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Fertilização In Vitro (FIV): Seleção De técnicas Inovadoras De Baixo Custo

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Por:   •  23/10/2014  •  2.939 Palavras (12 Páginas)  •  631 Visualizações

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1. RESUMO

Com o objetivo de pesquisa e seleção de novas tecnologias reprodutivas de baixo custo, especificamente da fertilização in vitro, o estudo utiliza-se de análise, discussão e mapeamento de bibliografia específica. O estudo partiu das regras brasileiras recentes e definições das técnicas mais utilizadas em fertilização in vitro (FIV) para dar base às seleções – a partir do ano de 2000. O material analisado demonstrou que no Brasil e no mundo ainda são várias as dificuldades para se chegar a técnicas e métodos eficazes de barateamento dos custos de reprodução assistida para a população, mas também evidencia práticas e procedimentos que são (e devem) ser levados em consideração como alternativa plenamente viável para baixar os custos dos procedimentos. Os métodos mais promissores pesquisados foram em Hospitais Escola brasileiros. Um deles foi aplicado no Rio de Janeiro em 2013 utilizando-se de um método desenvolvido na França chamado de Invo, em que a vagina desempenha o papel de incubadora (cápsula biológica permeável), e o custo total é de R$ 8.000,00, já incluindo a medicação. Outro estudo - feito por alunos da Faculdade de Medicina do ABC paulista, em 2002 - demonstrou a utilização de medicamentos mais baratos e alternativos utilizados em punção folicular guiada por UCG. Em 79,6% dos ciclos puncionados, recuperaram-se oócitos, que foram fertilizados em 69% dos casos, e o custo com medicação por embrião transferido foi de R$ 96,00.

Palavras-chave: reprodução assistida, baixo custo, novas tecnologias.

2. INTRODUÇÃO

Na busca pela seleção de métodos de fertilização in vitro de baixo custo, serão investigadas técnicas e regras brasileiras contemporâneas de reprodução assistida no que tange à fertilização in vitro (FIV), como ponto de partida para responder às seguintes perguntas:

• Quais as inovações mais promissoras em termos de reprodução assistida de baixo custo no Brasil, especificamente de técnicas de fertilização in vitro?

• Foram descobertos novos métodos de baixo custo nos últimos 10 anos? Tais métodos foram implantados/testados no Sistema Único de Saúde brasileiro ou em entidades equivalentes do sistema público de saúde?

Tais indagações são necessárias para alcançar o objetivo do artigo, que é de melhor compreender e investigar temas polêmicos e cada vez mais atuais em termos de reprodução medicamente assistida, no caso, o método que utiliza fertilização in vitro.

3. Quanto às novas regras de reprodução assistida no Brasil

O Conselho Federal de Medicina publicou em 2013 uma nova resolução para normatizar a prática da reprodução assistida no Brasil. A principal mudança foi no limite de idade de 50 anos para receber a inseminação e, pela primeira vez, o texto cita a palavra homoafetivo, ao liberar o método para homossexuais e solteiros.

A nova resolução da CFM permite o descarte de embriões após cinco anos, pois, quando é feita uma fertilização in vitro, os médicos normalmente geram um número de embriões superior ao que vai ser inseminado na paciente. No texto antigo as clínicas não poderiam descartar esses embriões.

As doações de espermatozoides somente podem ser por homens com menos de 50 anos, e a nova resolução aumenta a possibilidade do uso da “barriga de aluguel”. O CFM não aceita o uso comercial da prática e só permite que ela seja feita quando a mulher que gera o filho tem algum parentesco com o pai ou com a mãe da criança, mas a permissão foi ampliada. Pela resolução antiga, esse parentesco deveria ser de até segundo grau – mãe ou irmã. Com o novo texto, parentes de até quarto grau – tias e primas – também podem emprestar o útero para esse fim.

A nova resolução é um sinal claro de avanço e respeito às mudanças que estão ocorrendo no mundo, porém há pontos que ainda devem ser observados, como a imposição do limite de 50 anos para as mulheres serem mães, que poderia ser uma recomendação sobre o limite etário, abrindo exceções para aquelas que não apresentam riscos de saúde.

4. Principais etapas nos procedimentos técnicos em FIV

Há várias etapas no processo de FIV, as principais se destacam abaixo:

MEDICAMENTOS: essa fase é caracterizada pela administração de medicamentos hormonais necessários para realização da estimulação ovariana visando ao crescimento de folículos ovarianos (onde estão os oócitos) controlados com exames de ultrassonografia. Há administração do HCG, quando a paciente é orientada a utilizar medicamento hormonal (hormônio gonadotrofina coriônica HCG) no intuito de se obter a maturação final dos oócitos antes da Punção Ovariana.

PUNÇÃO ASPIRATIVA: os folículos ovarianos são puncionados, num processo guiado por ultrassonografia transvaginal, e os ovócitos recuperados. No mesmo dia e hora da punção folicular, o cônjuge da paciente deverá realizar a coleta seminal. Os espermatozóides serão obtidos por masturbação ou por punção testicular ou epididimária (somente nos casos de azoospermias, ou seja, ausência de espermatozóides no sêmen ejaculado).

FERTILIZAÇÃO IN VITRO: Nessa fase, os oócitos recuperados na punção folicular são avaliados e classificados. Somente os oócitos maduros são selecionados para fertilização. Pode acontecer de não haver nenhum oócito desse tipo ou mesmo de nenhum oócito ser recuperado na punção aspirativa dos folículos. Caso isso ocorra, o tratamento é interrompido aqui, e o casal será orientado para recomeçar o ciclo novamente. Caso haja oócitos eles são selecionados e submetidos à técnica de fertilização mais adequada (ICSI ou FIV convencional).

A técnica de ICSI - injeção intracitoplasmática de espermatozoides - promove a introdução de um único espermatozoide no interior de cada um dos oócitos selecionados, processo que é realizado por micromanipulação laboratorial. Já a técnica de FIV convencional promove a entrada de espermatozoide pelo processo de seleção natural. Os embriões obtidos (fertilizados) são transferidos para o útero da paciente entre o 2° e o 5° dia após a punção folicular. O número de embriões a ser transferido dependerá de sua qualidade, da idade da paciente, do fator de infertilidade e do número de tentativas de FIV e/ou ICSI já realizadas, conforme determina o Conselho Federal de Medicina (CFM). Os embriões excedentes, desde que de boa qualidade, serão criopreservados em nitrogênio líquido para futura

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