Febre Aftosa
Pesquisas Acadêmicas: Febre Aftosa. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: manucraveiro • 23/4/2014 • 1.079 Palavras (5 Páginas) • 484 Visualizações
A História da Febre Aftosa
O vírus causador da febre aftosa foi a primeira espécie de vírus a ser descoberta. Em 1897 Friedrich Loeffler conseguiu passar soro sanguíneo de animais doentes de febre aftosa através de filtros de porcelana com poros de tamanho nanométrico. Sabia-se que esses filtros barravam todos os menores agentes de doença até então conhecidos: as bactérias. No entanto, Loeffler inoculou experimentalmente o filtrado do sangue dos animais com febre aftosa em outros animais susceptíveis sadios e conseguiu reproduzir a doença, cumprindo os postulados de Koch.
Epidemiologia
A Febre Aftosa é uma doença presente na Europa, Ásia, América do Sul e África. América do Norte, América Central e Oceania estão livres da doença. Os EUA estão livres desde 1922. A Grã-Bretanha foi afetada por uma epidemia entre Fevereiro e Setembro de 2001, com 2030 casos confirmados, tendo que sacrificar cerca de 6 milhões de bovinos, caprinos e ovinos. Houve um enorme impacto sobre a economia do país. As perdas ultrapassaram 6000 milhões de libras esterlinas (12000 milhões de dólares americanos).
O último caso confirmado foi em Setembro de 2001, mas houve uma série de falsos alarmes depois disso.
Sinais Clínicos
Em geral, os sinais clínicos são severos em bovinos e suínos. Ovelhas e cabras geralmente desenvolvem infecções subclínicas. Animais selvagens podem tanto desenvolver a doença severa e até morrer, como ter infecções subclínicas ou inaparentes. Animais infectados normalmente se recuperam.
Sintomas
O animal afetado apresenta uma febre alta que diminui após dois a três dias. Em seguida aparecem pequenas vesículas na mucosa da boca, laringe e narinas e na pele que circunda os cascos (e que dão o nome da doença em inglês). Essas vesículas são pequenas bolhas resultantes de células afetadas pela multiplicação dos vírus que se coalesceram. Essas vesículas se rompem e o tecido conjuntivo de sustentação fica à mostra, na forma de ferimentos. O líquido celular rico em novas unidades de vírus é liberado no ambiente quando essas vesículas se rompem. O animal passa a salivar, deixando cair fios de saliva (um quadro comum) e a claudicar, em função dos ferimentos associados às vesículas. O animal deixa de andar e de comer e emagrece rapidamente. As capacidades fisiológicas de crescimento e engorda, e de produção de leite, são prejudicadas por várias semanas a meses. Animais novos, especialmente bezerros, podem morrer de forma aguda com miocardite derivada da infecção do músculo cardíaco pelo vírus da FA.ê Para um animal com FA, sua recuperação é o evento mais provável. Isto é, a taxa de letalidade da FA é extremamente baixa. Já a taxa de morbidade é extremamente alta. Isto é, praticamente todos os animais (de espécie de animais suscetíveis) presentes em um rebanho exposto ao vírus serão infectados e mostrarão sinais da FA. Os animais que se curam tornam-se portadores convalescentes assintomáticos e colocam em risco novamente o rebanho após a perda da imunidade do rebanho (seja derivada da doença ou de vacinação) por nascimento ou por compra de animais suscetíveis.
Erradicação da Febre Aftosa
O Brasil se consolidou na última década como uma potência na exportação de carne bovina. Apesar de escoar cerca de 20% da produção nacional de carne, a exportação é de extrema importância para o país, tanto pela geração de receita, quanto pelos empregos originados ao longo de toda a cadeia produtiva.
Dentre as barreiras de caráter sanitário dois pontos merecem destaque como relevantes nas exportações brasileiras de carne bovina: a Febre Aftosa e a Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE ou vaca louca).
O Brasil possui um programa específico para controlar e erradicar a febre aftosa, o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que vem, ano a ano, se aproximando do seu objetivo de erradicar a febre aftosa do território brasileiro.
Sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agroprodutivo, segue na luta contra a febre aftosa em busca de um país livre da doença.
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A execução do PNEFA é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado,
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