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Historia Das Vacinas

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Por:   •  25/1/2015  •  4.558 Palavras (19 Páginas)  •  599 Visualizações

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história das vacinas

Sabe-se que quando uma epidemia espalhava o caos, os sobreviventes não contraíam logo a doença. Quando a varíola apareceu na rota da seda, da China para a Turquia, surgiu a ideia de inocular pus retirado de um doente, numa pessoa saudável. Era arriscado, mas ao desenvolver sintomas benignos, a pessoa estava mais bem protegida da infecção fatal.

O que se apelidou de variolização foi importado para o Ocidente no início do século XVIII.

Mas foi só em 1796, que um médico inglês, Edward Jenner, estabeleceu as primeiras bases científicas.

Jenner usou o vírus da varíola bovina, retirado das pústulas de vacas doentes, que inoculava em camponeses ingleses de forma a protegê-los da doença. Utilizou o termo ‘variola vaccinae’, que significa literalmente, varíola das vacas e que mais tarde daria origem à palavra vacina.

Jenner começou a imunizar crianças com material retirado diretamente das pústulas dos animais e passado braço a braço.

Jenner enfrentou sérias resistências. A classe médica demonstrava

ceticismo. Os variolizadores fizeram ferrenha oposição. Grupos

religiosos alertavam para o risco da degeneração da raça humana

pela contaminação com material bovino.

Esta era a única vacina até chegar Louis Pasteur, 90 anos depois, já no final do século XIX.

Pasteur foi o primeiro a compreender o papel dos microrganismos na transmissão das infecções. Usou processos variados para atenuar a virulência, isto é, reduzir a infecciosidade dos microrganismos que utilizava para inocular os animais das suas experiências iniciais. Assim, ao provocar uma doença de forma muito atenuada, Pasteur ajudava o animal a defender-se das formas graves dessa doença.

Em JULHO DE 1885, Louis Pasteur que vinha desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou em um menino q havia sido mordido por um cão raivoso , material proveniente de medula de um coelho infectado. Ao todo, foram 13 inoculações, cada uma com material mais virulento. O menino não chegou a contrair a doença. A 26 de outubro, Pasteur comunicou à Academia de Ciências a descoberta do imunizante contra a raiva, que chamou de vacina em homenagem a Jenner , esse menino Foi a primeira pessoa a sobreviver à doença!

Desde o século passado que se registraram desenvolvimentos constantes nas vacinas. No início do séc. XX, foram desenvolvidas vacinas contra doenças infecciosas como a tuberculose, a difteria, o tétano e a febre amarela. Após a 2ª Guerra Mundial, desenvolveram-se vacinas contra a poliomielite, o sarampo, a papeira e a rubéola.

Atualmente existem mais de 50 vacinas em todo o mundo. As várias campanhas de vacinação lançadas em diversas zonas do mundo permitiram a proteção contra doenças infecciosas que, em tempos, mataram milhões de pessoas .

No entanto, à medida que as doenças infecciosas mais graves praticamente desapareceram, as pessoas deixaram de temer e tornaram-se menos vigilantes.

Por este motivo, e devido ao aparecimento de novas doenças, os desafios na vacinação são enormes. À SIDA juntou-se a malária; a poliomielite ainda está presente em vários países, principalmente em países do Hemisfério Sul. A difteria reapareceu na Europa de Leste e o sarampo voltou a ser uma fonte de preocupação das Autoridades de Saúde em toda a Europa.

Para a vacinação ser bem sucedida é necessário haver uma mobilização concertada de vários intervenientes: Autoridades, profissionais de saúde, políticos e sociedade. Ou seja, a mobilização de todos!

1- O que é vacina ?

vacina é uma preparação antigénica, que inoculada (administrada) num indivíduo induz uma resposta imunitária protetora específica de um ou mais agentes infecciosos.

A vacina consiste num estímulo ao sistema imunológico responsável pela proteção do nosso organismo. Sempre que um vírus ou bactéria invade o corpo o sistema imunológico entra em ação para impedir danos à saúde. A vacina é uma forma segura e eficaz de levar o sistema imunológico a desenvolver defesas contra determinadas doenças sem que isso represente contaminação. Isso acontece porque as vacinas são compostas por antígenos, substâncias capazes de interagir com o sistema imunológico como: uma bactéria, um vírus ou célula.

O antígeno da vacina é normalmente composto por microorganismos (vírus ou bactérias) completos, mortos ou atenuados, ou de um fragmento desses microorganismos, por exemplo, uma parte da parede celular de uma bactéria, uma toxina inativa, etc…

O antigeno escolhido para uma vacina deve ser “imunogénico”, ou seja, deve desencadear uma reação imunitária e não provocar a doença. A vacina é uma medida de proteção que induz no indivíduo uma resposta imunitária como se tivesse sido realmente infectado pelo microorganismo.

O antígeno da vacina é apresentado em pequenas quantidades na dose da vacina, numa forma purificada, diluído num líquido estéril e por vezes combinado com adjuvantes, que amplificam a reação imunitária.

2- Qual a importância da vacina ?

A vacinação é uma das ações de saúde pública mais importante dos últimos tempos. Estima-se que as vacinas impedem, anualmente, cerca de 3 milhões de mortes em todo o mundo.

Benefícios das vacinas

* Protegem milhões de pessoas contra a dor, sofrimento e a incapacitação permanente.

* Economia para os indivíduos e governos, já que reduzem os custos com doença, medicamentos, cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho.

* Reduzem a velocidade de disseminação da doença.

* Erradicação de doenças

* Reduzem o uso de medicamentos que combatam os microrganismos, prevenindo a resistência aos antibióticos.

A vacinação é uma forma de fortalecer o organismo contra determinadas infecções. Os seus princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma moderna e massiva. Constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos

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