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Eutanásia Vs Distanásia

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Por:   •  28/4/2014  •  4.505 Palavras (19 Páginas)  •  565 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho pretende compreender as diferenças ao nível nacional e internacional, de onde é possível e onde e praticável a eutanásia. Os pros e contras dessa execução pelos apoiantes e pelos que são contra. Os grupos religiosos que rejeitam a pratica da eutanásia.

Faremos uma breve citação da bioética, o seu surgimento e o que representa com relação ao tema.

Eutanásia palavra de origem grega que significa: “boa morte, morte sem dor”.

Eutanásia ativa x eutanásia passiva. Existem duas formas de pratica de eutanásia: ativa, acontece quando se apela a recursos que podem findar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos em doses excessivas, etc.) e passiva a morte do doente ocorre por falta de recursos necessários para manutenção das suas funções vitais (falta de água, alimento, fármacos, ou cuidados médicos).

A respeito da eutanásia existem algumas “áreas cinzas”. No Estado de São Paulo, por exemplo, a lei 10241 de 1999, confere o direito ao usuário de um serviço de saúde de rejeitar um tratamento que seja doloroso que sirva para prolongamento de sua vida.

Distanásia, o dicionário Aurélio traz a seguinte conceituação: “morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento”. Trata-se de um neologismo, uma palavra nova, de origem grega. O prefixo grego dis tem significado de “afastamento”, portanto a distanásia significa prolongamento exagerado da morte de um paciente. O termo também pode ser empregado como sinônimo de tratamento inútil.

A distanásia visa prolongar a vida a todo custo, utilizando todos os meios possíveis com o único objetivo de prolongar a vida. Consiste em atrasar o mais possível a morte, mesmo que não haja esperança de cura e que o individuo se encontre em grande sofrimento. A morte e inevitável, mas tenta-se atrasa-la horas, dias ou ate anos mesmo que o individuo esteja em condições deploráveis.

INTRODUÇÃO

O compromisso com a defesa da dignidade da vida humana, na grande maioria dos casos, parece ser preocupação comum que une as pessoas situadas no diversos lados da discussão sobre eutanásia e distanasia. Este fato é importante porque indica que as discordâncias ocorrem mais em relação ao fim desejado. Isto significa que há consenso sobre o que se entende por “compromisso com a defesa da dignidade da vida humana”, mais possuir clareza sobre a tarefa em mãos (seja esclarecimento dos fins almejados, seja esclarecimento dos meios) só pode ajudar na busca de uma ética que respeite a verdade da condição humana e aquilo que é bom e correto nos momentos concretos da vida e da morte.

Com este trabalho não pretendemos resolver a problemática que a dinâmica da tensão entre a eutanásia e a distanasia levanta. Pretendemos sim contribuir para um maior esclarecimento sobre oque significa falar acerca de uma morte digna e sobre os meios éticos necessários para alcançar este fim. O grande instrumento a nosso dispor é a linguagem e a identificação de palavras cujas referencias são apropriadas nos contextos onde são utilizadas. Assim, podemos descobrir com mais segurança aquilo que é bom, compreender melhor aquilo que é fraqueza e desmascarar sem medo aquilo que é maldade humana.

Vamos tentar identificar problemas que a eutanásia e a distanasia querem resolver.

O sofrimento no fim da vida é um dos grandes desafios, que assume novos contornos neste milênio. Diante da medicalização da morte e do poder que as novas tecnologias dão ao profissional de saúde para abreviar ou prolongar o processo de morrer. Qualidade e quantidade de vida na fase terminal da existência humana assumem conotações ensustentadas há cinquenta ou cem anos. Esta situação complica-se ainda mais diante das mudanças verificadas no estilo de praticar a medicina. No Brasil, pode-se detectar pelo menos três paradigmas da pratica medica: o paradigma tecnocientifico, comercio empresarial, da benignidade humanitária e solidaria. Cada qual com suas prioridades e estratégias diante do doente terminal e a problemática do seu sofrimento.

Dentro deste contexto existe a eutanásia social, ou mistanasia: “morte miserável”, fora e antes da hora. Isto atinge uma grande massa de doentes e deficientes que por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não conseguem ingressar efetivamente no sistema de atendimento médico, ou são pacientes que em seguida se tornam vitimas de erros médicos, ou que acabam sendo vitimas de má pratica por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos. A mistanasia nos permite levar a serio o fenômeno da maldade humana.

Não precisamos apelar nem para eutanásia nem para distanasia para garantir a dignidade no morrer. A eutanásia e a distanasia tem em comum a preocupação com a morte do ser humano e a maneira adequada de lidar com isso. Enquanto a eutanásia se preocupa prioritariamente com a qualidade da vida na fase final (eliminando o sofrimento), a distanasia dedica-se a prolongar ao máximo a quantidade de vida, combatendo a morte com grande e ultimo inimigo.

No período pré-moderno, o medico e a sociedade estavam bastante consciente de suas limitações diante das doenças graves e da morte. Muitas vezes, o papel do medico não era curar, mais sim acompanhar o paciente nas faces avançadas de sua enfermidade, aliviando-lhe a dor e tornado o mais confortável possível a vivencia dos seus últimos dias. De modo geral, o medico era uma figura paterna, um profissional liberal, num relacionamento personalizado com seu paciente, muitas vezes um velho conhecido. Os ritos médicos foram acompanhados de ritos religiosos e tanto o medico com o padre ou pastor, tornava-se parceiros na tarefa de garantir para a pessoa uma morte tranquila e feliz (Brasil escola, 2007).

No Brasil a resolução nº 196/96, do conselho de saúde conota uma serie de medidas para garantir a integridade e a dignidade de seres humanos.

A eutanásia para muitas pessoas continua uma questão aberta. Queremos examinar a eutanásia levando e consideração o resultado que provoca a intenção ou motivação que se tem para praticar o ato, a natureza do ato e as circunstâncias. Precisamos distinguir entre valor moral, o ato eutanásico e a culpa ética ou jurídica que se pode atribuir cada caso. Resta porem a questão: se a eutanásia é tão desejável como seus defensores afirmam, por que há tanta resistência, durante tanto tempo, por parte da ética medica codificada

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