Enzimas nas doenças cardíacas
Artigo: Enzimas nas doenças cardíacas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Gabi.0502 • 23/10/2014 • Artigo • 999 Palavras (4 Páginas) • 299 Visualizações
ENZIMAS NAS DOENÇAS CARDÍACAS
1. CREATINOQUINASE(CK)
(Adenosina Trifosfato: Creatina N- Fosfotransferase)
• SIGLA: CK – CPK
• NOME SISTEMÁTICO(IUB- União Internacional de Bioquímica): ATP Creatino N-Fosfotransferase
• NOME COMUM: Creatinoquinase
• Ph ÓTIMO: 6,8( No sentido de formação do ATP com o substrato de creatinofosfato) e 9,0( no sentido da fosforilação da creatina com o substrato de creatina)
• Essa reação fornece um meio rápido de formar ATP para a contração do músculo. É uma reação reversível podendo fosforilar a creatina para formar fosfatocreatina e ADP durante o período de repouso.
A creatinoquinase é comumente encontrada no músculo cardíaco, na musculatura esquelética e no cérebro. Podendo também ser encontrada nos rins, pâncreas, próstata e entre outros.
Qualquer lesão nas células desses órgãos provoca uma alteração na membrana ou até mesmo morte celular, resultando na liberação de enzimas intracelulares no sangue, o que acarreta um aumento nos níveis séricos (concentração de uma certa substancia no sangue) de CK. Como por exemplo, em pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio a CK encontra-se aumentada numa faixa de 65-100% do valor normal.
Em relação ao diagnóstico do IAM a CK total não é tão específica, pois condições não-cardíacas podem elevar seu nível no sangue e também o período de tempo em que seus níveis se encontram altos são curtos.
A creatinoquinase é um dímero(proteína) composto por duas subunidades, M (muscle-músculo) e B (brain-cérebro), a composição dessas duas subunidades resulta em três isoenzimas(enzimas com múltiplas formas que catalisam a mesma reação): CK-BB(CK1), CK-MB(CK2) e CK-MM(CK3).
ISOENZIMAS ONDE SÃO ENCONTRADAS VALORES ELEVADOS
CK- BB(CK1) Cérebro e pulmão Infarto pulmonar, lesão cerebral, acidente vascular cerebral, choque, embolia pulmonar e câncer no cérebro.
CK-MM(CK2) Músculos esqueléticos(95%) e Miocárdio(70-75%) Distrofia muscular, miosite, convulsões, cirurgia recente, hipotireoidismo, injeções intramusculares e delirium tremens
CK-MB(CK3) Músculo Cardíaco(Específica) Infarto agudo do miocárdio, desfibrilação cardíaca, cirurgia de aneurisma cardíaco e rabdomiólise.
• AMOSTRA BIOLÓGICA:
Sangue, usar o plasma ou soro colhido com EDTA(para inibição da amilase) ou heparina(para a inibição da LDH). Evitar exposição solar. É possível manter sua atividade enzimática por 7 dias se conservado entre 2-8°C. Não usar amostras hemolisadas(para não ocorrer liberação de LDH).
• FATORES INTERFERENTES(Que podem mudar o resultado de uma análise):
Injeções intramusculares, exercícios intensos ou moderados e cirurgia recente. Tambem drogas como: ampicilina, álcool, alguns anestésicos, aspirina, lítio, lidocaína, propanolol e entre outros.
• MÉTODO DE DOSAGEM:
Metodologia Cinética no Ultravioleta
-DOSAGEM DA CK TOTAL:
Fundamento químico
- A CK catalisa a reação entre creatina fosfato e adenosina difosfato(ADP) formando creatina e adenosina trifosfato(ATP). A glicose é fosforilada pelo ATP sob a ação da hexoquinase(HK) formando glicose-6-fosfato, que é oxidada a 6-fosfogluconato(6-PG) pela glicose-6-fosfato-desodrogenase(G-6-PDH) na presença de NAD+.
-DOSAGEM DA ISOENZIMA CK-MB:
Fundamento químico
-As subunidades M são inibidas por um anticorpo específico que não afeta as B. A concentração de CK-B é determinada pelas reações acopladas da hexoquinase(HK) e glicose-6-fosfato desidrogenase(G6P-DH). Uma quantidade de NADP+ é reduzida para NADPH.
2. DESIDROGENASE LÁCTICA
(LACTATO DESIDROGENASE)
• SIGLA: LDH – LD
• NOME SISTEMÁTICO(IUB): L-Lactato NAD-óxido-redutase
• NOME COMUM: Lactato desidrogenase/ desidrogenase láctica
• pH ÓTIMO: 8,8 a 9,8 ( sentido de formação de ácido pirúvico com o substrato de ácido lático) e 7,4 a 7,8( sentido de formação de ácido lático com o substrato de ácido pirúvico)
É encontrada em vários tecidos, como coração, hemácias, fígado, músculo esquelético, rim, cérebro, pulmões e tecido linfoide.
Por ser distribuída pelos tecidos, a dosagem da LDH total não é um indicador específico para as doenças hepáticas e cardíacas. A mesma precisa estar em conjunto com outras enzimas ou fracionada em isoenzimas.
• ISOENZIMAS DA LDH(Origem):
LDH 1 Coração, hemácias e rins
LDH2 Coração e sistema retículo endotelial
LDH3 Pulmões e outros tecidos
LDH4 Placenta e pâncreas
LDH5 Fígado e músculos esqueléticos
Os métodos para o fracionamento da LDH são vários, sendo que os mais empregados são a eletroforese e o teste de calor. O aquecimento a 60°C por 30min inativa 3 frações.
- Teste de calor:
O aquecimento a 60°C por 30 min inativa 3 frações deixando as 1 e 2 intactas. Por serem termo-estáveis.
-Eletroforese:
As frações LDH1 e LDH2(cardíacas) são mais rápidas ao ânodo, enquanto
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