades contribuem para a gravidade em geral da enfermidade (GOLD, 2011)
- É a quarta causa de morbidade e mortalidade no mundo.
- Dados imprecisos e subestimados
- Brasil: 4ª causa de internações (DATASUS)
- Relação DPOC x Tabagismo
- (Carga tabágica)
- Fatores de Risco
- TABAGISMO
- Poluição atmosférica; exposição ocupacional a gases e poeiras orgânicas; fumaças; vapores e baixo nível socioeconômico (baixo peso ao nascer, maior exposição aos poluentes e maior número de infecções).
- Ação dos gases oriundos do tabaco sobre a estrutura pulmonar
- Interferencia nos mecanismos de defesa da árvore traqueobrônquica
- Alteração da relação proteases e antiproteases → Estresse oxidativo
- Inflamação crônica no parênquima e na vasculatura pulmonar
- Cascata inflamatória composta por LT CD8, macrófagos e neutrófilos e mediadores leucotrieno (LTB4), interleucina-8 (IL-8) e TNF-alfa que sustentam a infamação e danificam as estruturas pulmonares.
- Hipersecreção de muco + tosse produtiva
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ROBBINS & COTRAN, 2010.
- Enfisema centrolobular – Destruição do parênquima →
aprisionamento aéreo e hiperinsuflação pulmonar – dispneia
- Enfisema pan-lobular – mais relacionado com a deficiência de alfa-1-
antitripsina – herança genética autossômica recessiva
- Alfa-1-antitripsina inativa elastase provoca a destruição da elastina – alterações na arquitetura normal dos pulmões.
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Fonte: www.pneumo.com.br[pic 15][pic 16]
ROBBINS & COTRAN, 2010.
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ROBBINS & COTRAN, 2010.
- Hipertrofia das glândulas da submucosa
- Irritação de longa duração por substancias inaladas como fumaça de tabaco
- Hipersecreção de muco nas grandes vias aéreas
- Hipertrofia de gl. Submucosas na traqueia e brônquios
- Proteases liberadas dos neutrófilos e metaloproteinases da matriz estimulam
a secreção de muco
- Aumento acentuado das cels caliciformes em brônquios e bronquíolos
- Estreitamento da luz dos brônquios e bronquíolos – formação de tampões de
muco
- Perca da atividade ciliar
- Inflamação
- Fibrose
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Fonte: www.pneumo.com.br
- DPOC
- Dispneia aos esforços progressiva que evolui para dispneia de repouso
- Ortopneia
- Dispneia paroxística noturna
- Aumento da secreção brônquica pela hiperatividade vagal noturna
- Tosse com expectoração
- Expiração prolongada e com esforço (contração da musc abdominal)
- Cianose
- Ausculta: Ruidos adventícios – Sibilos/ Roncos/ Estertores crepitantes
e subcrepitantes e Diminuição do MV
- Cianose Significativa
- Hipoxemia → Cor pulmonale
- Insuficiência ventricular direita
- Tórax em tonel
- Dispneia tipo expiratória
- Diminuição do MV sem ruídos adventícios
- Elasticidade e expansibilidade pulmonar diminuídas
- Percussão: Aumento do timpanismo
- Pcte do sexo masculino, 68 anos.
- Dispneia progressiva há 4 anos, de início aos grandes esforços, sendo que nos últimos 6 meses não consegue caminhar 100 metros sem parar, assim como subir ladeira ou um lance de escada.
- Perca da capacidade de realizar atividades cotidianas
- Tosse pouco produtiva há mais de 5 anos com escarro claro.
- Astenia
- Sono de má qualidade - Dispneia paroxística noturna (fator de
melhora – tomar folego na janela do quarto)
- Há 7 dias houve piora da dispneia, ocorrendo em repouso e da tosse
com escarro hemoptoico.
- IS: Hiporexia, palpitações e edema em mmii
- Ant: hipertenso em uso de enalapril 20 mg
- Hábitos: tabagista. Carga tabagia 55 maços-ano e nos últimos 6 meses
diminuiu para 5 cigarros/dia
- Nega Etilismo
- Trabalhou em construção civil até os 25 anos de idade.
- REG, corado, hidratado, taquipneico (FR 28mrpm), anictérico, cianose de extremidades (++/4) em repouso. Ausência de adenomegalias . Alt: 1,70m , Peso: 82kg
- Cabeça e pescoço: Jugulares túrgidas em decúbito dorsal (45°)
- RCR, 2T, BNF, sem sopros. FC: 108bpm, FR 28, PA: 130X 85mmHg
- Tórax em tonel, expansibilidade reduzida, FTV normal e simétrico. MV diminuído difusamente , com roncos e sibilos difusos, estertores grossos em ambas as bases pulmonares. Oximetria de pulso: 88%
- Abdome plano, flácido, indolor, RHA +, ausência de cicatrizes, fígado
palpável distando 3 cm do RCD, baço palpável distando 2 cm do RCE,
- MMII edema de ++/4 sem empastamento.
- Síndrome brônquica obstrutiva (Dispneia; tosse produtiva; escarro
hemoptoico; Crises de broncoespasmo; roncos; sibilos)
- Síndrome insuficiência respiratória (Dispneia progressiva e paroxística
noturna; Taquipneia)
- Síndrome inflamatória crônica (tosse; estertores grossos)
- Síndrome da insuficiência cardíaca congestiva (Taquicardia; edema em mmii; ortopneia; hepato-esplenomegalia; turgência jugular; dispneia paroxística noturna)
- DPOC (Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar)
- Asma brônquica
- Bronquiectasia
- Bronquiolite
- Tuberculose
- Gasometria
- Indicações
- Suspeita de hipoxemia/ hipercapnia aguda (descompensação grave)
- Presença de VEF1<40% do previsto
- Sinais de Insuficiência do ventrículo direito
- Hipoxemia
- Leve / Moderada / Grave (PaO2 < 55 mmHg ou SaO2<88%)
- Hipercapnia com acidose respiratória crônica
- pH (pH arterial)
- Discretamente baixo
- Descompensados – piora importante da hipoxemia e da hipercapnia →
Acidose respiratória agudizada
- Gasometria / pH
- Valores normais
• pH= 7,35 a 57,45
- PaO2 = 80 a 95 mmHg
- PaCO2 = 35 a 45 mmHg
- HCO3 = 23 a 27 mEq/l
• SatO2 = 95% a 98%
- Excesso de base = 0 ± 3 mEq/l
PORTO, 2014.
- Radiografia
- Só se encontra alterado em casos mais avançados de DPOC
- Alterações:
- Excluir doenças associadas
- Retificação das hemicupulas diafragmáticas
- Hiperinsuflação pulmonar (Aumento no número de costelas visíveis na incid. PA)
- Hipertransparência
- Aumento dos espaços intercostais
- Redução do diâmetro cardíaco
- Aumento do espaço aéreo retroestrernal no perfil
- Espessamento das marcas broncovasculares
- Bolhas
RX[pic 21][pic 22]
Fonte: J Bras Pneumol. 2007;33(6):720-732
- TOMOGRAFIA COMPUATADORIZADA DE TÓRAX
- Excluir doenças associadas
- Teste definitivo para o estabelecimento de enfisema em pctes DPOC
- Evidencia o tipo de enfisema (panlobular, centrolobular e perilobular)
- Eventual bronquiectasias
- Bolhas
- Perfusão em mosaico (obstrução de pequenas vias respiratórias)
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- Representação do enfisema centroacinar - a TC revela[pic 25][pic 26]
predomínio de lesões graus III e IV
c) TCAR de paciente com enfisema, com predomínio de lesões do
tipo parasseptal
Fonte: J Bras Pneumol. 2007;33(6):720-732
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