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Hipo E Hiper

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Por:   •  3/3/2014  •  1.323 Palavras (6 Páginas)  •  432 Visualizações

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Hipertireoidismo

O hipertireoidismo, cuja principal causa é a doença de Graves, é a condição onde existe um funcionamento inapropriado da glândula tireóide (também chamada de tiróide), levando a uma produção excessiva de hormônios.

O que é hipertireoidismo?

A tireóide produz 2 hormônios chamados triiodotironina e tiroxina, mais conhecidos como T3 e T4. Esses hormônios controlam nosso metabolismo e são responsáveis, entre outros, pelo nosso gasto calórico, pela temperatura corporal, pelo nosso ganho de peso etc...

Leia os próximos 2 parágrafos com calma, acompanhando a figura abaixo.

A glândula pituitária ou hipófise, é um órgão que se localiza na base do cérebro e controla o grau de funcionamento da tiróide através de um hormônio chamado TSH (em inglês, Hormônio Estimulador da Tireóide). A presença do TSH no sangue estimula o funcionamento da tireóide; A ausência de TSH a inibe.

Quando existe pouco hormônio tireoidiano circulante, a hipófise detecta essa queda e imediatamente aumenta a secreção de TSH, estimulando uma maior produção de T3 e T4 pela tireóide. Quando existe muito hormônio circulante, ela diminui a secreção de TSH, desestimulando a tireóide a produzir T3 e T4. Assim, o organismo consegue manter seu metabolismo sempre em um nível ideal.

Funcionamento do eixo hipófise-tireóide

O hipertireoidismo ocorre , portanto, quando há um excesso de T3 e T4 na circulação que não consegue ser corrigido pelos mecanismos normais. Isto pode ocorrer de 2 maneiras:

1- Um problema na hipófise fazendo com que esta se descontrole e produza muito TSH, que por sua vez, estimula a tireóide a produzir T3 e T4 indefinidamente.

Quando a causa do hipertireoidismo é central, ou seja, uma hipófise mal funcionante, teremos um TSH muito alto associado a um T4 também muito elevado.

2- A tireóide se torna um órgão independente, produzindo T3 e T4 ao seu bel prazer, ignorando os níveis de TSH sanguíneo.

Quando o problema está na própria tireóide, a primeira coisa que a hipófise faz quando detecta altos níveis de hormônios é suspender a produção de TSH. Portanto, teremos uma TSH muito baixo, porém, ainda assim, um T4 muito elevado.

Obs: na prática clínica dosamos o T4 livre (T4L) que é o fração do hormônio quimicamente ativa.

Sintomas do hipertireoidismo

Independentemente da causa, os sintomas do hipertireoidismo são sempre causados pelo excesso de T4L circulante, o que é uma consequência comum, seja por problema central ou na própria tireóide.

O excesso de hormônio tireoidiano pode causar:

• Ansiedade e irritabilidade

• Insônia

• Perda de peso sem perda do apetite (às vezes há aumento do apetite)

• Taquicardia = aumento da frequência cardíaca acima dos 100 batimentos por minuto

• Arritmias cardíacas

• Tremores nas mãos

• Retração das pálpebras

• Suores e calor excessivo

• Perda de força muscular

• Diarréia ou aumento do número de evacuações

• Diminuição ou cessação da menstruação

• Bócio

Bócio

O bócio, último sinal descrito acima, ocorre quando há aumento do tamanho da glândula tireóide. Este crescimento é comum quando há um estímulo permanente para produção de T3 e T4, podendo ser notado clinicamente como um abaulamento no pescoço.

Doença de Graves

A causa mais comum de hipertireoidismo é a doença de Graves. Esta doença é um processo auto-imune (leia: DOENÇA AUTO-IMUNE) onde o corpo inapropriadamente passa a produzir anticorpos contra a própria tireóide. Estes anticorpos atacam, na verdade, os receptores do TSH, fazendo com que a tireóide pense que há excesso de TSH na circulação sanguínea. O resultado final é uma liberação excessiva de hormônios tireoidianos.

A doença de graves é 8x mais comum em mulheres e costuma ocorrer entre os 20 e 40 anos de idade.

Além de todos os sinais e sintomas descritos anteriormente, o hipertireoidismo pelo Graves pode apresentar a chamada oftalmopatia de Graves.

Os anticorpos atacam não só a tireóide, mas também os músculos e o tecido gorduroso da região ao redor dos olhos. Essa agressão causa lesão e edema da musculatura extra-ocular, levando a uma protusão do olho, além de inchaço e inflamação ao seu redor (edema periorbital).

Protusão dos olhos e edema periorbital

Região periorbital inchada e olhos inflamados. Neste caso a protusão é apenas discreta.

O paciente com oftalmopatia de Graves pode também apresentar visão dupla, irritação constante nos olhos, dor ocular, visão borrado e, em casos mais graves, cegueira.

Algumas pessoas têm olhos naturalmente mais protuberantes. Além disso, o próprio excesso de hormônios tiroidianos pode levar a uma retração da pálpebra. Porém, na oftalmopatia de Graves a protusão é tão importante que é possível ver o branco dos olhos (esclera), acima e abaixo da íris, como exemplificado abaixo. Para saber mais detalhes sobre o acometimento ocular do hipertireoidismo, leia: Hipertireoidismo e o Olho: Proptose na Doença de Graves

Oftalmopatia de Graves com protusão

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