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Infarto Agudo Do Miocárdio

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Por:   •  26/10/2014  •  1.815 Palavras (8 Páginas)  •  678 Visualizações

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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Em situações normais, o sangue é bombeado pelo coração e circula, através das artérias e veias, irrigando todos os tecidos do corpo, inclusive o próprio coração. Quando ocorre o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), há uma interrupção ou diminuição do fluxo de sangue para o coração, levando a uma redução quantitativa de oxigênio que chega ao músculo cardíaco. Quando o coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente, ocorre lesão da musculatura e, dependendo do tempo de duração deste bloqueio, uma parte do coração morre e para de funcionar.

A consequência da obstrução da artéria coronária (constituem-se nos primeiros ramos emergentes da aorta, logo acima do plano valvar aórtico) consiste em perda de suprimento sanguíneo necessário para o miocárdio, assim induzindo várias consequências morfológicas, bioquímicas e funcionais. A oclusão de uma artéria resulta em isquemia (falta de suprimento sanguíneo para um tecido orgânico devido à obstrução causada por um trombo) e potencialmente, morte celular.

A localização precisa, o tamanho e os aspectos morfológicos específicos do Infarto Agudo do Miocárdio dependem:

- Do local afetado, da gravidade e velocidade de desenvolvimento das obstruções ateroscleróticas coronarianas;

- Tamanho do leito vascular perfundido pelos vasos obstruídos;

- A duração da oclusão;

- As necessidades metabólicas e de oxigênio do miocárdio em risco;

- As extensão dos vasos sangüíneos colaterais;

- Da presença, do local e da gravidade do espasmo arterial coronário;

- De outros fatores, como alteração da pressão arterial, freqüência cardíaca e ritmo cardíaco.

As doenças cardiovasculares continuam sendo a primeira causa de morte no Brasil, responsáveis por quase 32% de todas as mortes. Além disso, são a terceira maior causa de internações no país. Dentro desta estatística, o infarto agudo do miocárdio ainda é uma das maiores causas de morbidade e mortalidade.

Apesar dos avanços científicos dos últimos anos, o infarto ainda apresenta expressivas taxas de mortalidade e grande parte dos pacientes não recebem o tratamento adequado, principalmente em regiões mais distantes de hospitais ou clínicas, pois o acesso aos serviços especializados fica totalmente inviável.

Não se conhece o número exato de infartos que ocorre anualmente no Brasil. Estimam-se em 300 mil a 400 mil casos anuais, ou seja, a cada 5 a 7 casos ocorre um óbito, o que confere a esta doença, nos dias atuais, elevada taxa de mortalidade, apesar dos inúmeros avanços terapêuticos obtidos na última década.

O Infarto Agudo do Miocárdio pode ocorrer em qualquer idade, porém através de vários estudos, percebe-se que quanto maior a idade, aumenta o número de indivíduos acometidos pelo IAM, além da presença de fatores predisponentes à aterosclerose (doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos), sendo eles: a hipertensão, o tabagismo, diabetes mellitus, hipercolesterolemia (presença de nível alto de colesterol no sangue) e outras causas de hiperlipoproteinemia (presença de níveis elevados ou anormais de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue).

Quase 10% dos IAM ocorrem em indivíduos com idade inferior a 40 anos, enquanto 45% são observados em indivíduos com idade inferior a 65 anos. Os indivíduos negros e brancos são afetados com igual frequência, sendo que os homens apresentam maiores riscos de serem acometidos pelo IAM do que as mulheres.

Em nosso país apesar dos avanços tecnológicos e de pesquisa, o tempo transcorrido desde os primeiros sintomas até o atendimento é estimado em torno de horas, o que se considera elevado para o prognóstico do paciente com IAM, sem um diagnóstico definido, pois muitas das queixas dos pacientes com dores torácicas permanecem ocultas.

A avaliação inicial do paciente com suspeita de IAM é de caráter imprescindível para evolução do tratamento por meio da obtenção da história clínica sobre as características da dor e história pregressa de cardiopatia isquêmica associada ao eletrocardiograma e dosagem de enzimas séricas, pois uma esta tríade proporciona um tratamento rápido e eficaz.

Um dos mais importantes aspectos do cuidado do paciente com IAM é o histórico. Ele estabelece a linha de base para o paciente, de modo que qualquer desvio possa ser identificado, o histórico identifica sistematicamente as necessidades do paciente e ajuda a determinar a prioridade dessas necessidades. A colaboração entre o paciente, a equipe de enfermagem e o médico é primordial na avaliação da resposta do paciente à terapia e na modificação adequada das prescrições.

A discussão do tempo tem papel de destaque na assistência ao paciente infartado, geralmente exposto a um maior risco de morte na primeira hora após o início dos sintomas, ou seja, antes da chegada ao hospital. O intervalo de tempo decorrido entre o início dos sintomas e o atendimento é extremamente relevante para a sobrevida. Mais de 50% dos óbitos ocorrem na primeira hora de evolução. Considerando-se que o benefício do uso da terapia com trombolíticos é tempo-dependente, o retardo no tratamento de pacientes com suspeita de IAM é um fator crítico de redução na sobrevida. Problemas de acesso também tendem a aumentar o tempo decorrido até a admissão, diminuindo a letalidade hospitalar esperada e aumentando a extra-hospitalar. É indiscutível, nesse caso, o impacto da distribuição espacial eficiente de serviços de emergência na sobrevida de pacientes infartados.

A vida socioeconômica está relacionada com a morbidade e mortalidade da doença cardíaca isquêmica do coração, a renda e a educação estão correlacionadas com a doença. Uma renda adequada possibilita um estilo de vida mais saudável, ambientes físicos mais seguros e melhores condições de atendimento médico, além de que indivíduos com menor escolaridade possuem maior risco de doenças cardíacas.

Os principais sintomas que podem identificar um IAM são: dor torácica, palpitações, distensão venosa jugular aumentada caso tenha causado Insuficiência Cardíaca, pressão arterial elevada ou diminuída, choque cardiogênico, déficit de pulso, falta de ar, dispnéia, taquipnéia e estertores, náuseas e vômitos, débito urinário diminuído, pele fria pegajosa,ansiedade, agitação, tonteira, medo com sensação de morte iminente, ou negação

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