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Fisiologia Respiratoria E Fisiologia Cardiaca

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Por:   •  2/10/2014  •  6.277 Palavras (26 Páginas)  •  531 Visualizações

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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

A principal função dos pulmões é promover a troca gasosa contínua entre o ar inspirado e o sangue da circulação pulmonar, fornecendo oxigênio (O2) e removendo o dióxido de carbono (CO2). A vida depende da realização contínua e eficiente desse processo, mesmo em condições alteradas por doenças ou por ambiente desfavorável.

A integridade dos complexos mecanismos que mantem esse processo pode ser comprometido de várias formas pela anestesia. Um bom entendimento da fisiologia respiratória é essencial para manter seguro o paciente anestesiado.

Ductos e sacos alveolares

O trato respiratório se estende desde a boca e o nariz até os alvéolos. As vias aéreas superiores (VAS) servem para filtrar o ar inspirado, umidificá-lo e aquecê-lo. A patência da boca e nariz é mantida em grande parte pelo arcabouço ósseo, mas a faringe depende também dos tônus dos músculos da língua do palato mole e das paredes da faringe.

As vias aéreas de condução são como tubos complacentes revestidos por uma mucosa do tipo respiratório e contém quantidades vaiáveis de músculos e/ou cartilagens em sua parede.

O epitélio das vias aéreas de condução, particularmente traquéia e brônquios, é do tipo pseudoestratificado colunar ciliado, com células mucosas. As células ciliadas predominam em número. O batimento ciliar ocorre em sentido cranial e, a cada 24 hs , todo o material acumulado nos pulmões é removido. A função ciliar é inibida por anestésicos inalatórios. A produção de muco aumenta dramaticamente em caso de lesão epitelial.

LARINGE

A laringe localiza-se ao nível das vértebras cervicais (C4 a C6) e suas principais componentes estruturais são as cartilagens tireóide e cricóide , juntamente com as aritenóides(duas) e a epiglote, que se situa na entrada da laringe.Além dessas 5, temos um par de cuneiformes e um par de corniculadas, totalizando 9 cartilagens.

Uma série de músculos e ligamentos unem essas estruturas , que, através de uma sequência coordenada de ações protegem a laringe em caso de vômito , bem como regulam a tensão das cordas vocais, permitindo a fonação. A técnica de comprimir a cricóide (Manobra de Sellick) é baseada no fato de que esta cartilagem é um anel completo, que pode ser utilizado para comprimir o esôfago contra os corpos vertebrais de C5 e C6, prevenindo a regurgitação de conteúdo gástrico para a árvore brônquica. As cartilagens cricóide e tireóide são unidas anteriormente pela membrana cricotiroídea, através da qual o sistema respiratório pode ser acessado em caso de emergência.

TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS

A traquéia se extende desde abaixo da cartilagem cricóide até a carina, o ponto onde se divide para formar os brônquios fontes direito e esquerdo. No adulto mede de 11 a 15 cm, com um diâmetro de 1,5 a 2,0 cm. A carina fica a nível de T4/T5 na expiração e T6 na inspiração. A maior parte da circunferência da traquéia é constituída por uma série de cartilagens em forma da letra “C” (ou “U” , como querem alguns) em sua face anterior , e pelos músculos traqueais, que correm verticalmente constituindo sua parte posterior.

Quando a traquéia se bifurca, o brônquio fonte direito é um pouco menos angulado que o esquerdo, fazendo que a material aspirado normalmente vá para o pulmão direito. Além disso, o brônquio que vai para o lobo superior direito emerge a somente 2,5 cm da carina, podendo ser obstruído com facilidade por tubos endobrônquicos direitos.

Os brônquios são distingüidos dos bronquíolos primariamente pela presença de cartilagens em suas paredes. Os bronquíolos também não têm glândulas submucosas.

PULMÕES E PLEURA

O pulmão direito é dividido em três lobos (superior, médio e inferior) , enquanto que o pulmão esquerdo tem apenas dois (superior e inferior). Ambos se dividem em segmentos bronco-pulmonares (dez à direita, nove à esquerda). No total, são aproximadamente 23 divisões da via aérea entre a traquéia e os alvéolos.

As paredes bronquiais contém músculo liso e tecido elástico , bem como cartilagens nas vias aéreas maiores. O movimento de gás ocorre como um fluxo de volume nas vias maiores, ao passo que nas menores (a partir da 17a geração) ocorre apenas por difusão.

A pleura é uma membrana dupla. A pleura parietal envolve a cavidade torácica, enquanto que a pleura visceral envolve diretamente os pulmões. Em circunstâncias normais, o espaço inerpleural contém apenas uma pequena quantidade de fluido lubrificante. A pleura e os pulmões extendem-se a partir de debaixo das clavículas até as 8as costelas anteriormente, as 10as costelas lateralmente e o nível de T12 posteriormente.

ESTRUTURA DAS VIAS AÉREAS INFERIORES

• Bronquíolo respiratório

Este é o primeiro bronquíolo ao longo dos quais os alvéolos aparecem. Há de 2 a 5 gerações de bronquíolos respiratórios. Como são revestidos por epitélio cubóide e têm paredes musculares , sua função primária é de condução, responsáveis , portanto, por mínima troca gasosa.

• Ductos alveolares

Completamente cercados por alvéolos, não têm músculos em suas paredes.

• Sacos alveolares e alvéolos

Os sacos alveolares representam o término dos ductos alveolares; abrem-se nos alvéolos.

• Ácinos

Os ácinos são as unidades funcionais dos pulmões. Incluem todas as estruturas desde o bronquíolo respiratório até o alvéolo (ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos). O diâmetro médio de um ácino é 0,75 mm. Cada pessoa tem aproximadamente 20.000 ácinos e 300 milhões de alvéolos. Um lóbulo em geral contém de 3 a 5 bronquíolos terminais e suas estruturas distais.

HISTOLOGIA DAS PAREDES ALVEOLARES

As paredes alveolares são compostas basicamente das seguintes estruturas :

• Pneumócitos tipo I (ou membranosos): cobrem de 80 a 95% da superfície alveolar, mas representam apenas 40% das células epiteliais do alvéolo. Não têm capacidade regenerativa. Controlam o movimento de fluidos entre o interstício e a região aerada dos alvéolos.

• Pneumócitos tipo II (ou pneumócitos granulosos): embora representem quase 60% das células epiteliais, cobrem apenas em torno de 3% da superfície alveolar. São os responsáveis pela

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