Drenagem Linfática Reversa
Artigos Científicos: Drenagem Linfática Reversa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brualm • 29/5/2014 • 310 Palavras (2 Páginas) • 881 Visualizações
Drenagem Linfática Reversa
Em cirurgias com incisões amplas, especialmente em cirurgias plásticas, existe uma interrupção dos vasos linfáticos superficiais prejudicando a drenagem linfática fisiológica dos líquidos. Ao realizar a drenagem linfática no sentido clássico podem surgir edemas pericicatriciais, uma vez que as vias não estão íntegras, promovendo uma tensão indesejável no local da lesão.
Propôs-se então, a utilização de outras vias para escoamento a linfa, que estejam íntegras. A essa técnica denominou-se drenagem linfática reversa. Em intervenções como as abdominoplastias, por exemplo, a drenagem da linfa dos quadrantes inferiores do abdome (que confluem para a região inguinal) fica interrompida pela retirada do tecido, restando íntegras apenas as vias dos quadrantes superiores (que confluem para os linfonodos axilares).
Esta técnica foi bem fundamentada, já que nos procedimentos cirúrgicos exemplificados ocorrem rompimentos importantes de vasos arteriais, venosos e linfáticos, promovendo a obstrução da circulação linfática superficial e, às vezes, a profunda também fica comprometida, com infecções e necroses. Os edemas resultantes desses procedimentos são frequentemente observados.
O termo reversa pode dar uma falsa ideia que o fluxo da linfa pode ser invertido, o que não ocorre, pois o sistema linfático é um “sistema de mão única”. Porém, existe uma densa rede de capilares linfáticos que se anastomosam e se intercomunicam livremente, absorvendo e conduzindo a linfa a várias direções. Portanto, as linhas divisórias das áreas linfáticas delimitam as distintas zonas linfáticas, formando quadrantes ou áreas linfáticas com zonas de esvaziamento independentes.
Entre estas zonas existem comunicações chamadas anastomoses, que permitem em caso de necessidade desviar o líquido edematoso de uma área à outra: são as anastomoses linfolinfáticas. Estas anastomoses, em situações de necessidade, podem ser estimuladas por meio de manobras manuais, isto é, por drenagem reversa, que direcionam a linfa para a direção pretendida.
A drenagem linfática reversa deve ser realizada até a reconstituição dos vasos, fato que ocorre cerca de 30 dias após a intervenção cirúrgica.
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