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EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET

Por:   •  5/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.914 Palavras (12 Páginas)  •  474 Visualizações

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EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET

(09/08/1896 – 16/09/1980)

Epistemologia – estudo do conhecimento.

Genética – parte do equipamento biológico

Piaget buscava a relação entre o sujeito agente ou pensante e os objetos do seu conhecimento.

Processos cognitivos = processos mentais relativos ao conhecimento como memória, percepção, imagens, raciocínio etc.

Para ele a lacuna existente entre o problema filosófico da epistemologia e seu substrato psicológico seria preenchida pela psicologia.

Visão interacionista (meio + organismo) = nem organicista/ natista/ nem mecanicista/ empirista.

“Conhecimento construído por cada indivíduo na interação com seu meio ambiente.”

Visão de homem ativo: homem procura, organiza e assimila o conhecimento a seu estado anterior. (influencia e é influenciado pelo meio através da ação)

O que promove o desenvolvimento é a necessidade e não o estímulo, pois provoca desequilíbrio. Atenção voltada ao construtor do conhecimento, ao ser cognoscente ou sujeito epistêmico. (estudo dos processos de pensamento presente desde a infância até a idade adulta)

Desconsideração ao contexto social (a partir do momento que interagimos mudamos a nossa estrutura).

  1. Piaget, partindo de R “erradas” de crianças em testes de inteligência concluiu: “A inteligência de crianças mais novas é qualitativamente diferente das mais velhas e não quantitativamente, ou seja, não é uma questão de maior ou menor número de itens respondidos corretamente, a maneira de pensar é diferente.”
  2. “A natureza e a caracterização do modo de pensar da inteligência muda com o tempo, sendo que as operações (ações que ocorrem na imaginação) intelectuais caminham para o raciocínio lógico.”
  3. “O pensamento deriva da ação da criança sobre o meio em que vive”.
  4. “Durante a ação da criança sobre o meio social e físico começam a se formar as estruturas dos reflexos inatos, num processo de adaptação”.
  5. Estagio final do desenvolvimento: operações lógicas-formais, desenvolvendo-se por estágios: sensório-motora, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal .
  6. O processo de adaptação (estrutura posterior com base numa anterior) resulta em ajustamento ao ambiente decorrente de equilíbrio entre acomodação e assimilação.
  7. Processo de adaptação= a nova situação ou elemento é incorporado e assimilado a um sistema já pronto. Acomodação = processo de modificação de estruturas antigas c/ vista a solução de um novo problema. Assimilação = tenta solucionar a situação nova c/ base nas estruturas antigas.

“Para Piaget, o desenvolvimento é um processo de equilibração progressiva que tende para uma forma final, qual seja as operações formais”.

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

Fundamentação

  1. Os estágios caracterizam formas de interagir com o meio ambiente nas diversas faixas etárias, sendo assim: a cada estágio correspondem determinados tipos de aquisições mentais e de organização destas que condicionam a atuação da criança com o seu meio ambiente. (Para Freud a cça não toma parte em seu des/o e para Piaget a cça é agente de seu pp des/o)
  2. Natureza do des/o é relativamente seqüencial e fixa. Porém, a criança é que constrói seu des/o a partir de quatro determinantes: maturação, estimulação do ambiente físico, aprendizagem social e tendência ao equilíbrio.
  3. Piaget, no desenvolvimento da inteligência, distinguiu um conjunto de etapas características chamadas de fases ou estágios, as quais devem corresponder aos seguintes critérios:
  4. - constância de ordem de sucessão das aquisições;
  5. - caráter integrativo das fases (as estruturas construídas numa idade tornam-se parte integrante das estruturas da idade seguinte);
  6. - compreensão da fase como uma estrutura de conjunto.
  7. - distinção entre os processos de formação e as formas de equilíbrio final em cada fase.
  8. As diferentes fases/ etapas/ estágios de desenvolvimento denotam a unidade profunda dos processos que, da construção do universo prático da inteligência sensório-motora do bebê, levam a reconstrução do mundo pelo pensamento hipotético-dedutivo do adolescente, passando pelo conhecimento do universo concreto elaborado pelo pensamento operatório da segunda infância.
  9. As etapas denotam que estas construções sucessivas consistem em descentrar o ponto de vista imediato e egocêntrico da partida para adaptá-lo a uma realidade cada vez mais ampla e extensa;
  10. Para Piaget o pensamento nasce da ação.
  11. Por falar em fases, erroneamente pode-se entende que Piaget é maturacionista, porém sua ênfase é na estimulação ambiental com limitações dadas pela maturação biológica. Interacionista.

ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR (0 A 2 ANOS)

  1. Extraordinária importância no desenvolvimento mental: conquista, através da percepção e dos movimentos de todo universo prático que rodeia a criança, fundamento de toda a atividade intelectual superior futura.
  2. Trabalhos de Piaget nesta área demonstra a importância do brincar e que a atividade intelectual não seria iniciada somente aos 7 anos.
  3. Inteligência sensório-motora é uma inteligência sem pensamento ou sem representação, sem linguagem, sem conceitos.
  4. Para Piaget, para exprimir o cpto inicial da criança, relata “... o mundo é uma realidade a sugar...”
  5. A inteligência se determina na presença do objeto, das pessoas e das situações e cujo instrumento é a percepção.
  6. Inteligência essencialmente prática: opera através da percepção, das posturas e dos movimentos, sem evocação simbólica.
  7. No ponto de partida da evolução mental não há diferenciação entre o eu e o mundo exterior. As impressões vividas e percebidas não são relacionadas nem a consciência pessoal (eu) nem a objetos concebidos como exteriores. Bloco único (indissociação primitiva). Só se oporão futuramente.
  8. O eu é o centro da atividade, mas é Ics a si mesmo. Só a medida que o eu se constrói como realidade interna ou subjetiva (na ação/atividade), é o que o mundo exterior vai se objetivando.
  9. “A consciência começa por um egocentrismo Ics e integral, até que progressos da inteligência sensório-motora levem a construção de um universo objetivo, onde o pp corpo aparece como elemento entre os outros, e o qual se opõe a vida interior localizada neste corpo”.
  10. Fç importante da inteligência nesta fase: diferenciação entre os objetos externos e o pp corpo.
  11. Obras importantes sobre esta fase: “O nascimento da inteligência na criança (1936)”, “A construção no real na criança (1937)”.

Do ponto de vista do observador, Piaget descreve seis subestágios:

Exercício reflexo (0 – 1 mês):

  1. Bbs exercitam os reflexos inatos e ganham custo controle sobre os mesmos;
  2. Piaget denominada de “assimilação funcional” (exercício pelo prazer);
  3. Não pegam um objeto que estão olhando;
  4. Não desenvolveram a permanência de objeto.

Primeiros hábitos adquiridos e a reação circular primária (1 – 4 meses ½)

  1. Repetem cptos agradáveis que primeiramente ocorreram por acaso (ex: sugar);
  2. Atividades focalizam-se mais no corpo do bb do que nos efeitos cptais sobre o ambiente;
  3. Primeiras adaptações adquiridas (ex: sugar diferentes objetos);
  4. Iniciam-se as noções de espaço, tempo, causalidade e permanência de objeto.

Adaptações sensório-motoras intencionais e as reações circulares secundárias (4 meses e ½ - 8-9 meses)

  1. Passam a se interessar mais pelo meio ambiente e repetem ações que trazem resultados instigantes e prolongam experiências estimulantes.
  2. Ações são intencionais (repetição), mas inicialmente não orientadas a metas.
  3. Mostram permanência do objeto parcial. Procuram um objeto parcial/e escondido.

Coordenação de esquemas secundários e sua aplicação a novas situações (8-9 meses a 11-12 meses)

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