Doença hepatica
Tese: Doença hepatica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 5/12/2014 • Tese • 1.195 Palavras (5 Páginas) • 383 Visualizações
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
DOENÇA HEPÁTICA
Grupo Alimentar Alimentos Permitidos
Alimentos Evitados
Pães, Cereais, Arroz e Massas
Pães brancos ou integrais, biscoito água e sal ou outros com baixo teor de gordura; cereais integrais ou refinados cozidos, arroz; macarrão sem ovos.
Pães que contenham ovos ou queijo, pães doces, panquecas, roscas, biscoitos wafer ou recheados, salgadinhos, produtos fritos.
Frutas
Frescas, congeladas, secas. Sucos de frutas.
Nenhuma.
Hortaliças
Todas frescas, congeladas preparadas sem gorduras e sem adição de molhos gordurosos.
Na manteiga, gratinadas, com molhos, maionese ou fritos. Sopas-creme ou industrializadas.
Leite, Iogurte e Queijo
Leite desnatado, queijo de soja (tofu), queijo cottage, ricota, requeijão light, iogurte desnatado.
Leite integral ou semidesnatado, creme de leite, leite condensado, iogurte integral, queijo prato, muçarela, cheddar, suíço, provolone, requeijão ou cream cheese.
Carnes, Aves, Peixes e Ovos
Carnes magra, clara de ovo, frango sem pele, peru, peixe assado ou grelhado.
Preparados fritos ou à milanesa, atum ou sardinha enlatados no óleo; fígado, costela, costeletas, bisteca, linguiça, salsicha, nozes, amendoim e castanhas, gemas de ovo em excesso.
Gorduras, Óleos e Açúcares
Açúcar, sem excesso. Azeite de oliva extra-virgem com moderação.
Todas as gorduras e óleos.
Recomendações:
• É recomendado comer devagar, mastigando bem os alimentos;
• Realizar as refeições em horários regulares;
• As saladas e hortaliças não devem ser preparadas com adição de pouco óleo ou outra fonte de lipídio como azeite extra virgem;
• Devem ser evitados: chocolate, pudins contendo coco, nozes, amendoim e castanhas, sorvetes cremosos, pastelarias, margarina, e bacon.
Prefira:
• Carnes magras, aves e peixes preferencialmente assados, cozidos ou grelhados.
• Procure adicionar pouco óleo na preparação dos alimentos
• Aumente o consumo de castanhas, nozes, brócolis, cebola, alho, cereais integrais.
Evite:
• Ingestão de alimentos industrializados, gordurosos, frituras;
• Banha, manteiga, maionese, molhos gordurosos, alimentos empanados, queijos amarelos, leite integral;
• Não fique muito tempo sem se alimentar. Procure seguir a dieta sem pular nenhuma refeição
• Excesso de preparações contendo ovos como: bolos, massas, empanados e suflês;
• Procure consumir no máximo 2 ovos por semana;
Nutrição e Esteatose Hepática
A esteatose hepática é uma patologia definida como o acúmulo de gordura em mais de 5% dos hepatócitos (células “saudáveis” do fígado), sobretudo de triacilgliceróis (SILVA, 2007).
A esteatose classifica-se em duas categorias de acordo com o depósito de gordura nos hepatócitos: macrovesicular ou microvesicular. A macrovesicular é a mais comum e está relacionada ao alcoolismo, diabetes mellitus, hiperalimentação, obesidade e nutrição parenteral prolongada. A esteatose microvesicular ocorre na esteatose aguda da gravidez, intoxicação por tetraciclina e em algumas formas de hepatite fulminante em crianças (KRAUSE, 2005).
Nos últimos anos, tem crescido o número de casos diagnosticados de esteatose hepática na clínica médica, isso graças não só as facilidades diagnósticas proporcionadas pelos métodos de imagem, mas também pelo aumento da prevalência de obesidade na população, que tem sido estimada entre 10 e 20% da população geral (MULHALL; ONG; YOUNOSSI, 2002).
As etiologias mais frequentes de esteatose hepática são a hepatite C e a doença hepática alcoólica. Deve-se lembrar de que a esteatose está presente em até metade dos casos de hepatite viral e de doença hepática alcoólica (MICHALAK et al, 2003). No entanto, atualmente a causa mais frequente de esteatose é a chamada doença hepática gordurosa não alcoólica.
Esteatose Hepática Gordurosa Não Alcoólica
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma das mais frequentes doenças do fígado da atualidade. Ela pode ocorrer associada a diversas condições clínicas, como diabetes, obesidade, rápida perda de peso e hiperlipidemia (ROCHA et al, 2007).
Até a década de 80, considerava-se que a esteatose hepática estava associada ao consumo de álcool. Observações posteriores mostraram que esse tipo de doença hepática era também freqüente em mulheres obesas e/ou diabéticas, sem história de etilismo. Desde então, o problema recebeu uma série de denominações: hepatite gordurosa, hepatite do diabético, esteatonecrose, hepatite pseudo-alcoólica, hepatite alcoólica-like e, finalmente, esteato-hepatite não alcoólica ou NASH (sigla internacionalmente reconhecida de nonalcoholic steatohepatits), como o sugerido por Ludwig et al. em 1980, quando chamaram a atenção para a possibilidade de uma nova forma de doença hepática (LUDWIG et al, 1980).
Nutrição e DHGNA
O tratamento nutricional consiste no controle de problemas associados como: obesidade, diabetes e hiperlipidemia. A obesidade e o diabetes tipo 2 são as principais causas que levam a esteatose hepática. Sendo assim, estudos mostram a efetividade da perda de peso na normalização das enzimas hepáticas, reversão no quadro de resistência a insulina e melhora na esteatose hepática, com uma dieta hipocalórica, rica em fibras, antioxidantes e ácidos graxos insaturados (ACE, 2003).
Ainda, trabalhos que analisaram o impacto da suplementação de vitaminas antioxidantes, como a vitamina E, mostram resultados promissores no tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica (MANDATO et al, 2004).
Dados preliminares comprovam o efeito benéfico dos ácidos graxos w-3 para pacientes com DHGNA. A suplementação oral com um grama de óleo de peixe diariamente em pacientes com DHGNA por um ano reduziu significativamente a concentração plasmática de triglicerídios, das enzimas hepáticas, da glicemia de jejum e do grau de esteatose hepática. Quando os pesquisadores aumentaram a dose da suplementação para dois gramas de óleo de peixe ao dia, ocorreu redução dos níveis de TNF-α e a regressão da esteatose hepática avaliada pela ultrasonografia, seis meses após a suplementação (CAPANNI et al, 2006).
Sendo assim, a orientação nutricional deverá estimular a diminuição da ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, orientar ao consumo de frutas, vegetais, carboidratos complexos e ricos em fibras, além de recomendar o consumo moderado das gorduras insaturadas (SILVA, 2007).
Esteatose Hepática
• O que é "Esteatose Hepática"?
Esteatose Hepática é um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada de Infiltração gordurosa do fígado ou Doença gordurosa do fígado. Ela pode ser dividida em Doença gordurosa alcoólica do fígado (quando há abuso de bebida alcoólica) ou Doença gordurosa não alcoólica do fígado, quando não existe história de ingestão de álcool significativa.
• Qual a causa da Esteatose Hepática?
A Esteatose pode ter várias causas:
Abuso de álcool;
Hepatites virais;
Diabetes;
Sobrepeso ou Obesidade;
Alterações dos lípides, como Colesterol ou Triglicérides elevados;
Drogas, como os corticoides e secundário a algumas cirurgias para obesidade.
Mais ou menos 1 de cada 5 pessoas com sobrepeso desenvolvem Esteato-hepatite não alcoólica.
• Como a Esteatose Hepática é identificada?
O paciente pode apresentar alterações em exames de sangue relativos ao fígado (a Esteatose Hepática é a causa mais comum de elevação das enzimas do fígado em exames de sangue de rotina), aumento do fígado detectado ao exame físico realizado pelo médico, ou ainda por métodos de imagem, como a ultrassonografia de abdome, tomografia ou ressonância magnética. A Esteatose também pode ser suspeitada quando o paciente apresenta obesidade central (aumento do diâmetro da cintura em relação ao quadril).
• A Esteatose Hepática pode evoluir para uma doença grave?
É um achado comum nos pacientes com sobrepeso, obesos ou diabéticos. Em parte desses pacientes uma inflamação das células hepáticas associada à esteatose pode estar presente, lembrando a hepatite alcoólica, e que é chamada de "Esteato-hepatite". A Esteato-hepatite não alcoólica, se não controlada, tem o potencial de evoluir para a Cirrose Hepática em alguns pacientes. O paciente deve fazer exames para que seja avaliado o risco de progressão da doença.
• A Esteatose Hepática pode ser tratada?
É importante saber que a Esteatose Hepática e Esteato-hepatite são doenças reversíveis. O manejo da esteatose requer a Identificação e possível tratamento específico da causa da infiltração gordurosa, bem como uma avaliação e orientação multidisciplinar, com acompanhamento médico e uso de medicamentos em casos especiais, acompanhamento nutricional e atividade física programada.
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