Fraturas
Monografias: Fraturas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jfrferreira • 12/10/2013 • 3.153 Palavras (13 Páginas) • 1.014 Visualizações
FRATURAS DO MEMBRO SUPERIOR
Fraturas das Mãos e dos Dedos
As fraturas das falanges ou ossos metacárpicos podem resultar em deformidade e/ou rigidez das articulações, as quais podem ser muito incapacitantes e, nessas condições, é importante que o tratamento seja cuidadoso para produzir um ótimo resultado.
A principal complicação dessas fraturas é a rigidez articular, que pode ser bastante incapacitante para muitas atividades dos membros superiores. Além disso, pode haver grave dano nos tecidos moles, que podem afetar músculos, vasos sanguíneos e nervos.
O principal problema para o tratamento fisioterápico são as lesões por esmagamento que podem causar fraturas dos metacárpicos que resultam em dor e edema.
Tratamento Fisioterápico: é essencial reduzir a tumefação o mais breve possível, para evitar a formação de aderências e conseqüente rigidez. A mobilidade das articulações não afetadas deve ser mantida e é importante garantir que todas as articulações do braço estejam com seu arco de movimento total, pois uma queda sobre a mão pode causar dano nos tecidos moles ao redor de outras articulações. Uma vez removida a imobilização, é preciso instituir tratamento intensivo imediatamente para readquirir o movimento e a função. Em certos casos, o tratamento intensivo deve ser diário, enquanto em outros o movimento retorna rapidamente e é suficiente que o fisioterapeuta instrua o paciente sobre um programa doméstico e monitorize o progresso quando necessário. O paciente também pode estar recebendo tratamento do terapeuta ocupacional e é importante que os dois terapeutas discutam os problemas e tenham um plano integrado de tratamento.
Fratura do Escafóide
Essa fratura tende a ocorrer em adultos jovens como resultado de queda sobre a mão em hiperextensão. A consolidação geralmente é lenta nessa fratura e, em alguns casos, pode ocorrer pseudo-artrose. Se a fratura estiver localizada na parte estreitada do osso, o suprimento sanguíneo do segmento próxima fica prejudicado e pode surgir uma osteo-artrite.
Tratamento Fisioterápico: o tratamento é dispensável, porém o fisioterapeuta deve estar alerta quanto a possíveis complicações se o tratamento for necessário.
Fraturas dos Ossos do Antebraço
Podem ocorrer somente no rádio, na ulna ou em ambos os ossos. Se ambos os ossos estiverem fraturados, pode ser resultado de violência direta ou indireta sobre a mão em hiperextensão, havendo probabilidade de ocorrerem fraturas espirais. O deslocamento resultante pode ser de correção difícil e, em certos casos, pode exigir uma redução a céu aberto. A redução anatômica é muito importante devido á relação normal entre os dois ossos, que pode resultar em limitação da rotação e conseqüente perda da função. Nas crianças, o dano pode não ser tão grave e elas podem sofrer uma fratura em galho verde com discreta angulação, que normalmente consolida sem complicações.
As fraturas da porção distal do rádio são muito comuns, particularmente nos idosos, em geral provocadas por uma queda sobre a mão em hiperextensão. As fraturas da extremidade próxima do rádio são menos freqüentes e tendem a ocorrer em pessoas mais jovens após o choque direto ou de uma queda sobre a mão em hiperextensão, que provoca fratura na cabeça do rádio. As fraturas isoladas da uma não são tão comuns como as do rádio. Uma fratura da extremidade próxima da ulna pode ocorrer em conjunto com luxação da cabeça do rádio e esse tipo de lesão pode exigir uma redução a céu aberto.
Tratamento Fisioterápico: o fisioterapeuta deve ver esses pacientes o mais cedo possível após a redução. Há possibilidade de haver um edema considerável nos dedos e o paciente pode ter dificuldades em movê-los por causa da dor. Esse edema deve ser reduzido e o movimento dos dedos e do braço deve ser encorajado, senão podem surgir aderências, o que prolonga o programa de reabilitação após a remoção do aparelho de fixação. Também é importante verificar se o movimento do ombro não está limitado, pois é difícil mobilizá-lo nos idosos, e isso poderia afetar o uso da mão assim como de outras atividades do braço. O fisioterapeuta deve aliviar o paciente e continuar o tratamento até que a tumefação diminua e o paciente possa usar o braço o mais normalmente possível dentro dos limites do aparelho de fixação. Se o paciente compreendeu a importância dos exercícios e pode realizá-los sem supervisão, então não há necessidade de continuar o tratamento.
Se a fratura consolidou normalmente, sem qualquer deformidade residual, a tumefação foi reduzida e o paciente usou o membro durante o período de imobilização, então a recuperação pode ocorrer muito rapidamente. Contudo, pode haver rigidez do punho e dos dedos e perda de supinação nas articulações radioulnares, acompanhadas por fraqueza muscular, o que, então, requer um período de reabilitação mais longo. Quanto aos idosos, o trabalho deve concentrar-se na restauração da função para as atividades cotidianas. No entanto, muitos pacientes idosos são muito ativos e o fisioterapeuta deve considerar as necessidades de cada paciente.
Fraturas do Braço
As fraturas dos côndilos do úmero são encontradas principalmente em crianças, como resultado de uma queda. Uma fratura supracondilar é o tipo mais comum e requer um tratamento muito cuidadoso por causa das possíveis complicações. Após a redução, o braço deve ser
imobilizado. Algumas fraturas dos côndilos podem invadir as superfícies articulares e nessa condição causar problemas adicionais.
Uma das lesões mais sérias que podem ocorrer é a lesão braquial, que pode ser seccionada ou contundida. Por isso, é preciso fazer uma observação muito cuidadosa da circulação e o paciente pode ter que permanecer no hospital por pelo menos 24 horas. A deterioração da circulação requer tratamento de emergência, pois a oclusão pode provocar efeitos irreversíveis dentro de poucas horas. Se a circulação não for restaurada, pode desenvolver-se contratura isquêmica de Volkmann.
Outro problema que pode surgir é a ossificação pós-traumática. Se houver lesão grave, fragmentos do periósteo podem ser deslocados do osso, resultando em sangramento e formação de hematoma. Os primeiros sinais que a ossificação está se desenvolvendo podem ser dor e perda de movimento.
As fraturas que se estendem para as superfícies articulares e causam lesão da cartilagem podem provocar uma rigidez permanente, levar ao desenvolvimento da osteoartrose ou ambos.
Tratamento Fisioterápico:
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